Mônada
Mônada. Do latim tardio, monas, do grego monás, unidade. 1. Termo de origem provavelmente pitagórica, usado na filosofia antiga para designar os elementos simples de que o universo é composto. Platão aplica o termo mônada às ideias ou formas.
2. Este conceito é retomado ao início do pensamento moderno (Nicolau de Cusa, Giordano Bruno), vindo a ter um papel central na metafísica de Leibniz. Para Leibniz, “a mônada é uma substância simples que faz parte das compostas; simples quer dizer sem partes (...) ora, onde não há partes, não há extensão, nem figura, nem divisibilidade possível. E as mônadas são os verdadeiros átomos da natureza, em uma palavra, os elementos de todas as coisas.” (1)
Monalologia ou monadismo. Teoria das mônadas, ou teoria que adota o conceito de mônada como conceito central. Erdmann adota esse termo como título da obra de Leibniz escrita em 1714, e por ele publicada em 1840. O termo era, entretanto, empregado já desde o séc. XVIII para designar a teoria das mônadas de Leibniz. (1)
Mônada. a) Na biologia é um pequeno protozoário flagelado que possui um só flagelo.
b) Na filosofia é a unidade individual, independente, que possui ao mesmo tempo as características da matéria e do espírito. O termo era empregado pelos pitagóricos no sentido de monas (vide).
c) Leibniz tornou-se conhecido através de sua teoria monadológica, assim expressa: é uma substância simples, ou seja, as partes que entram nos entes compostos. Essas mônadas são verdadeiros átomos da natureza e, numa palavra, os elementos das coisas. Para Leibniz são elas impenetráveis a toda ação exterior, heterogêneas, em constante movimento e mutação, por ímpeto intrínseco, dotadas de apetição e de percepção, possuindo (algumas delas) faculdades extraordinárias. (2)
Monadismo. É a doutrina que afirma que o universo é composto de mônadas, unidades individuais, definidas, que têm um princípio interior de coerência, de ordem espiritual, o que as distingue dos átomos mecânicos. (2)
Monas. (do gr. monas, só, significa o ser primeiro, fonte e origem dos outros). A sua aceitação caracteriza, de certo modo, o monismo, pois este exige mais: que as coisas sejam manifestações da substância desse monas. (2)
(1) JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 5.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
(2) SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. ed. São Paulo: Matese, 1965.