Dicas & Notícias da Divisão de Biblioteca da USP/ESALQ | Ano: 2024 | Número: 208

Período: 29/03 a 04/04/2024 | Elaboração: Silvio Bacheta

Fotos & Fatos do câmpus Luiz de Queiroz

Gramadão da Esalq

A fotografia desta edição é de Ana Paula de Sousa Dias, graduanda em Administração pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq).

Inspirado no estilo dos parques ingleses, o Parque do Campus da USP “Luiz de Queiroz”, foi inaugurado em 1907. Com área de aproximadamente 15 hectares, o que corresponde a 150.000 metros quadrados, o local é predominantemente gramado, com lagos, espelhos d’água e uma grande biodiversidade de plantas ornamentais. Em 2006, a Esalq foi tombada como Patrimônio Público Estadual pelo Governo de São Paulo.

O parque foi projetado pelo paisagista belga Arsênio Puttemans, que na época era docente da então Escola Prática de Agricultura “Luiz de Queiroz” (nome da instituição antes de ser parte da Universidade de São Paulo). “ O Parque do Campus “Luiz de Queiroz possui grande relevância histórica e científica, abrigando hoje uma enorme coleção de plantas da flora brasileira e exótica, incluindo diversas árvores centenárias”, destaca Angelo Trevisoli, Paisagista graduado em Engenharia Agronômica pela ESALQ-USP.

Fonte:  Agência universitária de Notícias

Gostaria de ter sua foto do publicada no Dicas & Notícias da Biblioteca? Envie sua imagem de prédios ou paisagens do câmpus, com autoria, título e boa resolução, para comunica.dibd@usp.br.

Produtos & Serviços

A importância do ORCiD para os pesquisadores da Esalq

ORCiD ajuda a melhorar a eficiência, a precisão e a transparência na pesquisa acadêmica, beneficiando pesquisadores, a USP e a comunidade científica como um todo

Recomendo que todos os pesquisadores da Esalq  adotem o registro ORCiD Autenticado USP. Instituições como a CAPES e revistas internacionais como a Nature passaram a exigir o registro ORCiD em alguns de seus processos. Em breve, isso também vai acontecer na USP. Antecipe-se e esteja preparado para as mudanças. 

O ORCiD (Open Researcher and Contributor ID) é um identificador digital internacional gratuito para pesquisadores, único capaz de reunir as informações dos outros identificadores (ResearcherID, ScopusID, GoogleID).

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Novidades do Acervo

Dilemas do Brasil

Obra organizada por Maria Arminda do Nascimento Arruda, Alexandre Macchione Saes e Abílio Tavares

A Universidade de São Paulo promoveu em 2022 uma intensa semana de reflexão sobre o país, reiterando seu compromisso com a sociedade brasileira. USP Pensa Brasil ofereceu espaço para debater os grandes temas nacionais e disseminar o conhecimento produzido na Universidade. 

Ao reunir especialistas de diferentes áreas do conhecimento e unidades da Universidade de São Paulo, este encontro estabeleceu o necessário diálogo entre membros da comunidade uspiana e personalidades externas à USP; promoveu atividades científicas e culturais; disseminou a produção de instrumentos para as políticas públicas, como também a crítica para pensar os impasses de nossa sociedade, oferecendo novas utopias para o seu futuro. 

Este livro é a síntese do evento. Com ele inaugura-se uma série que deve oferecer o contínuo diálogo da USP com a agenda contemporânea.

Texto: divulgação

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Capacitação & Desenvolvimento

Scopus, Incities e Clarivate: treinamentos ensinam como utilizar plataformas e bases de dados científicas

São oito webinars no mês abril organizados pela Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais da USP para auxiliar estudantes, pesquisadores e professores no uso de serviços oferecidos pelos grandes provedores internacionais de informação científica

A Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais (ABDC) da USP está promovendo uma série de treinamentos e apresentações on-line sobre plataformas, soluções, produtos e serviços de informação científica e acadêmica. Os webinars são oferecidos pela Universidade para auxílio à pesquisa e para informação. São gratuitos e abertos principalmente a estudantes de graduação e pós-graduação, docentes e equipes de bibliotecas universitárias.

“Na atualidade, há uma infinidade de fontes de informação digitais disponíveis. Mas é necessário escolher as melhores bases de dados, as mais abrangentes e qualificadas, para que seja possível alcançar níveis de excelência em pesquisa que resultem no maior impacto das publicações resultantes dessas atividades, permitindo o real avanço da ciência”, destaca Elisabeth Dudziak, da Divisão de Gestão de Desenvolvimento, Inovação e Coleções Digitais da ABCD.

Os treinamentos abrangem plataformas como a base de dados Scopus; a Embase, de pesquisa nas áreas de biomédica e de saúde; o Incities, de prospecção de pesquisas e análises; a SciVal, especializada em tendências de pesquisa e análise cientométrica; e a Clarivate. “Essas fontes são essenciais para a construção de um referencial teórico sólido, bem como para estabelecer o estado da arte sobre o tema de pesquisa que se pretende abordar”, explica Elisabeth.

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Acesso Aberto (Open Access)

E-books dão dicas de experiências práticas para aulas de ciências

Disponíveis no Portal de Livros Abertos da USP, e-books “Ensino de Ciências por Investigação” e “Explorações em Ciências na Educação Infantil” oferecem materiais para educadores e estudantes interessados no campo científico

Aprender ciência não precisa se resumir a ler conceitos em uma lousa; a prática e a experimentação também são elementos essenciais do método científico. Pensando nisso, no último dia 10 de março, o Portal de Livros Abertos da USP disponibilizou gratuitamente dois novos materiais que prometem enriquecer o campo do ensino de ciências. Os e-books Ensino de Ciências por Investigação e Explorações em Ciências na Educação Infantil fornecem recursos fundamentais tanto para educadores quanto para estudantes interessados no universo científico.

De acordo com a Angelina Sofia Orlandi, organizadora das publicações e chefe de Seção Técnica de Divulgação Química do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) da USP em São Carlos, “ambos os materiais fazem parte do programa ABC na Educação Científica – Mão na Massa, que tem como objetivo o ensino de ciências por investigação”. As obras têm como base a cooperação entre a Academia de Ciências da França e a Academia Brasileira de Ciências.

“Começamos a trabalhar desde 2001, traduzindo trabalhos iniciais do francês e desenvolvendo materiais didáticos”, lembra ela. Os temas desenvolvidos abrangem módulos temáticos com experimentos voltados para crianças do ensino fundamental I. “Esse livro foi pensado principalmente para o ensino fundamental, mas os professores podem adaptá-lo para níveis mais avançados”, esclarece.

Impacto das ciências ambientais na Agenda 2030 da ONU: Vol. 1 

O livro ‘Impacto  das  Ciências  Ambientais  na  Agenda  2030 da ONU’, organizado pelos professores Carlos Al-berto Cioce Sampaio da Universidade Regional de Blu-menau  (FURB)  e  Arlindo  Philippi  Jr  da  Universidade  de São Paulo (USP), expressa a sensibilidade que a educação superior e a ciência possuem no tocante a trazer benefícios à sociedade brasileira,  e  que  esses  sejam  bem  distribuídos  no  conjunto  de  sua  população

A obra traz, à luz da contemporaneidade, a relevância e significância que a ciência e a educação superior possuem, com destaque para Programas de Pós-Graduação da Área de Ciências Ambientais, enquanto promotores de conhecimento, formadores de talentos humanos altamente capacitados, e fomentadores de protagonismo para temas e questões de interesse da sociedade relacionados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). 

Ao reunir experiências e reflexões teóricas, a obra demonstra contribuições dos programas para a formação de pesquisadores, docentes, estudantes de pós-graduação e graduação, profissionais e técnicos; para a incorporação dos ODS em pesquisas voltadas à aplicação em diversos setores da sociedade; bem como para o desenvolvimento de uma ciência cidadã. 

Os organizadores e os autores desta obra, enquanto orientadores e pesquisadores de pós-graduação em ciências ambientais, desenvolvem análises dos resultados de seus programas, aprofundando o reconhecimento de suas performances acadêmicas, científicas e socioambientais, indicando caminhos que possam contribuir para a divulgação e aplicação de seus achados junto dos setores públicos, empresariais e sociedade civil.

Divulgação Científica

Atenção no desenvolvimento de crianças com autismo pode diminuir prejuízos na comunicação

Segundo Erikson Felipe Furtado, o processo de aprendizagem varia de criança para criança, mas, apesar das dificuldades, a abordagem individualizada pode levar a resultados positivos na aquisição de conhecimento

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição de desenvolvimento neurológico que afeta a comunicação, o comportamento e a interação social e atinge uma criança em cada 36, de acordo com estimativa do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos. Enquanto isso, os dados sobre o transtorno no Brasil são escassos – situação que o País tenta corrigir com o Censo Demográfico de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que pela primeira vez inclui perguntas sobre o assunto e que deve revelar o resultado ainda neste ano. Independentemente disso, o reconhecimento precoce da condição durante a infância pode facilitar o desenvolvimento intelectual e motor da pessoa com deficiência durante o crescimento. 

Segundo o neurocientista Erikson Furtado, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, ainda que os sintomas de TEA sejam variáveis, a dificuldade de aprendizagem é comum e, ainda que a deficiência intelectual não seja obrigatoriamente uma certeza de diagnóstico de autismo, as dificuldades de aprendizagem são levadas em consideração.

Assim, nos casos em que ela está presente, o desenvolvimento das habilidades escolares pode ser desafiador para algumas crianças, passando pela educação básica. Enquanto indivíduos neurotípicos já participam de atividades preparatórias de alfabetização e de controle motor, em crianças com autismo “o envolvimento nessas atividades pode ser atrasado, pode demorar a acontecer e acaba impactando também as outras aquisições posteriores, como a escrita e a leitura”, explica o professor.

Cotidiano

Diretoria da Esalq recepciona novos docentes

Além de IA (Inteligência Artificial), os novos docentes chegam para o desenvolvimento de áreas estratégicas dentro do ensino de graduação e pós-graduação

Ana Claudia dos Santos Luciano é formada em Engenharia Agrícola na Unicamp e, em 2020, ingressou na Esalq como docente no departamento de Engenharia de Biossistemas. “Entrei durante a pandemia e foi muito complicado no início não ter a oportunidade de conhecer pessoalmente as pessoas com as quais eu trabalhava”.

Brunno Cerozi é formado na Esalq em Engenharia Agronômica, passou um período nos EUA e, em 2019, voltou para a sua escola de formação para ser docente no departamento de Zootecnia. “Visualizei na Esalq a oportunidade de desenvolver uma área nova, a aquaponia, vertente incluída nos sistemas integrados de produção”.

Após passar 10 anos na Bélgica e outros dois na Alemanha, a nutricionista Nubia Barbosa Eloy ingressou como professora no departamento de Ciências Biológicas da Esalq. “Aqui na Esalq, entendo que estou inserida em um ambiente propício para desenvolver estudos na minha área de atuação, a Bioquímica de Plantas”.

Esses e outros docentes foram recepcionados na manhã desta terça-feira, 2 de abril, na diretoria da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), por dirigentes da instituição. Parte desses novos docentes estão ingressando na Esalq, inseridos no programa de contratação de docentes anunciado pelo atual reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior. No total, são 876 novos professores que serão contratados nos próximos três anos em toda a universidade. Para a Esalq, serão 61 novos docentes, contratados até 2025.

André Freitas Colaço acabou de chegar no departamento de Engenharia de Biossistemas da Esalq. Foi contratado em março deste ano e atuará com Inteligência Artificial (IA) e Sistemas Inteligentes de Apoio à Tomadas de Decisão. Formou-se na Esalq em 2017 e passou cinco anos como pesquisador na Austrália. “Fiz meu mestrado e doutorado aqui na Esalq e sempre projetei minha trajetória acadêmica sendo desenvolvida aqui”, comenta.

O que motiva a fuga de cérebros?

A crescente tendência de "fuga de cérebros" entre profissionais brasileiros qualificados ganha destaque em uma nova pesquisa desenvolvida no programa de pós-graduação em Administração da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP)

A dissertação, que considera dados de 2015 a 2020, examina os motivos por trás dessa migração e os desafios enfrentados pelos brasileiros mundo afora. De autoria do economista Guilherme de Souza Campos Portugal Santos, a pesquisa contextualiza o fenômeno em meio a um período de instabilidade política e econômica no Brasil, no qual políticas e programas de incentivo à formação universitária e em ciência e tecnologia foram descontinuados. Ao contrário da atenção limitada que o tema recebeu até agora nas universidades, este estudo busca entender a fuga de cérebros a partir de uma abordagem qualitativa, dando voz aos emigrantes e explorando suas motivações, experiências e desafios.

Com base em entrevistas semiestruturadas e na técnica da "análise de conteúdo", o pesquisador conversou com brasileiros que estão morando atualmente em países como França, Alemanha, Estados Unidos, Irlanda do Norte, Reino Unido, Portugal, Hungria, África do Sul, Emirados Árabes, Bélgica e Austrália.

Projeto Equoterapia é destaque na Rádio Jovem Pan

A entrevista completa está disponível no espaço ComCiência, no site da Fealq

O Projeto Equoterapia da Esalq/USP foi destaque na Rádio Jovem Pan News Piracicaba, em entrevista com a coordenadora técnica do projeto, Roberta Ariboni Brandi, que foi ao ar no último dia 27 de março.

Em conversa com o apresentador Bruno Chamochumbi, Roberta falou sobre o projeto, que oferece tratamento terapêutico e educacional 

complementar utilizando o cavalo como instrumento de reabilitação de pessoas com deficiência física e/ou mental, melhorando o desenvolvimento físico, psíquico, cognitivo e social.

Mantido pela Universidade de São Paulo (USP) e doações de empresas parceiras, o Projeto Equoterapia da Esalq/USP conta com apoio da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq), responsável pela gestão dos recursos financeiros recebidos. Em pouco mais de duas décadas, a iniciativa já realizou mais de 40 mil atendimentos.

Radar

Consumo excessivo de proteínas pode causar doenças cardiovasculares

Dan Linetzky Waitzberg explica a importância de consultar nutricionistas antes de iniciar uma dieta proteica

Pesquisa feita pela Universidade de Pittsburgh e publicada na revista especializada Nature Metabolism mostra que o excesso de proteínas pode prejudicar a saúde e indica que dietas com mais de 22% de proteína aumentam significativamente o risco de aterosclerose, podendo levar a doenças cardiovasculares. Dan Linetzky Waitzberg, professor do Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina (FM) da Universidade de São Paulo (USP) e do Laboratório de Nutrição e Cirurgia Metabólica do Aparelho Digestivo do Hospital das Clínicas (HC), explica quais os impactos desse consumo excessivo no organismo e a importância de acompanhamento profissional nas dietas.

De acordo com o especialista, as proteínas animais estão associadas ao aumento da lipoproteína de baixa densidade, também conhecida como colesterol LDL, e também da inflamação crônica e estresse oxidativo, o que pode ser fator de risco para doenças cardiovasculares. Ele conta que, em parte, isso pode ser explicado pelas altas taxas de gordura saturada e colesterol que estão presentes nas fontes da proteína animal. 

Waitzberg conta que a pesquisa feita nas universidades de Pittsburgh e Missouri com camundongos mostrou que não apenas o acúmulo de gordura é responsável pela aterosclerose, mas também o aminoácido leucina, que não é sintetizado pelo corpo humano e precisa ser ingerido nas carnes. “A novidade é que não é o acúmulo de gordura apenas como responsável, pois há uma sinalização desse aminoácido leucina contribuindo para que macrófagos sejam ativados e eles sinalizam para a formação da placa aterosclerótica. Então, é um mecanismo novo, eles encontraram e responsabilizaram um determinado aminoácido como sinalizador molecular”, explica.

Casca da jabuticaba reduz inflamação e glicemia em pessoas com síndrome metabólica

Em estudo com 49 participantes, pesquisadores da Unicamp observaram que o consumo diário de um suplemento contendo 15 gramas da substância ao longo de cinco semanas melhorou o metabolismo de glicose, inclusive após as refeições

Geralmente descartada por seu sabor adstringente, de “amarrar a boca”, a casca da jabuticaba pode ser uma excelente aliada no tratamento da obesidade e da síndrome metabólica, sugere estudo publicado na revista Nutrition Research.

Conduzida por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a pesquisa mostrou que o consumo diário de pelo menos 15 gramas da casca da fruta melhorou, ao longo de cinco semanas, os níveis de inflamação e de glicose no sangue de indivíduos com síndrome metabólica e obesidade.

“Os compostos fenólicos e as fibras presentes na casca da jabuticaba têm o poder de modular o metabolismo da glicose. Já tínhamos observado esse efeito em estudos anteriores. Neste trabalho, no entanto, avaliamos o consumo prolongado e descobrimos que esse efeito na glicose se dá inclusive no período posterior à refeição, ou seja, na glicemia pós-prandial”, afirma Mário Roberto Maróstica Junior, professor da Unicamp e coordenador da investigação.

Segundo o pesquisador, mesmo em indivíduos saudáveis a glicemia costuma aumentar após as refeições, voltando depois aos níveis normais. “Portanto, algo que possa baixar a glicemia após uma refeição é interessante, pois faz com que o sujeito tenha níveis controlados de açúcar no sangue ao longo do tempo, o que resulta em uma vida mais saudável e parâmetros mais controlados”, explica.