Richardia brasiliensis

Nomes popularesJasmin, jasmin-do-mato, cafezinho, pimenteirinha, erva-botão, poaia, poaia-branca, poaia-do-campoNome científicoRichardia brasiliensis GomesSinônimosRichardia adscendens (DC.) Steud.Richardia emetica (Mart.) Schult.Richardia rosea (A.St.-Hil.) Schult.Richardia sericea Walp.Richardia villosa Sessé & Moc. ex DC.Richardsonia adscendens DC.Richardsonia brasiliensis var. dubia Beauverd & Felipp.Richardsonia emetica Mart.Richardsonia rosea A.St.-Hil.Richardsonia sericea Walp.Spermacoce adscendens Pav. ex DC.Spermacoce hexandra A.Rich.Richardsonia brasiliensis (Gomes) KlotzschFamíliaRubiaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoErva anual ou perene, prostrada ou ereta, com até 30 cm. De compr. Ramos cilíndricos a tetrágonos, hirtos. Folhas obovadas ou oblongas; Lâmina foliar 1,2-7x0,5-2,2 cm, com ápice agudo ou obtuso, base aguda a atenuada, decurrente, subsésseis, pubescente em ambas as faces. Bainha estipular 1,5-3 cm compr., 3-5 fímbrias, 0,2-0,4 cm compr., hirta. Flores em glomérulos terminais achatados, 0,5-1,3 cm diâm., 2-4 brácteas foliáceas. Cálice 6-mero; sépalas 1-2,5 mm compr., triangulares a ovado-triangulares, ciliadas. Corola 4-8 mm compr., pubérula externamente, 6-mera, 0,2-0,7 cm. Compr., anel de pêlos na metade inferior do tubo, branca a rosada na porção apical. Estames 6, exsertos; filetes 0,4-0,8 cm compr., fixos na fauce da corola. Estilete exserto; 5-8 mm compr.; estigma trífido, ramos estigmáticos ca. 0,1 mm compr., papilosos. Ovário 3-locular. Fruto esquizocárpico, 0,2-0,4x0,1-2,5 cm, separando-se na maturação em 3 mericarpos achatados, face ventral carenada, face dorsal convexa, hirto. Semente 0,1-0,3x0,10,2 cm, face ventral angulosa. Floresce e frutifica de novembro a junho. Pode ser reconhecida pelo hábito herbáceo, prostrada, densamente pilosa, estípulas 3-5-cerdosas, inflorescências em cimeiras glomeriformes terminais, multifloros com 4 brácteas foliáceas ovais, dispostas em cruz, flores hexâmeras, fruto esquizocárpico com mericarpos muricados e cálice persistente (PEREIRA, 2007, p. 61).CaracterísticaR. brasiliensis apresenta grande variação em relação ao tamanho da lâmina foliar, mas pode ser facilmente caracterizada pelo cálice (5–)6–lobado, corola 6–lobada e fruto esquizocárpico, separando-se em três mericarpos indeiscentes (CARMO, 2014).Floração / frutificaçãoEncontrada com flores e frutos de janeiro a abril (CARMO, 2014).DispersãoHabitatR. brasiliensis é uma espécie amplamente distribuída desde a América do Norte, Antilhas e toda a América do Sul e introduzida na África e Ásia (Delprete et al. 2005), ocorrendo em savanas, campos, pradarias, dunas, locais impactados e como invasora de cultivos (Lewis & Oliver 1974; Porto et al. 1977). Em Camanducaia foi coletada em beira de estradas, trilhas e pastos (CARMO, 2014).Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Pará, Tocantins)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, PantanalTipo de Vegetação Área Antrópica, Caatinga (stricto sensu), Campo de Altitude, Campo Limpo, Campo Rupestre, Carrasco, Cerrado (lato sensu), Restinga, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos (NICORA CHEQUIN, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaConhecida como invasora e segundo Porto et al. (1977) é uma das principais invasoras de cultivos de soja e milho no Rio Grande do Sul (JUNG-MENDAÇOLLI, 2007).ComentáriosBibliografiaCARMO, J.A.M. A família Rubiaeae Juss. no município de Camanducaia, MG. Dissertação. UNICAMP. Campinas, SP, 2014. Disponível em: <http://repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/314828/1/Carmo_JoaoAfonsoMartinsdo_M.pdf>.CITADINI-ZANETTE, V.; BOFF, V. P. Levantamento Florístico em Áreas Mineradas a Céu Aberto na Região Carbonífera de Santa Catarina, Brasil. Florianópolis. Secretaria de Estado da Tecnologia, Energia e Meio Ambiente. 1992. 160p.JUNG-MENDAÇOLLI, S.L. (coord.) 2007. Rubiaceae In: Melhem, T.S., Wanderley, M.G.L., Martins, S.E., Jung-Mendaçolli, S.L., Shepherd, G.J., Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 5, pp: 259-460.NICORA CHEQUIN, R.; Fader, A.A.C.; Souza, E.B.; Cabral, E.L.; Nepomuceno, F.A.A.; Florentín, J.E.; Carmo, J.A.M.; Miguel, L.M.; Nuñez Florentín, M.; R.M. Salas ; Sobrado, S.V. Richardia in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14235>. Acesso em: 08 Jan. 2020.PEREIRA, G. F. A Família Rubiaceae Juss. na Vegetação Ripária de um Trecho do Alto Rio Paraná, Brasil, com Ênfase na Tribo Spermacoceae. Dissertação. Universidade Estadual de Maringá. Maringá, 2007. 69p. il. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/artigos_teses/teses_geografia2008/dissertacaouemgiovanafanecopereira.pdf>.PEREIRA, Z. V. Rubiaceae Juss. do Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, Mato Grosso do Sul: Florística, Sistema Reprodutivo, Distribuição Espacial e Relações Alométricas de Espécies Distílicas. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia. Tese de Mestrado. 2007. 224p. il. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/hoehnea/v40n2/v40n2a02.pdf>.