Rhipsalis campos-portoana

Nomes popularesCacto-macarrão, rabo-de-ratoNome científicoRhipsalis campos-portoana Loefgr.SinônimosFamíliaCactaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoEpífita, pendente, cladódios cilíndricos, verdes, 3,8–6,2 × 0,1–0,2 cm, ramificação terminal, 1–3 furcados, aréolas ca. 2 mm diâm., glabras ou com cerdas diminutas. Botão floral não visto. Flores 6–8 × 6–9 mm, alvas, laterais a terminais, 1 por aréola; pericarpelo 2–3 × 1–2 mm, glabro, emerso; segmentos do perianto ca. 11, os externos 1–1,5 × 1–1,5 mm, triangulares, os internos 7–8 ×1,5 mm, lanceolados; estames ca. 45, filetes 3–5 mm compr.; estilete ca. 8 mm compr., estigma 2–4 mm compr., 3-lobado, lobo ca. 2 mm compr. Frutos globosos, truncados, alaranjados, translúcidos, 5–8 × 6–7 mm, glabros, perianto caduco; sementes negras, oblongas a reniformes, ca. 1,5 × 1 mm, testa lisa (GONZAGA, 2017).CaracterísticaDiferencia-se das demais espécies de Rhipsalis do PNI por apresentar frutos alaranjados (GONZAGA, 2017).Rhipsalis campos-portoana é reconhecida pelos seus segmentos caulinares primários longos, 2,2–43 cm compr., e secundários mais curtos, 0,84–6,4 cm, sempre ramificados nas aréolas apicais em dois ou mais e em ângulo reto (SOLLER, 2014).Floração / frutificaçãoFloresce de dezembro a abril. A flor é diurna (CARNEIRO, 2016).DispersãoZoocóricaHabitatPlanta encontrada em áreas de floresta sobre árvores e paredões rochosos (CARNEIRO, 2016).Distribuição geográficaOcorrências confirmadas: Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos: Mata AtlânticaTipo de Vegetação: Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (ZAPPI, 2019).EtimologiaPropriedadesFito químicaFitoterapiaFito economiaInjúriaComentáriosBibliografiaCARNEIRO, A.M. et al. Cactos do Rio Grande do Sul. Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS. 2016. Disponível em: <http://www.fzb.rs.gov.br/upload/20160503165856cactos_do_rio_grande_do_sul.pdf>.GONZAGA, D.F.; NETO, L.M.; PEIXOTO, A.L. Cactaceae no Parque Nacional do Itatiaia, Serra da Mantiqueira, Brasil. Rodriguésia 68(4): 1397-1410. 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rod/v68n4/2175-7860-rod-68-04-1397.pdf>.SOLLER, A.; SOFFIATTI, P.; CALVENTE, A.; GOLDENBERG, R. Cactaceae no estado do Paraná, Brasil. Rodriguésia 65(1): 201-219. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rod/v65n1/v65n1a14.pdf>.ZAPPI, D.; Taylor, N. Cactaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB1554>. Acesso em: 23 Out. 2019.

Rhipsalis floccosa

Nomes popularesCacto-macarrão, rabo-de-ratoNome científicoRhipsalis floccosa Salm-Dyck ex Pfeiff.SinônimosFamíliaCactaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoPlantas epifíticas, semi-eretas, pendentes ou raramente reptantes. Artículos basais cilíndricos e lenhosos, 3-5 mm larg. e 6-16 cm compr., os terminais cilíndricos, levemente angulados, flexíveis, 2-14 cm compr. e 2-4 mm larg., verde-escuros ou verde-claros, com manchas avermelhadas quando expostos à intensa luz solar. Aréolas emersas, em elevações nos artículos, escama basal 1 mm compr.; as férteis imersas, indumento abundante, lanoso e branco. Flores laterais e subapicais, 1-2 por aréola, rotadas, 0,6-1,0 cm compr. e 1,0-1,7 cm larg.; perianto amarelo-pálido, sepaloides amarelados, petalóides brancos, ambos os segmentos com ápice avermelhado; filetes amarelados, anteras brancas; pericarpelo esférico, glabro, parcialmente imerso na aréola; estilete branco-esverdeado, estigma 4-5 lobado, branco. Frutos globosos, ápice truncado, 0,4-0,7 cm compr. e 0,5-0,6 cm larg., magenta; cicatriz do perianto 3-4 mm larg., branca. Sementes 1 mm compr., castanho-escuras (BAUER, 2006).CaracterísticaBarthlott & Taylor (1995) reconheceram cinco subespécies de Rhipsalis floccosa, e citaram a ocorrência de R. floccosa subsp. pulvinigera para o Rio Grande do Sul. Segundo estes autores, esta subespécie caracteriza-se por apresentar artículos que se colorem com pontos vermelhos quando expostos à intensa luz solar, flores com cerca de 1,8 cm ou mais de diâmetro e frutos de cor magenta, raramente brancos. As plantas observadas no Estado possuem a coloração descrita para os artículos, porém apresentaram flores mais estreitas (1,0-1,7 cm larg.) e não foram encontrados frutos brancos. Rambo (1951) identificou a espécie equivocadamente como sendo R. pentaptera A. Dietr. Lombardi (1991) citou a ocorrência de R. puniceo-discus G.A. Lindb. para o Estado, mas o exame da fotografia da exsicata referida pelo autor (Brasil. Rio Grande do Sul: Canela, H. Neubert, 109 - B), demonstrou tratar-se de R. floccosa. Rogalski & Zanin (2003) citaram a ocorrência de R. sulcata F.A.C. Weber em um levantamento na região do Alto Uruguai, mas a exsicata referida pelas autoras (Brasil. Rio Grande do Sul: Barão de Cotegipe, A. Chaves, HERBARA 5974) é na realidade de R. floccosa. A espécie apresenta hábito semi-ereto quando jovem, tornando-se pendente com o crescimento da planta. No herbário, os artículos secos adquirem aspecto anguloso (BAUER, 2006).Floração / frutificaçãoR. floccosa floresce de outubro a fevereiro e frutifica de janeiro a junho (BAUER, 2006).DispersãoZoocóricaHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Sergipe)Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, PantanalTipo de Vegetação Campo de Altitude, Campo Rupestre, Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Restinga (ZAPPI, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaBAUER, D.; WAECHTER, J. L. Sinopse Taxonômica de Cactaceae Epifíticas no Rio Grande do Sul, Brasil. Acta bot. Bras. 20(1): 225-239. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abb/v20n1/21.pdf>.ZAPPI, D.; Taylor, N. Cactaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB1698>. Acesso em: 16 Dez. 2019

Rhipsalis paradoxa

Nomes popularesCacto-corrente, comambaiaNome científicoRhipsalis paradoxa (Salm-Dyck ex Pfeiff.) Salm-DyckSinônimosLepismium paradoxum S-D. in PfeiffHariota alternata Lem.Rhipsalis alternata (Lem.) Lem.Hariota paradoxa (S-D). KuntzeLepismium floccosum (S-D.) Backbg. FamíliaCactaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoEpífitas até 5 m compr., pendentes. Caules esverdeados, ramificações apicais ou subapicais, 2–3-furcadas, segmentos monomórficos, alados, 3 alas, alas bifurcadas na aréola, lineares, base e ápice truncados, margens lisas, 89–320 × 2,6–8 × 0,7–2 mm, nervura central 2,9–5,6 mm larg., crescimento determinado. Aréolas estéreis 1,1–1,9 mm larg., com escamas filiformes, aréolas férteis 2,8–4,8 mm larg., lanosas com escamas, podários desenvolvidos. Flores 1 por aréola, 12–15 × 8,8–13 mm, laterais, rotáceas; pericarpelos róseos, 2,4–4× 3,9–5,8 mm, imersos no caule, campanulados, glabros; segmentos externos do perianto 1–3, alvos, 2,4–6,4 × 1,6–2,2 mm, eretos, triangulares a lineares; segmentos internos do perianto 7–10, alvos, 5,7–12 × 1,4–4,5 mm, reflexos, estreitoelípticos a oblanceolados; estames 76–110, alvos, 3,5–9 mm compr.; estiletes 7,2–9,5 mm compr., 6 lobos, 1,8–3,2 mm compr.. Frutos róseos a alvos, 7,4–8,8 × 6,3–6,9 mm, globosos. Sementes 28–31, castanhas ou negras, 0,9–1,3 × 0,5–0,8 mm, elípticas. (SOLLER, 2014).CaracterísticaRhipsalis paradoxa é reconhecida pelo seu caule aparentemente torcido devido à posição alternas das alas. Difere de Rhipsalis trigona pelas alas paralelas à linha do caule, se dividindo dicotomicamente na aréola, enquanto em R. trigona as alas são paralelas à linha do caule, contínuas, antes e após as aréolas. (SOLLER, 2014).Floração / frutificação (BAUER, 2006).DispersãoZoocóricaHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia, Pernambuco)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Possíveis ocorrências:Sul (Rio Grande do Sul)Domínios Fitogeográficos Caatinga, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Restinga, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos (ZAPPI, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaEspécie muito ornamental de porte robusto, atingindo grande comprimento (LOMBARDI, 1991).InjúriaComentáriosBibliografiaLOMBARDI, J.A. O gênero Rhipsalis Gärtner (Cactaceae) no Estado de São Paulo. I. Espécies com ramos cilíndricos ou subcilíndricos. Acta bot. bras. 5(2):1991. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abb/v5n2/v5n2a04.pdf>.SOLLER, A.; SOFFIATTI, P.; CALVENTE, A.; GOLDENBERG, R. Cactaceae no estado do Paraná, Brasil. Rodriguésia 65(1): 201-219. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rod/v65n1/v65n1a14.pdf>.ZAPPI, D.; Taylor, N. Cactaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB1719>. Acesso em: 28 jun. 2020

Rhipsalis teres

Nomes popularesCacto-macarrão, rabo-de-ratoNome científicoRhipsalis teres (Vell.) Steud.SinônimosRhipsalis capilliformis F. A. C. WeberRhipsalis heteroclada Britton & RoseRhipsalis penduliflora K. Schum.Rhipsalis prismatica (Lem.) RumplerFamíliaCactaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoPlantas epifíticas, rupícolas ou terrícolas, semi-eretas ou pendentes. Artículos jovens às vezes angulosos e com várias cerdas brancas; artículos adultos cilíndricos, os basais lenhosos ou flexíveis, 10-50 cm compr. e 2-4 mm larg., os terminais flexíveis, 3,0-8,5 cm compr. e 1-2 mm larg., verde-escuros a verde-claros. Aréolas emersas, com escama triangular de 1mm compr. e 1-2 cerdas brancas, curtas. Flores laterais e subapicais, uma por aréola, rotadas, 0,3-0,5 cm compr. e 0,5-0,6 cm larg.; perianto branco, sepalóides branco-amarelados, rosa-pálidos ou esverdeados, petalóides brancos; filetes e anteras brancas; pericarpelo esférico, glabro; estilete esverdeado, estigma 2-3 lobado, branco ou esverdeado. Frutos globosos, 0,5-0,6 cm compr. e 0,4-0,5 cm larg., brancos a rosados; cicatriz do perianto menor que 1mm, preta. Sementes 1 mm compr., castanho-escuras (BAUER, 2006).CaracterísticaRhipsalis teres é reconhecida pela ramificação apical ou subapical, segmentos caulinares cilíndricos com comprimento dimórficos, os primários longos, 38–120 cm, e os secundários mais curtos, 19–190 mm, e flores com menos de 1 cm de comprimento (SOLLER, 2014).Espécie muito variável, podendo ser diferenciada pela forma dos artículos e tonalidade da cor da flor.Floração / frutificaçãoSua floração pode ser registrada nos meses de junho a setembro e sua frutificação se estende até dezembro, sendo encontrados exemplares em fruto no mês de março (BRUXEL, 2005).Dispersão ZoocóricaHabitatEpífita ou rupícola, sendo endêmica da Mata Atlântica, ocorre na Floresta Ombrófila Mista, Densa e Estacional Semidecidual.Distribuição geográficaOcorrências confirmadas: Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos: Mata AtlânticaTipo de Vegetação: Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Restinga (ZAPPI, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaAntigamente era utilizada na medicina popular contra problemas no coração e no combate à pneumonia. FitoeconomiaOcasionalmente é encontrada como planta ornamental pendente. Os frutos, apesar de pequenos, são comestíveis, porém insípidos; podem também ser utilizados para colocar na cachaça ou em licores.InjúriaComentáriosO fruto é comestível por aves, que são importantes dispersores das sementes (CARNEIRO, 2016).BibliografiaBAUER, D.; WAECHTER, J. L. Sinopse Taxonômica de Cactaceae Epifíticas no Rio Grande do Sul, Brasil. Acta bot. Bras. 20(1): 225-239. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abb/v20n1/21.pdf>.BRUXEL, J.; JASPER, A. A Família Cactaceae na Bacia Hidrográfica do Rio Taquari, RS, Brasil. Acta bot. Bras. 19(1): 71-79. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abb/v19n1/v19n1a07.pdf>.CARNEIRO, A.M. et al. Cactos do Rio Grande do Sul. Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS. 2016. Disponível em: <http://www.fzb.rs.gov.br/upload/20160503165856cactos_do_rio_grande_do_sul.pdf>.Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 1 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 875 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol1.pdf>.KINUPP, V. F. Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre. Tese de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. 590p. il. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/12870>.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.SOLLER, A.; SOFFIATTI, P.; CALVENTE, A.; GOLDENBERG, R. Cactaceae no estado do Paraná, Brasil. Rodriguésia 65(1): 201-219. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rod/v65n1/v65n1a14.pdf>.VENDRUSCOLO, G. S.; SIMÕES, C. M. O.; MENTZ, L. A. Etnobotânica no Rio Grande do Sul: Análise Comparativa Entre o Conhecimento Original e Atual Sobre as Plantas Medicinais Nativas. Pesquisas, Botânica nº 56: 285-322, São Leopoldo: In: Instituto Anchietano de Pesquisas, 2005. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica56/botanica56.htm>.ZAPPI, D.; Taylor, N. Cactaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB1554>. Acesso em: 23 Out. 2019.