Dicas & Notícias da Divisão de Biblioteca da USP/ESALQ | Ano: 2023 | Número: 191

Período: 27/10  a 02/11/2023 | Elaboração: Silvio Bacheta

Fotos & Fatos do câmpus Luiz de Queiroz

Os patos na Casa de Hóspedes

A imagem destaque da edição 191 é de autoria de Carlos Roberto Macedonio,  funcionário do Departamento de Genética da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) que registrou estes distintos visitantes no entorno da Casa de Hóspedes do câmpus Luiz de Queiroz. 

Gostaria de ter sua foto do publicada no Dicas & Notícias da Biblioteca? Envie sua imagem de prédios ou paisagens do câmpus, com autoria, título e boa resolução, para comunica.dibd@usp.br.

Produtos & Serviços

Perdeu o prazo para devolução do material? Foi bloqueado para  novos empréstimos?

Doe 2 litros de leite para cada material atrasado e fique livre da suspensão

De 06/11 a 17/11/2023, das 7h45 às 21h30, a Divisão de Biblioteca - DIBD promoverá a "Quinzena do Perdão" com o objetivo de recuperar o material em atraso e conscientizar os usuários sobre a importância de cumprir o regulamento.

Os alunos inscritos nas Bibliotecas da ESALQ (Central e LES) poderão trocar sua suspensão por doação de leite, que será encaminhado ao projeto solidário “Exército de Formiguinhas e Pastoral Social.”

Esta ação social estará aberta a todos que tiverem interesse em participar e realizar a doação

Novidades do Acervo

Chave de identificação para as principais famílias de Angiospermas e Gimnospermas nativas e cultivadas no Brasil

O autores apesentam uma edição-chave de identificação voltada especificamente para o uso em sala de aula e para o estudo dos alunos dos cursos de graduação, com os principais termos morfológicos explicados e ilustrados

Uma chave de identificação com os principais termos morfológicos explicados e ilustrados. Além disso, considerando esta finalidade, restringimos bastante o número de famílias abordadas. Certamente com tudo isso, a taxa de sucesso ao tentar utilizar esta chave de identificação aumentará significativamente e também a sua satisfação em utilizá-la. 

Para aqueles que desejarem continuar usando a chave completa, sempre existirá o recurso de utilizar a chave que está presente no livro Botânica Sistemática.

Texto: divulgação

Avisos

Bibliotecas do câmpus estarão fechadas nos dias 02 e 03 de novembro de 2023

Em virtude do feriado de Finados, não haverá expediente na Divisão de Biblioteca da USP/ESALQ nos dias 02 e 03 de novembro de 2023.

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Padronização do sistema agroalimentar leva à perda de biodiversidade e impulsiona crise climática

Acesso Aberto (Open Access)

USP Open Access Diamond: serviço de publicação de livros e periódicos pela ABCD

A Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais (ABCD) apoia a publicação de livros e periódicos acadêmicos e científicos de acesso aberto em formato digital, alinhada ao Open Access Diamond

A USP Diamond é uma denominação nova a um serviço de publicação e hospedagem de livros e periódicos por meio do Portal de Livros Abertos da USP e do Portal de Revistas USP que já tem sido realizado e mantido há anos pela Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais ABCD-USP, órgão ligado diretamente à Reitoria da Universidade de São Paulo.

Esse serviço é fornecido gratuitamente aos funcionários, docentes, pesquisadores e estudantes da Universidade de São Paulo, em parceria com suas Unidades, Institutos, Centros e Museus. Consulte as informações a seguir para saber mais!

A Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais é o Publisher da Universidade para revistas e livros exclusivamente em formato digital em acesso aberto e sem fins comerciais apoiado pelas bibliotecas.

Oportunidades

Escola Fapesp inscreve bolsistas de pós-doutorado para interagir com lideranças científicas

Bolsistas de pós-doutorado de todo o País da área de Humanidades, Ciências Sociais e Artes podem se inscrever até o dia 10 de novembro; transporte, hospedagem e alimentação serão financiados pela Fapesp

Foi prorrogado o prazo para bolsistas de pós-doutorado de todo o país realizarem a inscrição para a Escola Interdisciplinar Fapesp 2023 de Humanidades, Ciências Sociais e Artes. O evento será realizado entre os dias 10 e 13 de dezembro, em Embu da Artes, em São Paulo, e os pesquisadores selecionados para as 60 vagas terão os custos de transporte, hospedagem e alimentação financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

As inscrições vão até o dia 10 de novembro neste link. Podem participar bolsistas de pós-doutorado financiados por agências de fomento que atuam no Brasil nas áreas do conhecimento de abrangência da Escola (Humanidades, Ciências Sociais e Artes) de todo o território nacional. O edital completo está disponível clicando aqui.

Os 60 participantes da Escola serão selecionados de forma aleatória, por meio de sorteio por aplicativo eletrônico, respeitando-se os critérios de impessoalidade, equilíbrio de gênero e racial, bem como o local de residência e vinculação à Fapesp ou a outras agências de fomento. A ideia é que exista uma distribuição equilibrada de bolsistas das várias agências, bem como de residentes no estado de São Paulo e de outras regiões do país.

Divulgação científica

Pesquisa revela a diversidade do cereal das américas

O trabalho compõe parte da tese de doutorado, agraciada com o Prêmio de Tese Destaque na USP - 10a edição, nas áreas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, em 2021

Milho verde, pamonha, curau, angu, canjica, pipoca, mingau, sopa, suco. Esses são alguns dos atributos culinários que temos como referência do milho. Poderíamos listar aqui outras dezenas de aplicações deste que é considerado o “cereal das Américas”. Assim como seu uso nas cozinhas de norte a sul do continente, sua diversidade genética tem a mesma riqueza e ganha agora uma importante atualização.

Um estudo apresentado no Programa de Pós-graduação em Genética e Melhoramento de Plantas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) identificou distintos micro-centros e regiões de diversidade genética do milho em distintos biomas das terras baixas da América do Sul - Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa. “A espécie ainda encontra-se sob diversificação, sob o manejo dos agricultores familiares, tradicionais, quilombolas, ribeirinhos e indígenas”, conta a pesquisadora Flaviane Malaquias Costa, autora da tese de doutorado, orientada pela Profa. Elizabeth A. Veasey.

Flaviane, Natalia de Almeida Silva, Rafael Vidal, Elizabeth A. Veasey e Charles R. Clement, compõem a equipe do projeto “Raças de Milho das Terras Baixas da América do Sul: ampliando o conhecimento sobre a diversidade de variedades crioulas do Brasil e do Uruguai”, coordenado pelo Grupo Interdisciplinar de Estudos em Agrobiodiversidade – InterABio.

A pesquisadora frisa que as contribuições trazidas pelo levantamento abrangem temáticas propostas pelos distintos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). A pesquisa envolveu a participação de 261 agricultores familiares e tradicionais, sendo que 129 foram entrevistados. O Projeto integrou uma Rede de 29 instituições do Brasil e do Uruguai. “Nosso escopo demonstra a realização de uma pesquisa aplicada e a sua interface direta com a sociedade, o que gerou impacto social”, completa. A pesquisa reforça que todas as áreas apresentaram variedades de milho com nomes locais exclusivos, o que indica que em cada local existe uma diversidade própria, já que o nome da variedade é considerado um indicador de diversidade e um importante marcador de caracterização da diversidade.

Cotidiano

O que o solo da Antártida tem para nos contar?

Professor da Esalq participou do Programa Antártico Brasileiro desenvolvendo pesquisas relacionadas ao estudo dos solos e de como eles são formados naquele continente

O Programa Antártico Brasileiro (Proantar), um projeto que tem como objetivo a promoção de pesquisas científicas na região Antártica, contou este anos com a participação de José Alexandre Melo Demattê, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP. O docente esteve no continente por 40 dias desenvolvendo pesquisas relacionadas ao estudo dos solos e de como eles são formados naquele continente.  Os estudos abrangem solos, geologia, planta, bactérias, fungos e vírus, além das questões climática e oceanográfica, de acordo com Demattê.

O Proantar existe há mais de 40 anos e é um programa institucional, financiado pelo Governo Federal, que mantém uma estação permanente na Antártida. Em 1940, com a repartição da região, alguns países receberam partes do território, mas ela ficou restrita apenas para pesquisas científicas. 

A pesquisa 

Dentro da USP, foram desenvolvidas inúmeras tecnologias via satélite para serem utilizadas na parte agrícola e ambiental. Os equipamentos usados são satélites, drones e sensores, que estudam o solo e a agricultura no Brasil e no mundo. “Então, a ideia foi ir para o continente Antártico e tentar aplicar essas tecnologias para poder conseguir estudar com maior detalhamento esse local” explica o professor. 

Na maioria do tempo, os pesquisadores precisavam ficar confinados nas bases. No dia permitido, programado pela Marinha e pela Aeronáutica, os estudiosos tinham permissão para ir a campo para realizar coletas do material desejado – no caso de Demattê, ele coletava pedaços de rocha e fazia buracos no chão para recolher amostras e observar o tipo de solo. Esse material coletado já está no Brasil e será estudado no laboratório. 

Além disso, depois da expedição, o pesquisador pegou as imagens de satélite que registraram o trajeto para analisar os locais em que tinham percorrido e tentar mapear toda a península, através do auxílio da inteligência artificial. A ideia é que as imagens, depois de prontas, sejam utilizadas por qualquer grupo de pesquisa.

Radar

Marco Lucchesi: O poeta de fronteiras

Fluente em 22 idiomas, presidente da Biblioteca Nacional traduz autores de línguas como persa, russo e turco

Professor titular de literatura comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o poeta, escritor, memorialista e ensaísta carioca Marco Americo Lucchesi assumiu a presidência da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) em 2023 com a missão de tornar a instituição mais transparente e acessível, além de modernizar seu acervo centenário, composto por mais de 10 milhões de itens. Incorporar um olhar sensível a questões identitárias na leitura de material produzido em contextos coloniais, expandir o espaço físico disponível para armazenar coleções e ampliar o acesso a documentos digitalizados faz parte da empreitada.

Fluente em 22 idiomas, que incluem persa, latim, árabe e russo, Lucchesi teve contato com a literatura muito cedo quando, ainda criança, escutava o pai e a avó recitarem versos de poetas italianos como Dante Alighieri (1265-1321). Historiador de formação, viajou o mundo e presidiu a Academia Brasileira de Letras (ABL) de 2018 a 2021. Traduziu autores como os italianos Umberto Eco (1932-2016) e Primo Levi (1919-1987), além do persa Yalāl ad-Dīn Muhammad Rūmī (1207-1273) e o paquistanês Muhammad Iqbal (1877-1938).

Em entrevista concedida a Pesquisa FAPESP no último andar da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, Lucchesi recusou formalidades e pediu para ser chamado de Marco. Sorridente e expressivo, falou de seus planos à frente da segunda instituição mais antiga do Brasil e propôs reflexões sobre a importância da pesquisa desenvolvida nos campos da literatura e história no processo de tradução de autores para o português.