Bougainvillea glabra

Nomes popularesPrimavera, buganvilia, juvú, três-mariasNome científicoBougainvillea glabra ChoisySinônimosBougainvillea brachycarpa HeimerlBougainvillea pomacea ChoisyFamíliaNyctaginaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoÁrvore ou arvoreta, caule estriado pubescente, tricomas articulados, acúleos de 0,7-1,3 cm, gemas entre ramos e acúleos, ramos estriados pubescentes, tricomas articulados. Folhas elípticas a largo-elípticas, 1,7-5,6 x 3-10 cm de compr., base aguda a obtusa, ápice cuspidado a acuminado, margem inteira, cartácea, face adaxial e abaxial glabra a brevemente pubescente com tricomas articulados dispersos pelo limbo, concentrados nas nervuras central e adjacentes; pecíolo 0,9-2 cm, pubescente, tricomas articulados. Inflorescência racemosa axilar ou terminal, pedúnculo pubescente, tricomas articulados, 1,5–5,5 cm, flores bissexuais (3), glabras a pubescentes, brácteas (3) membranáceas coloridas, glabras; 5 sépalas unidas formando um tubo, ápice arredondado, base atenuada, 1,5-1,9 cm; 7-8 estames, filetes 0,65- 1,3 cm, anteras ferrugíneas, 0,75-1 mm; ovário elíptico 2-4 mm, estilete estigmatizado. Antocarpo fixado nas brácteas, 5 nervuras longitudinais proeminentes enroladas no ápice (MARCHIORETTO, 2011).CaracterísticaReitz & Klein (1970) afirmam que Bougainvillea glabra pode ser distinguida de B. spectabilis, por ser glabra e apresentar os acúleos mais curtos, quando comparados aos de B. spectabilis. No material examinado, verifica-se que B. glabra apresenta uma plasticidade fenotípica bastante grande em relação aos tricomas encontrados no limbo, bem como presença/ausência de acúleos e tricomas no caule e ramos. Os tricomas (quando presentes) se encontram principalmente nas nervuras central e adjacentes. Reitz & Klein (1970) comentam que Bougainvillea glabra apresenta três brácteas coloridas que envolvem três flores; estas brácteas estão diretamente ligadas aos processos de polinização, por serem coloridas, chamam a atenção de polinizadores. Segundo Douglas (2007) essas brácteas são consideradas agentes de dispersão do antocarpo, porque quando secas permanecem unidas, possuindo função semelhante ao de uma asa, podendo ser facilmente transportada pelo vento. Observa-se também que a parte superior das flores de B. glabra enrola-se afim de “lacrar” a abertura do tubo floral na formação do antocarpo. Apesar da grande semelhança encontrada em Bougainvillea glabra e B. spectabilis foi possível diferenciar as duas espécies, sendo que a primeira é glabra ou apresenta alguns tricomas articulados e segunda é caracterizada pelo indumento hirsuto (MARCHIORETTO, 2011).Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaDistribuição GeográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia, Pernambuco)Centro-Oeste (Goiás)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Caatinga, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (BOUGAINVILLEA, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaTanto esta espécie como muitas de suas variedades são muito utilizadas como plantas ornamentais.InjúriaComentáriosBibliografiaBOUGAINVILLEA in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB10906>. Acesso em: 27 Nov. 2019.Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 2 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. - Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 830 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol2.pdf>.MARCHIORETTO, M.S.; LIPPERT, A.P.U.; SILVA, V.L. A família Nyctaginaceae Juss. no Rio Grande do Sul, Brasil. PESQUISAS, BOTÂNICA Nº 62:129-162 São Leopoldo: Instituto Anchietano de Pesquisas, 2011. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica62/04.pdf>.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.