Vitex megapotamica

Nomes popularesTarumã, tarumã-preta, tapinhoãNome científicoVitex megapotamica (Spreng.) MoldenkeSinônimosVitex bignonioides KunthVitex megapotamica var. multinervis (Cham.) MoldenkeVitex montevidensis Cham.Vitex multinervis (Cham.) SchauerVitex taruma Mart.Vitex viticifolia (DC.) B.L.Rob.FamíliaLamiaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoÁrvore inerme de 3 a 20 metros de altura (6-12 m quando isolada), com tronco de 40 a 60 cm de diâmetro, com casca acinzentada escura, com deiscência em tiras delgadas e estreitas e copa semipersistente. Suas folhas são compostas, digitadas, 3 a 7 folioladas (em geral 5); folíolos cartáceos, nervuras salientes na face inferior, medem de 4 a 14 cm de comprimento por 4 a 5 cm de largura. Geralmente possuem 5 folíolos elíptico-ovalados, de ápice agudo, margem lisa e com pecíolo longo de até 7 cm de comprimento. As flores pequenas, branco-arroxeadas, diclamídeas e hipóginas, são dispostas em cimas terminais ou axilares de até 10 cm de comprimento. Os frutos são drupas carnosas, arredondadas ou ovaladas, pubescentes, de coloração arroxeada, medem 1 a 2 cm de comprimento. (MARQUES, 2007, p. 219).CaracterísticaFloração / frutificaçãoFloresce de novembro a janeiro e frutifica de dezembro a abril.DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí)Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Caatinga, Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, RestingaEtimologiaPropriedadesFitoquímicaA análise bromatológica demonstrou que é uma boa fonte de cálcio e cobre se utilizada na alimentação humana.FitoterapiaNa medicina popular é utilizada como depurativo do sangue, tônica e febrífuga, sendo também usada como anti-afrodisíaca, antiulética, contra ácido úrico, hipertensão, sífilis, doenças da pele, inflamações da bexiga e do útero, hemorróidas e dores reumáticas. Possui também ação comprovada como anti-hiperglicêmica em animais.FitoeconomiaOs frutos, quando colhidos e consumidos, possuem um sabor amargo, porém, quando recolhidos do chão, ou colhidos e deixados para amadurecer, possuem um sabor muito adocicado e de consistência macia. Podem também ser preparados em conserva, do mesmo modo que a azeitona, e é por isso é chamada azeitona-brava. Servem também de alimento para a fauna, como macacos, pássaros e outras espécies, podem também ser utilizados como isca para algumas espécies de peixes. É indicada para recomposição de mata nativa, principalmente em matas ciliares e outras áreas com grande umidade no solo, pois suporta encharcamento e inundação. As flores também são apícolas. É também ornamental, podendo ser utilizada tanto em paisagismo como em arborização urbana. A madeira, de cor branca, também é de ótima qualidade para utilização em palanques e madeira serrada.InjúriaComentáriosAs sementes são recalcitrantes, portanto, é necessária a quebra de dormência das mesmas, o que é feito submergindo as sementes em água fria por 48 horas, ou também por escarificação.BibliografiaFLORA ARBÓREA e Arborescente do Rio Grande do Sul, Brasil. Organizado por Marcos Sobral e João André Jarenkow. RiMa: Novo Ambiente. São Carlos, 2006. 349p. il.KINUPP, V. F.; BARROS, I. B. I. Teores de Proteína e Minerais de Espécies Nativas, Potenciais Hortaliças e Frutas. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 28(4): 846-857, out.-dez. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cta/v28n4/a13v28n4.pdf>.KINUPP, V. F. Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre. Tese de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. 590p. il. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/12870>.LINDENMAIER, D. S. 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