Christella dentata

Nomes popularesRabo-de-gato, feto, samambaia, samambaia-do-matoNome científicoChristella dentata (Forssk.) Brownsey & JermySinônimosAspidium molle (Jacq.) Sw.Christella dentata (Forssk.) ChingCyclosorus dentatus (Forssk.) ChingDryopteris dentata (Forssk.) C. Chr.Dryopteris molle (Jacq.) Hieron.Nephrodium molle (Sw.) R. Br.Polypodium dentatum Forssk.Polypodium molle Jacq.Thelypteris dentata (Forssk.) E. P. St. JohnFamíliaThelypteridaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoErva terrestre, com até 70 cm de altura. Caule decumbente a curto-reptante, revestido no ápice por escamas lanceoladas, castanho-escuras e pubescentes. Folhas 26-115 cm compr., monomorfas. Pecíolo 7-42 cm compr. x 1,0-5mm na base com escamas iguais às do caule; esparsa a moderadamente pubescente, às vezes glabrescente. Lâmina 19-72,5 cm compr., herbácea a cartácea, 1-pinada-pinatífida, com contorno lanceolado ou elíptico, com ápice gradualmente reduzido, confluente e pinatífido, base reduzida, com 1-2 pares de pinas subabruptamente erduzidas. Raque esparsa a moderadamente pubescente. Gemas ausentes. Aeróforos ausentes. Pinas 12-29 pares, 4-12,5 cm compr. x 1,8-2,3 cm larg., perpendiculares a ascendentes, exceto os pares proximais que são muitas vezes reflexos, linear-lanceoladas, sésseis, com ápice acuminado a agudo, base geralmente truncada, muitas vezes fortemente auriculada no lado acroscópico; incisão (1/2) 2/3 ou maior que a distância entre a costa e a margem da pina; escamas costais ausentes; face adaxial pilosa na costa e pubescente na cóstula, nervuras e entre as nervuras; face abaxial pilosa na costa e pubescente na cóstula, nervuras e entre as nervuras. Segmentos 1,8-5 mm larg., levemente arqueados, com ápice obtuso a arredondado, raramente agudo, margens inteiras, planas. Nervuras 4-8 pares por segmento, as basais de segmentos adjacentes unindo-se a uma nervura excurrente que se dirige ao enseio. Indumento de tricomas setiformes eretos a arqueados, presente em ambas as faces da costa, cóstula, nervuras e entre as nervuras, sendo os tricomas da face abaxial de tamanho uniforme e os tricomas da face adaxial da costa (até 0,2 mm compr.) são maiores que os demais e os que ocorrem entre as nervuras são menores; tricomas glandulares ausentes. Soros medianos, arredondados; indúsio moderadamente pubescente, com tricomas setiformes; esporângios glabros ou com um tricoma glandular presente no pedicelo junto à cápsula (SALINO, 2000, p. 158).CaracterísticaCaracteriza-se pelo caule curto-reptante, pelas nervuras basais de segmentos adjacentes unindo-se para formar uma nervura excurrente que se dirige ao enseio, pelo indúsio pubescente, e pela lâmina coberta por tricomas setiformes, inclusive entre as nervuras, na face abaxial. Espécie semelhante à Thelypteris hispidula (Decne.) C. F. Reed, da qual difere principalmente por apresentar tricomas uniformemente curtos (0,1 – 0,2 mm de compr.) na face abaxial da costa, enquanto T hispidula apresenta tricomas de tamanhos variados, medindo de 0,3 a 0,8 mm de compr., sendo também mais exigente quanto ao habitat, ocorrendo em locais sombreados no interior das florestas.Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatÁreas iluminadas de florestas secundárias, beira de estradas, jardins, pastagens terrenos baldios e beira de caminhos. Distribuição geográfica Ocorrências confirmadas:Norte (Pará, Rondônia)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Cerrado, Mata Atlântica, PantanalTipo de Vegetação Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (THELYPTERIDACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaPlanta daninha de meia-sombra, amplamente disseminada por todo o território brasileiro, onde é encontrada infestando lavouras, pomares, pastagens e terrenos baldios.ComentáriosBibliografiaBENTO, M. B.; KERSTEN, R. A. Pteridófitas de um Ecótono Entre as Florestas Ombrófila Densa e Mista, Mananciais da Serra, Piraquara, Paraná. Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Curitiba, 2008. 74p. Disponível em: <http://www.uc.pr.gov.br/arquivos/File/Pesquisa%20em%20UCs/resultados%20de%20pesquisa/Cassio_Michelon_Bento.pdf>.Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 1 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 875 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol1.pdf>.CERVI, A. C et al. Contribuição ao Conhecimento das Pteridófitas de Uma Mata de Araucária, Curitiba, Paraná, Brasil; Acta Biol. Par., Curitiba, 16(1, 2, 3, 4): 77-85. 1987. Disponível em: <http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/acta/article/view/810/651>.LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: Terrestres, Aquáticas, Parasitas e Tóxicas. Instituto Plantarum. Nova Odessa, SP, 4ª ed. 2008. 672p. il.MATOS, F. B. Samambaias e Licófitas da RPPN Serra Bonita, Município de Camacan, Sul da Bahia, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, Paraná. 2009. 255p. il. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/19094/1/FERNANDO%20BITTENCOURT%20DE%20MATOS%20-%20DISSERTACAO_2009.pdf>.ROCHA, M. A. L. Inventário de Espécies de Pteridófitas de Uma Mata de Galeria em Alto Paraíso, Goiás, Brasil e Morfogênese dos Gametófitos de Pecluma ptilodon (Kumze) Price e Campyloneurum phyllitidis (L.) C. Presl. (Polypodiaceae). UNB – Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas. Brasília, 2008. 127p. il. Disponível em: <http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_arquivos/35/TDE-2008-06-04T151346Z-2649/Publico/2008_MariaAucileneLimaRocha.pdf>.SALINO, A. Estudos Taxonômicos na Família Thelypteridaceae (Polypodiopsida) no Estado de São Paulo. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2000. 297p. il. Disponível em: <http://en.scientificcommons.org/14633064>.SALINO, A.; SEMIR, J. Thelypteridaceae (Polypodiophyta) do Estado de São Paulo: Macrothelypteris e Thelypteris subgêneros Cyclosorus e Steiropteris. Lundiana 3(1): 9-27, 2002. Disponível em: <http://www.icb.ufmg.br/~lundiana/abstract/vol312002/SALINO.pdf>.SANTOS, M. G. Aspectos Florísticos e Econômicos das Pteridófitas de um Afloramento Rochoso do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Acta Bot. Bras. 20(1): 115-124. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abb/v20n1/11.pdf>.THELYPTERIDACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB602685>. Acesso em: 05 Dez. 2019

Christella patens

Nomes popularesNome científicoChristella patens (Sw.) Pic.Serm.SinônimosThelypteris patens (Sw.) SmallFamíliaThelypteridaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoRizoma ereto, com escamas 13-15 × 1,5-2,5 mm, lanceoladas, castanhas, glabras. Frondes 29-36 cm compr.; pecíolo puberulento, com tricomas aciculares unicelulares, 0,1-0,3 mm compr., tricomas glandulares capitados, 0,1 mm compr.; lâmina 16-20 × 9-13 cm, cartácea, 1-pinado-pinatífida, o par de pinas proximal levemente reduzido e reflexo; raque puberulenta, adaxialmente com tricomas aciculares unicelulares no sulco, semelhantes aos do pecíolo, ca. 0,5 mm compr., abaxialmente com tricomas semelhantes aos do pecíolo, tricomas glandulares capitados, abundantes; gemas e aeróforos ausentes; pinas 5‑7 × 0,8‑1,0 cm, 11-13 pares, curto-pecioluladas a sésseis, pinatífidas, ápice longo acuminado, às vezes caudado, nervuras 5-6 pares por segmento, os pares de nervuras proximais dos segmentos livres, correndo em direção ao enseio; indumento abaxialmente puberulento, formado por tricomas aciculares unicelulares, 0,1‑0,3 mm compr., tricomas glandulares capitados semelhantes aos do pecíolo, sobre a costa, cóstula, nervuras e tecido laminar, adaxialmente os tricomas aciculares unicelulares menos abundantes, sobre a costa e cóstula, os tricomas glandulares capitados sobre a costa, cóstula e tecido laminar. Soros em posição mediana; indúsio reniforme, com tricomas aciculares, ca. 0,1 mm compr. e tricomas glandulares, 0,1 mm compr.; esporângios glabros (HIRAI, 2016).CaracterísticaEsta espécie é facilmente reconhecida no PEFI pelo par de pinas proximal levemente reduzido e reflexo, bem como pelo indumento da raque, costa, cóstula e tecido laminar abaxialmente formado por tricomas aciculares unicelulares pequenos, 0,1‑0,3 mm compr., e tricomas glandulares capitados, ca. 0,1 mm compr (HIRAI, 2016).Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Acre, Pará)Nordeste (Bahia, Ceará)Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (THELYPTERIDACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaHIRAI, R.Y.; GISSI, D.S.; PRADO, J. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil. Pteridophyta: 22. Thelypteridaceae e lista atualizada dos táxons. Hoehnea 43(1): 39-56, 4 fig., 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/hoehnea/v43n1/2236-8906-hoehnea-43-01-0039.pdf>.THELYPTERIDACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB602685>. Acesso em: 05 Dez. 2019