Tabernaemontana catharinensis

Nomes popularesCatavento, burra-leiteira, cobrina, esperta, fruto-de-cobra, jasmim, jasmim-catavento, jasmim-pipoca, leiteira, leiteira-dois-irmãoes, pau-de-leite, quina, sapiranguiNome científicoTabernaemontana catharinensis A. DC.BasionônioSinônimosPeschiera affinis (Müll. Arg.) MiersPeschiera catharinensis (A. DC.) MiersPeschiera hilariana (Müll. Arg.) MiersPeschiera australis (Müll. Arg.) MiersTabernaemontana acuminata Müll.Arg.Tabernaemontana affinis Müll.Arg.Tabernaemontana australis Müll.Arg.Tabernaemontana hilariana Müll.Arg.Tabernaemontana hybrida Hand.-Mazz.Tabernaemontana salicifolia Hand.-Mazz.FamíliaApocynaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto 0,8 a 2m de alt.; ramos glabros. Folhas com 21-48 coléteres na região nodal; pecíolo 0,5-1,2cm de compr., glabro; lâmina membranácea, estreito-lanceolada a lanceolada, 7,8-14,2 x 2,3-4,2cm, base aguda, margem levemente ondulada a plana, ápice acuminado, glabra, padrão de nervação broquidódromo. Inflorescência terminal, cimóide corimbiforme, 5-6 flores; pedúnculo ca. 0,1cm de compr., glabro; bráctea e profilo estreito-oblongolanceolados, 0,3-0,5cm de compr., ápice agudo, glabros em ambas as faces, 1- 2 coléteres na base da face interna. Flores ca. 1,0cm de compr.; pedicelo 0,6-0,9cm de compr., glabro. Sépalas reflexas, iguais, estreito-lanceoladoovadas, 0,3-0,5 x 0,06cm, ápice acuminado, glabras; 3-6 coléteres na base da face interna. Corola com lobos alvos; tubo levemente dilatado no terço inferior, contraído na região de inserção dos estames, ca. 0,5 x 0,15cm, pubérulo na face interna até ca. 0,1cm abaixo da inserção dos estames, glabro na externa; lobos dolabriformes, ca. 0,8 x 0,35cm, ápice obtuso, glabros. Estames inclusos, inseridos no terço médio do tubo da corola, sésseis; anteras sagitadas, ca. 0,4 x 0,05cm, ápice acuminado, glabras. Ovário globoso, ca. 0,1 x 0,05cm, glabro; estilete ca. 0,1cm de compr., glabro; cabeça do estilete subcilíndrica, ca. 0,05cm de compr., glabra, anel basal com 5 lobos + 5 na região mediana. Folículos amarelo-esverdeados, divergentes, elípticos, ca. 4,7 x 2,2cm, levemente recurvados, ápice cuspidado, glabros, muricados. Sementes pretas, ca. 0,9 x 0,4cm, glabras; testa com sulcos longitudinais; arilóide alaranjado (QUINET, 2005, p. 17).CaracterísticaT.catharinensis é a única espécie do gênero conhecida para a Argentina e Paraguai. Possui a forma das folhas, o indumento e o comprimento da corola variáveis, razão pela qual foi descrita sob outros binômios (QUINET, 2005, p.18).Floração / frutificaçãoFloresce em outubro e novembro, frutificando em de maio a junho.DispersãoHabitatEspécie pioneira, heliófita e seletiva higrófita, característica da mata pluvial da encosta Atlântica, ocorre na Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Densa.Distribuição geográficaOcorrências confirmadas: Nordeste (Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Sergipe); Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul); Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos: Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação: Área Antrópica, Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Semidecidual (TABERNAEMONTANA, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaOs índios Guarani utilizam-na na medicina caseira.FitoeconomiaEspécie com imenso potencial ornamental, sendo 8indicada também para reflorestamentos mistos destinados à recuperação de mata nativa. Sua madeira é leve e macia ao corte, podendo servir para tabuado, caixotaria, vigotas, lenha e carvão.InjúriaComentáriosNa língua Guarani é chamada de Pipi guatchu.BibliografiaCatálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 1 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 875 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol1.pdf>.FLORA ARBÓREA e Arborescente do Rio Grande do Sul, Brasil. Organizado por Marcos Sobral e João André Jarenkow. RiMa: Novo Ambiente. São Carlos, 2006. 349p. il.QUINET, C. G. P.; ANDREATA, R. H. P. Estudo Taxonômico e Morfológico das Espécies de Apocynaceae Adans. na Reserva Rio das Pedras, Município de Mangaratiba, Rio de Janeiro, Brasil. Pesquisas, Botânica nº 56: 13-74. São Leopoldo : Instituto Anchietano de Pesquisas. 2005. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica56/a02.pdf>.LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Instituto Plantarum. Nova Odessa, SP, 2009. 384p. il. v. 3.OLIVEIRA, D. Nhanderukueri Ka’aguy Rupa – As Florestas que Pertencem aos Deuses. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2009. 182p. il. Disponível em: <http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=4402&lang=>.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.TABERNAEMONTANA in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB4861>. Acesso em: 04 Nov. 2019.