Alternanthera brasiliana

Nomes popularesSempre-viva, perpétua-do-brasil, bezetacil, ervaço, ervaço-branco, pé-de-galinha, perpétua-branca, suspiro, suspiro-de-folha-roxaNome científicoAlternanthera brasiliana (L.) KuntzeSinônimosFamíliaAmaranthaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoErvas, arbustos ou subarbustos, terrestres, apoiantes, decumbentes, prostrados, estoloníferos ou não, estolões presentes até pelo menos 1/5 basal, não parenquimatoso aerífero, 0,3–1 m alt., vilosos, com tricomas isolados, glabros ou glabrescentes, se glabrescentes, ramos jovens setosos, seríceos ou vilosos, tricomas simples, (2)3–6(7) células por tricoma, tricomas com (0,3)0,5–2,5 mm compr., nós intercelulares denteados, denticulados ou indiferenciados, transparentes. Folhas membranáceas, pecioladas, pecíolos 0,2–1,5 cm compr., lâmina oval ou elíptica, 2–13 × 1–5 cm, base equilateral ou oblíqua, atenuada, aguda ou obtusa, ápice agudo ou rostrato, mucronulado ou aristado, broquidódroma, medianamente reticulado, folhas concolores ou descolores, verdes ou arroxeadas, se descolores, então com face abaxial mais clara, ambas as faces glabras, setulosas, setosas, estrigosas ou seríceas, tricomas simples, (2)3–6(7) células, (0,3)0,5–2,5(3,5) mm compr.. Inflorescência pedunculada, pedúnculo 1–18 cm compr., com eixos isolados ou em paracládios de 1ª, 2ª ou 3ª ordem, 1-3 eixos por verticilo, eixos capituliformes ou espiciformes, 0,5–1,5(2) cm. Flores acinzentadas, amareladas, brancas, branco-esverdeadas, esbranquiçadas, esverdeadas ou rosadas, 3–6 mm compr., pediceladas; bráctea e bractéolas sub-iguais ou diferentes entre si; bráctea deltoide, elíptica ou oval, (2)2,5–3,5(4) mm compr., côncava, base truncada, margem inteira, ápice agudo, inteiro, nervura inconspícua, glabra, escabrosa, estrigosa, serícea ou tricomas esparsos, distribuídos pela porção mediana, mediana apical ou por todo o dorso, tricomas simples; bractéolas elípticas, oblongas ou ovais, (2)2,5–5 mm compr., côncavas ou naviculares, base truncada, margem inteira, ápice agudo, inteiro, crista dorsal presente e persistente em todas as fenofases, estreita a média ou larga, denteada, serreada ou serrulada, ao longo de todo o dorso das bractéolas ou a partir da 1/2 apical, glabras, escabrosas, estrigosas, com tricomas isolados ou esparsos, tricomas simples, distribuídos na metade apical ou por todo o dorso; tépalas escariosas ou com 1/3 apical paleácea, sub-iguais, 3-nérvias, nervura conspícua, ápice rostrato, elípticas, oblongas ou ovais, 3–5 mm compr., margem não diferenciada, pouco diferenciada ou diferenciada, então, se diferenciada, as margens são hialinas ou esbranquiçadas, se pouco diferenciadas, então as margens mais flexíveis, escabrosas, estrigosas ou tomentosas dorsalmente, indumento distribuído na metade basal ou por todo o dorso, tricomas simples; androceu com 5 anteras, pseudo-estaminódios na altura das anteras ou acima destas, denteados ou fimbriados, tubo estaminal com 2,5–5 mm compr., anteras lineares ou oblongas, (0,8)1–1,5 mm compr.; estigma capitado, papiloso ou viloso, estilete 0,2–0,4 mm compr., ovário elipsoide, 0,5–0,8 mm compr.. Fruto 4,5–6(7) mm compr., utrículo elipsoide, oblongoide ou ovoide, ápice do utrículo pontiagudo ou com espessamento em anel com um par pontiagudo no ápice, 2–3,5 mm compr., semente elipsoide, obovoide ou oblongoide, testa alveolada (AMARANTHACEAE, 2019).CaracterísticaAs inflorescências de A. brasiliana podem ser frondosas ou não, quando frondosa, em geral apresentam folhas menores nos verticilos das ramificações dos paracládios (AMARANTHACEAE, 2019).Alternanthera brasiliana é um subarbusto com grande variação no tamanho das folhas. Em campo, o caule e folhas podem apresentar cores esverdeadas ou completamente rufas, mas o material perde a coloração avermelhada depois de herborizado. A flor apresenta bráctea e bractéolas com 1/3 da altura do perigônio. Nas flores mais velhas e nos frutos, as bractéolas podem apresentar-se sem crista dorsal. Morfologicamente, é muito próxima de A. ramosissima, diferindo especialmente no tamanho das bractéolas (SENNA, 2006).Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas: Norte (Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins); Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe); Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso); Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina); Possíveis ocorrências: Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins); Nordeste (Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe); Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Domínios Fitogeográficos: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação: Área Antrópica, Caatinga (stricto sensu), Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Perenifólia, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Restinga, Savana Amazônica, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos (AMARANTHACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaNa medicina popular, é utilizada como anti-inflamatório, sendo cultivada em canteiros domésticos (SENNA, 2006).FitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaAMARANTHACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB4302>. Acesso em: 20 Out. 2019.SENNA, L.R. Amaranthoideae e Gomphrenoideae (Amaranthaceae Juss.) do estado da Bahia. Tese. UEFS. Feira de Santana, Bahia. 2006. Disponível em: <http://www.ppgbot.uefs.br/teses-dissertacoes/downloads/22/amaranthoideae-e-gomphrenoideae-amaranthaceae-juss-do-estado-da-bahia.pdf>.

Alternanthera paronychioides

Nomes popularesApaga-fogo, periquito, alecrim, mangericãoNome científicoAlternanthera paronychioides A.St.-HilSinônimosFamíliaAmaranthaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoErvas, arbustos ou subarbustos, terrestres, prostrados, estoloníferos, estolões podendo atingir até metade da altura dos ramos, ramos 0,1–0,4 m., não parenquimatoso aerífero, viloso por todo o ramo ou glabrescente, com ramos jovens lanosos, pilosos ou vilosos na extremidade apical ou até a metade dos ramos, tricomas simples, 4–8 células, 1– 2,5 mm compr., nós intercelulares denticulados ou espiculados, translúcidos, raro plantas com tricomas opacos. Folhas membranáceas, pecioladas, pecíolos 0,1–1 cm compr., lâminas espatuladas, elípticas ou obovadas, 0,5–5 × 0,3–1,5 cm, base equilateral, aguda ou atenuada, ápice agudo ou obtuso, inteiro ou mucronado, broquidódroma, venação intercostal conspícua e estreitamente reticulada, concolores verdes ou discolores, então face abaxial verde-esbranquiçado, face adaxial verde, glabras, glabrescentes em ambas as faces, então folhas jovens lanosas ou vilosas ou com face abaxial glabrescente e face adaxial glabra, então folhas jovens com face abaxial lanosa, pilosa ou vilosa, tricomas simples, 3–7 células, 1–2 mm compr.. Inflorescências sésseis, 1–2(10 ou mais) eixos florais por verticilo, eixos capituliformes ou espiciformes, 0,2–1,5 cm. Flores brancas, 2–3,5 mm compr., curto-pediceladas; bráctea e bractéolas diferentes entre si; bráctea elíptica, oblonga ou oval, 1,5-2,5 mm compr., côncava, base truncada, margem inteira, ápice agudo, inteiro, nervura dorsal inconspícua, glabra dorsalmente; bractéolas elípticas, oblongas ou ovais, 1– 2,5 mm compr., côncavas, base truncada, margem inteira, ápice agudo, inteiro, sem crista, nervura dorsal inconspícua, glabras dorsalmente; tépalas paleáceas, diferentes ou sub-iguais entre si, 1,6–3,1 mm compr., 3-nérvias, nervuras inconspícuas, duas tépalas dorsais e uma ventral deltoides, elípticas, oblongas ou ovais, 2–3 mm compr., tépalas laterais elípticas ou ovais, 1,6–2,8 mm compr., uni-nérvias, bordo das tépalas não diferenciado, glabras, vilosas ou com raros tricomas esparsos dorsalmente, tépalas se indumentadas, então tricomas distribuídos na base das tépalas, simples; androceu com 4–5 estames, didínamos ou com estames em alturas distintas, pseudo-estaminódio abaixo da altura das anteras, denteados, tridentados ou truncados, tubo estaminal 0,8–2 mm compr., anteras elípticas ou obladas, 0,18–0,6 mm compr.; estigma capitado, globoso ou achatado, papiloso, estilete curto, 0,1– 0,2 mm compr., ovário elipsoide, raro obovoide, 0,3–0,8 mm compr.. Fruto 2,5–4 mm compr., utrículo elipsoide, 0,9–1,2 mm compr., alado lateralmente, alas estreitas ao longo do pericarpo, sementes cordiformes, testa alveolada (AMARANTHACEAE, 2019).CaracterísticaAs variedades de A. paronychioides encontradas no Brasil apresentam distribuições geográficas demarcadas com um extremo na região Amazônica, onde é encontrada a variedade “amazonica” e outro na fronteira com Uruguai, onde é encontrada a variedade “pilosa”. A região de fronteira do Brasil com a Bolívia, Paraguai e Argentina, apresenta uma interseção entre as variedades “robusta”, “paronychioides”, sendo “paronychyioides” a variedade mais amplamente distribuída no País. As variedades são distintas basicamente pelo formato, comprimento e ornamentação do ápice das folhas, pela disposição dos estames e comprimento das anteras. A literatura refere ao número de anteras como um marcador morfológico significativo para diferenciar a variedade “paronychioides” das demais variedades de A. paronychioides (Pedersen, 1967). No entanto, analisando várias exsicatas foi possível checar flores na antese e constatar que A. paronychioides var. paronychioides apresenta 5 estames com anteras como todas as outras variedades da espécies, sendo a antera muito pequena (0,18–0,2 mm compr.) e um conectivo muito estreito e frágil. É possível que algumas anteras caiam logo após a antese tendo gerado na literatura esse dado de que a variedade tipo da espécie possui 3–4 estames férteis (AMARANTHACEAE, 2019).Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas: Norte (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima); Nordeste (Bahia, Maranhão); Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso); Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina); Possíveis ocorrências: Norte (Amapá, Roraima, Tocantins); Nordeste (Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe); Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso do Sul); Sudeste (Minas Gerais); Sul (Paraná)Domínios Fitogeográficos: Amazônia, Caatinga, Cerrado, PampaTipo de Vegetação: Área Antrópica, Caatinga (stricto sensu), Campo de Várzea, Cerrado (lato sensu) (AMARANTHACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFito químicaFitoterapiaFito economiaInjúriaComentáriosBibliografiaAMARANTHACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB79985>. Acesso em: 20 Out. 2019

Alternanthera philoxeroides

Nomes popularesPerna-de-saracura, bredo-d’água, lagunilha, tripa-de-galinha, erva-de-jacaré, pé-de-pomba, periquito-saracura, alternanteraNome científicoAlternanthera philoxeroides (Mart.) Griseb.SinônimosAchyranthes philoxeroides (Mart.) Standl.Alternanthera philoxeroides var. acutifolia (Mart.) HickenAlternanthera philoxeroides var. lancifolia ChodatAlternanthera philoxeroides var. obtusifolia (Mart.) HickenAlternanthera philoxeroides var. luxurians Suesseng.Telanthera philoxeroides (Mart.) Moq.Telanthera philoxeroides var. acutifolia (Mart.) Moq.Telanthera philoxeroides var. linearifolia ChodatTelanthera philoxeroides var. obtusifolia (Mart.) Moq.FamíliaAmaranthaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoErvas, aquáticas, de locais úmidos ou encharcados, caules decumbentes ou reptantes, estoloníferos, estolões até o 1/3 da planta, planta com 0,4–0,7 m, não parenquimatoso aerífero, glabrescentes com indumento lanoso nos nós dos ramos jovens e com tricomas esparsos nos ramos jovens, tricomas simples, 4–8 células, 1–1,5 mm compr., nós intercelulares desarmados, tricomas diáfanos, ligeiramente opacos. Folhas membranáceas, sésseis ou pecioladas, pecíolo 0,3–1,5 cm compr., lâminas elípticas, lineares, linear-elípticas ou obovadas, 2–10 × 0,3–2 cm, base equilateral, atenuada ou brevemente atenuada, ápice agudo, mucronulado, broquidódromas, venação intercostal largamente reticulada, tênue, concolores, faces abaxial e adaxial verdes, glabras em ambas as faces. Inflorescências pedunculadas, pedúnculos 1,5–6 cm compr., paracládios de 1ª ordem, 1 eixo floral por verticilo, eixos capituliforme ou espiciforme, 0,5–1,3 cm. Flores brancas, tons avermelhados nas tépalas, 4,5–7,2 mm compr., curto-pecioladas; bráctea e bractéolas diferentes entre si; bráctea oval, 2–2,5 mm compr., côncava, base truncada, margem inteira, ápice agudo, inteiro, venação inconspícua, glabra; bractéolas ovais, 1,5–3 mm compr.,. côncavas, base truncada, margem inteira, ápice agudo, inteiro, sem crista, nervura conspícua, glabras dorsalmente; tépalas paleáceas sub-iguais, 1-nérvias, nervura inconspícua, tépalas dorsais ovais ou obladas, tépalas laterais e ventrais elípticas ou oblongas, 4,5–7 mm compr., bordo das tépalas não diferenciados, glabras dorsalmente; androceu com 5 estames, pseudo-estaminódios um pouco abaixo ou na altura das anteras, fimbriados, tubo estaminal com 0,8–2 mm compr., anteras lineares, 0,6–1 mm compr. compr.; estigma capitado ou quadrangular, papiloso ou viloso, estilete 0,5–0,7 mm compr., ovário obloide, 0,2–0,3 mm compr.. Fruto imaturo, utrículo obloide, estreitas alas laterais por todo utrículo, pericarpo 0,8 mm compr., sementes não visualizadas (AMARANTHACEAE, 2019).CaracterísticaFloração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaNorte (Amazonas, Amapá, Pará); Ocorrências confirmadas: Norte (Amazonas, Amapá, Pará); Nordeste (Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe); Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso); Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina); Possíveis ocorrências: Norte (Acre, Rondônia, Roraima, Tocantins); Nordeste (Ceará, Maranhão, Piauí); Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás)Domínios Fitogeográficos: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, PantanalTipo de Vegetação: Área Antrópica, Vegetação Aquática (AMARANTHACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaÉ boa fonte de proteína vegetal. Composição protéica e mineral (em base seca) (KINUPP, 2008, p. 5).Proteína 0,11(%), cálcio 0,0068(%), magnésio 0,0039(%), manganês 0,00062(%), chumbo 0,0048(%), ferro 0,0004(%), sódio 0,0004(%), potássio 0,0684(%), cobre 0,000016(%), zinco 0,000022(%), enxofre 0,48(%), boro 0,00004(%). (KINUPP, 2008).FitoterapiaNa medicina popular, a parte aérea é utilizada contra alergia e coceira.FitoeconomiaAs folhas e ramos jovens, chamados de Young tops ou tips, podem ser utilizados na alimentação humana cozidos ou transformados em bolos, pães e outras receitas. O seu consumo é muito popular na Índia, sendo consumida picada fresca e misturada com outras hortaliças ou com peixes secos ou fermentados. Em outras regiões do mundo já é comercializada como hortaliça.InjúriaPlanta daninha infestante de lavouras de arroz, canais de drenagem, lagoas e represas.ComentáriosBibliografiaAMARANTHACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB15403>. Acesso em: 20 Out. 2019Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 1 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 875 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol1.pdf>.KINUPP, V. F. Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre. Tese de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. 590p. il. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/12870>.KINUPP, V. F.; BARROS, I. B. I. Teores de Proteína e Minerais de Espécies Nativas, Potenciais Hortaliças e Frutas. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 28(4): 846-857, out.-dez. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cta/v28n4/a13v28n4.pdf>.LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: Terrestres, Aquáticas, Parasitas e Tóxicas. Instituto Plantarum. Nova Odessa, SP, 4ª ed. 2008. 672p. il.VENDRUSCOLO, G. S.; SIMÕES, C. M. O.; MENTZ, L. A. Etnobotânica no Rio Grande do Sul: Análise Comparativa Entre o Conhecimento Original e Atual Sobre as Plantas Medicinais Nativas. Pesquisas, Botânica nº 56: 285-322, São Leopoldo: In: Instituto Anchietano de Pesquisas, 2005. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica56/botanica56.htm>.

Alternanthera tenella

Nomes popularesPeriquita-roseta, sempre-viva, apaga-fogo, carrapichinho, alecrim-carrapinha, avaço, capotitaguá, carqueja-branca, corredeira, corrente, erva-de-botão, ervaço-de-boi, perpétua, perpétua-do-mato, praga-de-japonês, quebra-panela, quebra-panela-do-grande, quebra-panela-rasteiro, quebra-tijela, suspiroNome científicoAlternanthera tenella CollaSinônimosAlternanthera ficoidea (L.) P.Beauv.Alternanthera polygonoides (L.) R.Br.FamíliaAmaranthaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoErvas ou subarbustos, terrestres, eretos, decumbentes ou prostradas, ramos estoloníferos ou não, se estoloníferos então estolões até a metade basal, ramos até 0,5 m compr., caule não parenquimatoso aerífero, estrigoso, hirsuto, híspido, piloso, pubescente, viloso ou glabrescente, tricomas com 3–5 ou 5–7 células, 0,5–0,8 ou 1,5–2 mm compr., nós intercelulares espiculados, transparentes. Folhas membranáceas, pecioladas, pecíolos 0,3–1,5 cm compr., lâmina elíptica, linear, oval ou oboval, 1–6 × 0,3–3,5 cm, base equilateral ou oblíqua, atenuada ou aguda, ápice agudo, apiculado, broquidódroma, venação intercostal medianamente reticulada, concolores, verdes, estrigosas, hirsutas, híspidas, pilosas, pubescentes, vilosas ou glabrescentes em ambas as faces, tricomas simples, 3–5 ou 5–7 células, 0,5–0,8 ou 1,5–2 mm compr.. Inflorescência séssil, paracládios 1–2 eixos florais por verticilo, eixos capituliformes ou espiciformes, 0,4–0,7 cm compr.. Flores brancas, 2–3,2 mm compr., curto-pediceladas, bráctea e bractéolas diferentes entre si; bráctea oval ou elíptica, 1,2–2,5 mm compr., côncava, base aguda, margem inteira, ápice agudo, apiculado, nervura dorsal inconspícua, glabra dorsalmente; bractéolas ovais ou elípticas, 1,3–2,8 mm compr., côncavas ou amplo-naviculares, base aguda margem inteira, ápice agudo, apiculado, sem crista, glabra ou com tricomas esparsos, tricomas simples, sobre a nervura ou distribuídos na metade basal da bractéola; tépalas diferentes entre si, tépalas dorsais e ventral escariosas, tépalas laterais paleáceas, 3-nérvias, nervuras conspícuas, dorsais e ventral ovais, 2,1–3 mm compr., elípticas ou oblongas, 1,8–2,2 mm compr., tépalas dorsais e ventral com margem diferenciadas, esbranquiçadas e não paleácea, tépalas laterais com margem não diferenciada, canescentes ou vilosas nas laterais e entre nervuras das tépalas externas, tricomas simples, tépalas laterais em geral glabras; androceu com 5 estames, pseudoestaminódio acima da altura das anteras, raro na mesma altura ou um pouco abaixo, fimbriados, raro denteados, tubo estaminal 1,3–1,5 mm compr., anteras elípticas ou lineares, (0,2)0,8–1 mm compr., estigma capitado, viloso, estilete 0,3–0,5 mm compr., ovário elipsoide, 0,3–0,5 mm compr.. Fruto 2,5–4,5 mm compr., utrículo elipsoide, pericarpo sem projeções, 1,3–1,5 mm compr., semente elipsoide, foveolada (AMARANTHACEAE, 2019).CaracterísticaAlternanthera tenella possui grande variação morfológica no hábito e folhas. No entanto, pode ser reconhecida pela inflorescência séssil, pequena, esbranquiçada e flores com tépalas desiguais. A presença de tricomas pinóides pode ser constatada em plantas coletadas em áreas de caatinga; em outros ambientes, é mais freqüente encontrar plantas com tricomas simples (SENNA, 2010).Há registro no vernáculo popular a partir de diferentes usos da planta e de associações ou semelhanças, tanto em morfologia (na visão local e não científica) quanto em finalidades para todo o País. Foram encontrados os seguintes termos: Alecrin carrapicha (BAH 9149), apaga fogo (BAH 8632/UEC 26524/UEC 26919/BAH 7025/BAH 7099), avaço (ALCB 98373), capotitaguá (BAH 506), carqueja-branca (BAH 247/BAH 7025/BAH 7099), carrapichinho (ALCB 9524/BAH 93), corredeira (ALCB 31/MBM 230278), corrente, “se diz que a infusão desta planta é diurético” (BAH 247), erva de botão (BAH 9149), ervaço (BAH 4523/BAH 9174), ervaço branco (ALCB 5968), ervaço de boi (BAH 2115), mangericão (BAH 9149), perpétua (BAH 247/BAH 3839), perpétua do mato (BAH 3839/BAH 8632), praga de japonês (SP 268391), quebra panela (ALCB 5968), quebra panela do grande (RB 27704) (obs.: Esse exemplar tem muitas inflorescências juntas transmitindo uma aparência maior das inflorescências), quebra panela rasteiro (RB 27709), quebra-panela (INPA 935/MBM 101639), quebra-tigela (BAH 8632), suspiro (BAH 2811). Além da indicação como forrageira (BAH 194) e muito frequente na região de Itaberaba (AMARANTHACEAE, 2019).Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas: Norte (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima); Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe); Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso); Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina); Possíveis ocorrências: Norte (Amapá, Tocantins)Domínios Fitogeográficos: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, PantanalTipo de Vegetação: Área Antrópica, Caatinga (stricto sensu), Campinarana, Campo Limpo, Campo Rupestre, Carrasco, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Decidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Restinga, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos (AMARANTHACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFito químicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaAMARANTHACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB4304>. Acesso em: 20 Out. 2019SENNA, L.R.; GIULIETTI, A.M.; RAPINI, A. Flora da Bahia: Amaranthaceae - Amaranthoideae e Gomphrenoideae. SITIENTIBUS SÉRIE CIÊNCIAS BIOLOGICAS 10(1): 3-73. 2010. Disponível em: <http://www2.uefs.br/revistabiologia/pg10_n1.html>.