Tectaria incisa

Nomes popularesSamambaiaNome científicoTectaria incisa Cav.SinônimosFamíliaTectariaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoCaules com escamas (1)1,5–6 × (0,3)0,5–1,5 mm, concolores, castanhas ou castanho-escuras, às vezes enegrecidas, ou bicolores, com centro mais escuro que a margem, longo-deltadas ou ovado-lanceoladas a lanceoladas, ápices atenuados, margens densamente fimbriadas, superfície glabra. Frondes (15)34–175 cm compr., monomorfas, fasciculadas; pecíolos 15–90 cm compr.; lâminas membranáceas ou cartáceas, (9)17–85 cm compr., 1-pinadas, com (1)3–10 pares de pinas; pinas basais (11)17–35 × 3–6,5 cm, pecioluladas (0,1–1,4 cm compr.), usualmente equilaterais ou quase, lanceoladas ou oblongo-lanceoladas, ápices atenuados a caudados, margens inteiras, onduladas, dentadas ou às vezes rasamente lobadas, com 1 ou às vezes 2 grandes lobos basioscópicos basais; pinas medianas (7,5)14–35(39,5) × (1)2,5–6(7) cm, as proximais usualmente pecioluladas (até ca. 0,8 cm compr.), as distais sésseis e tornando-se basioscopicamente adnadas em direção ao ápice da lâmina, equilaterais ou quase, lanceoladas, oblongo-lanceoladas ou elíptico-lanceoladas, ápices atenuados ou acuminados a caudados, margens inteiras, onduladas, dentadas ou rasamente lobadas, às vezes com 1 lobo basal deltado ou longo-deltado basioscopicamente e/ou acroscopicamente; segmento apical 15–37 cm compr., com 1 par de grandes lobos basais, porção restante inteira, ondulada, dentada ou rasamente lobada proximalmente, às vezes com uns poucos lobos deltados, longo-deltados a oblongo-lanceolados e frequentemente arqueados proximalmente, bases usualmente cuneadas, ápices atenuados a caudados; superfície abaxial glabra a muito esparsamente pilosa sobre a costa e venas laterais principais, tricomas adpressos ou patentes, até ca. 0,1(0,2) mm compr., 1–2(3) células, e esparsamente pilosa sobre as venas areolares e tecido laminar entre as venas, tricomas patentes ou adpressos, até ca. 0,1 mm compr., 1–2 células; superfície adaxial densamente pilosa ou às vezes glabra a esparsamente pilosa sobre a costa e venas principais laterais, tricomas patentes ou adpressos, 0,1–0,2(0,3) mm compr., 1–3(5) células, glabra ou muito esparsamente pilosa sobre as venas areolares, tricomas patentes ou adpressos, até ca. 0,1(0,2) mm compr., 1–2 células, e glabra sobre o tecido laminar entre as venas. Gemas ausentes ou presentes na axila das pinas medianas e distais, às vezes nas proximais, ou em sua superfície adaxial sobre ou próximo à porção basal da costa. Vênulas livres inclusas presentes em muitas aréolas. Soros circulares, dispostos em 2 fileiras regulares entre as venas laterais principais; indúsios circulares ou reniformes, fixos lateralmente na região do enseio (não peltados), superfície glabra ou esparsamente pilosa, margens inteiras, erosas ou ciliadas (COSTA, 2019).CaracterísticaCaracteriza-se por apresentar o indúsio reniforme a orbicular (nunca peltado), 3-10 pares de pinas laterais com bases decurrentes, segmento apical com ápice cuneado, pina basal com um único lobo basiscópico, e lâmina praticamente glabra. Tectaria heracleifolia (Willd.) Underw. difere por apresentar o indúsio peltado, 0–2 (–4) pares de pinas laterais, base das pinas laterais e apical cordada, e pina basal com 1–2 lobos proeminentes no lado basiscópico. Outra espécie morfologicamente semelhante e relativamente comum na Floresta Atlântica brasileira é T. pilosa (Fée) R. C. Moran, que difere principalmente por possuir a lâmina densamente pilosa e um menor número de pinas laterais (1–4 pares) (MATOS, 2009, p. 168).Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatOcorre em toda a região Neotropical. Na Amazônia e Mata Atlântica, é encontrada em matas ciliares, no interior da mata ou em bordas de trilhas e caminhos, sempre em locais úmidos e sombreados dentro da Floresta Ombrófila Densa e Floresta Estacional Semidecidual.Distribuição geográficaOcorrências confirmadas: Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima); Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco); Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso); Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos: Amazônia, Mata AtlânticaTipo de Vegetação: Floresta de Terra Firme, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (COSTA, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaCatálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 1 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 875 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol1.pdf>.COSTA, J.M.; Prado, J.; Salino, A.; Moran, R.C. Tectariaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB92130>. Acesso em: 05 Nov. 2019.MATOS, F. B. Samambaias e Licófitas da RPPN Serra Bonita, Município de Camacan, Sul da Bahia, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, Paraná. 2009. 255p. il. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/19094/1/FERNANDO%20BITTENCOURT%20DE%20MATOS%20-%20DISSERTACAO_2009.pdf>.MYNSSEN, C. M.; WINDISCH, P. G. Pteridófitas da Reserva Rio das Pedras, Mangaratiba, RJ, Brasil. Rodriguésia 55 (85): 125-156. 2004. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/Rodrig55_85/MYNSSEN.PDF>.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.