Dicas & Notícias da Divisão de Biblioteca da USP/ESALQ | Ano: 2024 | Número: 216

Período: 24/05 a 06/06/2024 | Elaboração: Silvio Bacheta

Fotos & Fatos do câmpus Luiz de Queiroz

Teu monumento é a tua escola

A fotografia da edição 216 do Dicas & Notícias é de Ronaldo Caprecci, funcionário da Divisão de Biblioteca da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, que registrou este importante cartão postal dos piracicabanos. Nessa semana, a nossa Esalq completou 123 anos de criação, fundada no longínquo ano de 1901, fruto do trabalho e visão de Luiz Vicente de Souza Queiroz, com apoio incontestável de sua esposa Ermelinda, de muitos braços e cabeças, transformou uma antiga fazenda numa referência ao ensino, pesquisa, extensão e iluminou o agronegócio no Brasil, de forma ousada.

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2 vagas de estágio remunerado na Biblioteca Central da USP/Esalq

O bosista receberá R$ 700,00 por 10 horas semanais de estágio. As inscrições vão até 26 de junho de 2024

A Comissão de Bolsas e Estágios (CBE) da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, com base nas propostas do Plano de Metas da USP e da ESALQ, tornam público o presente Edital de abertura de inscrições, visando à seleção de candidatos a bolsa de Atividade Acadêmica, para a vigência de 01/julho/2024 a 31/dezembro/2024.

O Programa de Bolsas de Atividade Acadêmica é voltado para o desenvolvimento de atividades acadêmicas que não atendem as habilidades e competências de formação profissional dos cursos de graduação e para o atendimento de setores que não se enquadram nos programas de bolsa de pesquisa e extensão da Universidade de São Paulo.

As bolsas serão concedidas por um período de até 6 meses e não há restrições quanto à idade, ao fato de um estudante já ser graduado por outro curso e quanto ao semestre/ano de ingresso do estudante na instituição.  Estarão impedidos de participar do processo de seleção alunos de graduação que possuam comprovada responsabilidade em transgressões ao regime disciplinar.

A Biblioteca Central oferece 2 vagas para o período diurno, para atuar no setor de atendimento. O início de atividade será a partir de 01/07/2024, sendo 10hs semanais de atividades e remuneração no valor de R$700,00/mês.

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Dica de Leitura

O problema de encontrar um problema para chamar de seu

Artigo do Professor Fabio Frezatti publicado na Revista Contabilidade & Finanças

Ao ingressar no ambiente acadêmico, a palavra problema muda de sentido na vida das pessoas. Cotidianamente, olhamos o problema como algo a ser evitado; mas, no ambiente acadêmico, problema é algo a se buscar identificar e resolver. A atividade de pesquisa deve levar a esse resultado, uma solução completa, parcial ou mesmo que seja um degrau para uma solução. É para isso que o pesquisador existe. A solução de um problema deve gerar um novo conhecimento, e essa contribuição traz benefício para toda uma comunidade ou, ao menos, para um segmento dela. O problema é o elemento mais relevante para o desenvolvimento do projeto de pesquisa (Saunders et al., 2019). Parece ser uma coisa simples e até mesmo óbvia, mas não é.

Particularmente na área de sociais aplicadas e, mais especificamente, no ambiente de negócios, as possibilidades são inúmeras, assim como as ontologias e epistemologias possíveis. Por um lado, isso gera enorme fertilidade; por outro, gera grande dificuldade de entendimento, progresso e consolidação de um novo conhecimento. Esperamos que o novo conhecimento traga impacto sobre as mudanças da comunidade, em algum momento.

A aceitação do princípio de que o conhecimento deve beneficiar alguém é um ponto de partida a ser respeitado. Uma nova técnica, um novo modelo, um olhar diferente, uma solução não apresentada anteriormente, por exemplo, continuam sendo algumas das possíveis contribuições para os principais beneficiados finais, aqueles para os quais voltamos o nosso foco de impacto. São as organizações públicas e privadas. Afinal, é isso que se espera de uma pesquisa na área de sociais aplicadas. Tratar um assunto que o beneficiário final considere que já foi resolvido pode ser potencialmente atraente pela facilidade e abundância de conhecimentos disponíveis, mas inócuo e estéril como avanço do conhecimento. A relevância tem prazo de validade e intensidade diferentes no tempo. Ela surge contextualmente e se modifica. Quem não perceber isso vai ter dificuldade para desenvolver conhecimento relevante.

O beneficiário final seria uma organização ao implementar um novo modelo de gestão, por exemplo, enquanto que o beneficiário intermediário é o que identifica ou aperfeiçoa o conhecimento para que o beneficiário final possa usufruir, embora não operacionalize. Quando alguém questiona o fato de que muitos pesquisadores só publicam para outros pesquisadores, antes de condenar, recomendo que avalie se o estágio do novo conhecimento ainda demanda uma ponte que pode ser proporcionada por alguém fortemente alicerçado nas organizações e, portanto, em condições de fazer o conhecimento chegar ao beneficiário final. O grande problema não está aí, no beneficiário intermediário, aquele que traduz para o beneficiário final, mas sim na adequação do problema escolhido, que alguns chamariam de qualidade do problema escolhido para ser trabalhado.

Produtos & Serviços

Pegue & Leve: livros e revistas disponíveis gratuitamente na Divisão de Biblioteca

O espaço foi criado para que as pessoas possam "pegar e levar" materiais, tais como: livros, revistas, anais de congressos e jornais, entre outros

A Biblioteca Central disponibiliza aos alunos um espaço com doações de livros descartados, conforme diretrizes estabelecidas na Política de Descarte Correto de Material Bibliográfico. 

A estante Pegue & Leve, como é conhecida, está na entrada da Biblioteca Central e tem o objetivo de contribuir com a disseminação do conhecimento acadêmico, por meio  do repasse do material aos usuários, reduzindo os impactos ambientais e colaborando com as politicas de sustentabilidade ambiental do Programa USP/Recicla.

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Novidades do Acervo

Florestas do Estado de São Paulo

Uma experiência multidisciplinar em 40 hectares de parcelas permanentes

Restam poucos remanescentes florestais de grande extensão no Estado de São Paulo, presentes em algumas regiões serranas e áreas alagadiças. O entendimento dos processos reguladores da dinâmica florestal e os mecanismos que promovem e mantém essa diversidade são fundamentais para a definição de ações de conservação, manejo e recuperação. 

O projeto temático Diversidade, Dinâmica e Conservação em Florestas do Estado de São Paulo visou realizar a caracterização ambiental detalhada das quatro principais formações florestais existentes no Estado, e os resultados dos oito anos de pesquisa são apresentados neste livro-síntese, com o objetivo de colaborar com outras iniciativas de estudos transdisciplinares a longo prazo no Brasil.

Texto: divulgação

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Avisos: Fique a Dica!

Bibliotecas fechadas

Fiquem atentos aos prazos dos seus empréstimos

Em virtude do feriado de Santo Antônio, não haverá expediente na Divisão de Biblioteca da USP/ESALQ nos dias 13 e 14 de junho de 2024.

Fique atendo ao horário da Biblioteca do LES no dia 21/06

A Biblioteca do LES realizará o serviço de sanitização dos ambientes, cujo objetivo é garantir a segurança sanitária de funcionários e usuários das bibliotecas do campus

No dia 21 de junho de 2024, o expediente na Biblioteca do LES se encerrará às 17h30 em virtude do serviço de sanitização dos ambientes.

A sanitização elimina bactérias, ácaros e fungos (mofo); combate aos processos alérgicos respiratórios como rinite, asma, bronquite, entre outros; previne o contágio por doenças como pneumonia, tuberculose e meningite; controla a deterioração e eliminação do mau cheiro provocado por mofo em cortinas, carpetes, móveis, livros e outros objetos.

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Biblioteca Brasiliana realiza homenagem a Dalton Trevisan

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Amazônia é destaque em mostra da Biblioteca Brasiliana da USP

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Curso de Biblioteconomia promove exposição cultural em Ribeirão Preto

Acesso Aberto

A inteligência artificial na pesquisa agrícola

Artigo publicado na Revista USP, São Paulo, n. 141, p. 91-106,  2024

A  agricultura  é  um  dos  setores  mais  importantes  da  economia,  fundamental  para  prover  alimentos,  fibras  e  energia  para a humanidade. No Brasil é importante fonte  de  empregos  e  para  uma  balança  comercial  positiva.  É  também  um  dos  setores que mais impactam o ambiente, pela  mudança  do  uso  do  solo  e  pelas  práticas de produção que podem resultar em poluição de solo, água e ar. 

Para fazer frente à complexidade dos seus processos de produção, a inteligência artificial tem desempenhado  um  papel  cada  vez  mais  importante  na  pesquisa  agrícola,  inovação  e  transformação  social.  Este  texto aborda esse papel em algumas áreas importantes:  gestão  da  água,  produção  agrícola  e  cadeias  de  valor,  e  a  questão  dos dados para a pesquisa.

Estação Biológica de Boraceia é ambiente estratégico para pesquisas da USP sobre a Mata Atlântica

Administrada pelo Museu de Zoologia da USP, estação localizada no Parque Estadual da Serra do Mar é tema de livro gratuito que apresenta sua biodiversidade e importância para a pesquisa, conservação e educação ambiental

Situada na Serra do Mar, em uma exuberante área preservada de Mata Atlântica do município de Salesópolis, em São Paulo, a Estação Biológica de Boraceia (EBB) é uma área avançada de pesquisa da USP pouco conhecida pela comunidade universitária e pela sociedade paulista em geral. É administrada pelo Museu de Zoologia (MZ) da Universidade desde 1954 e pela sua biodiversidade proporciona um ambiente único para o estudo dos mecanismos ecológicos que suportam um dos biomas mais importantes e ameaçados do mundo.

Para tornar conhecida a história, as riquezas naturais e a importância científica desta estação, foi publicado o livro Estação Biológica de Boraceia: Contribuição da Universidade de São Paulo para o estudo e a conservação da Mata Atlântica, editado pelos professores Marcelo Duarte, Luís Fábio Silveira e Sônia Casari, todos do MZ. A publicação é bilíngue (português/inglês) e está disponível gratuitamente para download neste link.

Divulgação Científica

Portal de Periódicos da CAPES lança novo sistema de busca

Parceria com a RNP vai divulgar a produção científica brasileira internacionalmente e consolidar o Portal como fonte de pesquisa

A partir de 4 de junho, o Portal de Periódicos da CAPES receberá uma importante atualização tecnológica: um novo sistema de busca desenvolvido pela Fundação em parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). A ferramenta é personalizada e foi projetada para atender os objetivos do Portal na disseminação da produção científica brasileira internacionalmente, consolidando-o como fonte primária de pesquisa. 

O serviço reúne todas as informações recuperadas (artigos, periódicos, livros, pesquisadores, instituições etc.) com parâmetros de relevância identificados e controlados pela CAPES, tendo como meta a neutralidade no resultado de busca. O buscador também apresenta uma nova interface, simples e unificada para todos os tipos de pesquisa. Nela é possível marcar conteúdos de interesse do usuário cadastrado no Meu espaço. Além disso, periódicos assinados pela Fundação e conteúdos em acesso aberto aparecem em destaque. 

O sistema permite ainda a busca de conteúdos indexados no Portal mesmo que não estejam assinados pela CAPES. Isso oferece ao pesquisador a possibilidade de encontrar materiais de interesse para sua pesquisa e de solicitá-los a outras instituições ou pagar para ter acesso. As métricas PlumX e as referências clicáveis, com a trilha de citações visualizadas no detalhe do resultado de busca, também fazem parte da inovação.

Startup associada à USP em Piracicaba usa rochas para promover agricultura de baixo carbono

InPlanet tem sede no Brasil e na Alemanha e está associada à Esalqtec, incubadora tecnológica da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

Com sede no Brasil e na Alemanha, a startup InPlanet de remoção de carbono atua em colaboração com os agricultores para restaurar seus solos e ajudá-los a fazer a transição para uma agricultura de baixo carbono, sustentável e baseada na natureza. A atividade de pesquisa e inovação acontece na Esalqtec Incubadora Tecnológica, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, e o viés comercial da startup acontece em território alemão.

“Nossa operação acontece 100% em território brasileiro porque, além das condições climáticas favoráveis, o apoio da equipe da Esalq, da incubadora e dos profissionais que atuam com ciência do solo nos deu o suporte científico e ampliou nossa rede de contatos e investidores, o que nos ajuda a expandir o negócio e crescer de forma sustentável”, explica Niklas Kluger, engenheiro ambiental nascido na Alemanha que fundou a startup junto ao amigo Felix Harteneck.

Na prática, a InPlanet atua no mercado de carbono e, como contrapartida no campo, emprega o uso de rochas como via de remoção de CO2 da atmosfera. “O Brasil tem condições ideais, os solos tropicais e o uso de pó de rocha em terras agrícolas por aqui apresenta o maior potencial de remoção de carbono em todo o mundo”, destaca Kluger.

O trabalho desenvolvido pela startup considera que o intemperismo das rochas (processo de desgaste e decomposição ao longo do tempo) é um processo natural que remove gradualmente o CO₂ da atmosfera em escalas de tempo de centenas de milhares a milhões de anos. Como parte da variedade de mecanismos de remoção de carbono da natureza, o desgaste das rochas regulou a temperatura da Terra ao longo da história geológica e manteve a habitabilidade do planeta. Além disso, o fornecimento de nutrientes e íons das rochas tem sido essencial para a evolução e sustentação da vida na terra e no oceano.

Cotidiano

Esalq celebrou seus 123 anos e os 90 anos da USP com homenagens e concerto musical

A noite de 3 de junho de 2024, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), foi de celebração

Com a presença de dirigentes, representações da esfera política e membros da comunidade, a Esalq celebrou seus 123 anos de fundação e também os 90 anos da Universidade de São Paulo (USP).

O público reuniu-se a partir das 18h no Salão Nobre do Edifício Central. A cerimônia teve início com sessão de pronunciamentos, seguida de entrega de Moção de Aplausos e, lançamento de vídeo e de uma publicação institucionais. Com emoção, o evento foi encerrado com a apresentação da Orquestra Sinfônica da USP (OSUSP), regida por André Bachur.

Por conta de uma viagem institucional, a diretora da Esalq, professora Thais Vieira, deixou uma mensagem aos presentes, lida pelo cerimonial. “Minha ausência é uma circunstância inevitável, mas não diminui em nada a importância que atribuo a este evento e, principalmente, à comunidade que o tornou possível. Celebrar os 90 anos da Universidade de São Paulo com a presença da OSUSP em uma homenagem ao Maestro Ernest Mahle é um marco que ficará registrado na bela história da Esalq e de Piracicaba. Este evento não é apenas uma celebração de marcos históricos, mas também um testemunho do trabalho diário e do comprometimento de cada membro da comunidade uspiana e da comunidade de Piracicaba para que tenhamos um mundo cada vez mais justo e acolhedor”, disse Thais Vieira.

Recuperação do solo é um dos principais desafios para o agricultor gaúcho

Diagnóstico preciso e planejamento com união de esforços são vitais para recuperar solo e agricultura, segundo especialista

Nos últimos anos, o Estado do Rio Grande do Sul tem enfrentado uma série de desastres naturais como estiagens e enchentes, o que tem deixado um rastro de destruição em suas lavouras. Uma preocupação que surge em meio ao drama dos gaúchos diz respeito à saúde do solo machucado e profundamente comprometido pelos eventos climáticos extremos que assolam a região. Para o engenheiro agrônomo Maurício Roberto Cherubin, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP em Piracicaba, a magnitude dos danos ao solo já é um dos principais desafios enfrentados pelos agricultores gaúchos.

Cherubin destacou que as lavouras estão em final de ciclo. “Cada dia conta, ainda chove em algumas regiões do Estado, o que deixa o solo impróprio para que as máquinas trafeguem para a colheita, porque há muita umidade e o grão acaba sendo colhido úmido”, analisa. Ele afirma que mesmo depois de mais de um mês de enchentes, fica difícil prever o que vai acontecer com a safra, mas “o fato é que uma boa parte foi comprometida”, assegura.

Segundo a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), as estimativas indicam, até o momento, perdas de R$ 3 bilhões em decorrência das enchentes e a recuperação total do cenário agrícola deve levar uma década. E não é só isso. O professor Cherubin lembra que há cerca de quatro anos o Estado vem sofrendo com estiagem no período de verão. O prazo para normalização do cenário agrícola gaúcho de dez anos, previsto pela Farsul, se deve, em grande parte, ao trabalho de recuperação do solo.

Casa do Produtor Rural lança site

O site foi desenvolvido com o suporte da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz - Fealq, parceira da Casa do Produtor Rural, e recebeu apoio institucional da Comissão e do Serviço de Cultura e Extensão Universitária - CCEx/SVCEx

O lançamento do site da Casa do Produtor Rural promete ser significativo para a comunidade rural e a universidade, pois visa conectar as pessoas de maneira eficaz, permitindo que produtores rurais acessem informações atualizadas sobre técnicas agrícolas, boas práticas de manejo e novidades do setor. Servirá como um ponto de encontro virtual para compartilhar desafios e soluções, facilitando a cooperação entre agricultores, pesquisadores e estudantes.

“Queremos proporcionar um avanço na integração entre a universidade e a sociedade. Esperamos que, através desta iniciativa, seja possível fortalecer a agricultura local e incentivar a inovação. A comunidade acadêmica também se beneficiará, podendo enviar conteúdo e, ao mesmo tempo, oferecer um suporte técnico diretamente ao produtor rural”, destacou Marcela Matavelli, coordenadora da Casa do Produtor Rural.

Com uma interface intuitiva e diversas funcionalidades, como notícias, previsão do tempo, cotações agropecuárias, artigos e galerias de podcasts, e-books e vídeos técnicos, as seções oferecerão uma experiência completa e enriquecedora para seus usuários. 

Também haverá uma área exclusiva para atender os agricultores de todo o Brasil, permitindo que enviem suas dúvidas e consultem arquivos previamente elaborados. Para aqueles que desejam expandir seus conhecimentos, o site terá uma seção dedicada à divulgação de eventos e cursos promovidos pela Casa do Produtor Rural e seus parceiros.

Esalq lança livro "Do Mérito À Honra"

Acesse o livro gratuitamente no Portal de Livros Abertos da USP

No último dia 3 de junho, foi realizada a cerimônia de aniversário dos 123 anos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), e 90 anos da Universidade de São Paulo (USP). Entre os atos do cerimonial, um deles apresentou o lançamento do livro “Do Mérito à Honra”.

Nas versões impressa e digital, a obra reúne textos veiculados no site da Esalq e encaminhados como sugestões de pauta à imprensa. Tratam-se de prêmios, homenagens e indicações que preservam a história e a excelência da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz.

Ao final do evento, os homenageados e público presentes receberam um exemplar desta primeira edição, um recorte de acontecimentos nobres ocorridos no último ano, incluindo destaques acadêmicos, científicos e institucionais.

Opotunidades

USP tem inscrições para bolsas de iniciação científica na graduação e no ensino médio

São três programas de bolsas oferecidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); inscrições vão até 14 de junho

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI) e o Comitê Institucional do Programa de Pré-Iniciação Científica e de Pré-Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da USP têm inscrições abertas para três programas de iniciação científica da Universidade com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do governo federal, com vigência em 2024 e 2025. Eles são o programa de Iniciação Científica para o Ensino Médio (Pibic-EM); o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti); e o Programa de Bolsas de Iniciação Científica nas Ações Afirmativas (Pibic-Af). As inscrições vão até 14 de junho. Os projetos serão avaliados pelas comissões de pesquisa e inovação, com distribuição em agosto e implementação das bolsas a partir de setembro. 

O objetivo Pibic-EM é despertar a vocação científica e incentivar talentos potenciais entre estudantes do ensino médio e profissional da rede pública, mediante sua participação em atividades de pesquisa científica ou tecnológica, orientadas por pesquisador qualificado, em laboratórios e grupos de pesquisa da USP. É preciso estar regularmente matriculado, durante a vigência da bolsa, no ensino médio ou profissional de escolas públicas e não estar cursando o último ano do ensino médio e/ou o último semestre do ensino profissional no momento da implantação da bolsa. As bolsas dessa modalidade têm valor de R$ 300,00 mensais.

O edital Pibiti busca estimular estudantes do ensino superior ao desenvolvimento e transferência de novas tecnologias e inovação. O objeto do projeto deve ser o desenvolvimento, aperfeiçoamento ou estudo de viabilização de produtos, protótipos, processos, serviços, sistemas, modelos de negócios, tecnologias sociais ou tecnologias digitais, preferencialmente de caráter multidisciplinar. Não há restrições quanto à idade, ao fato de um estudante já ser graduado por outro curso, e quanto ao semestre/ano de ingresso do estudante na instituição. O valor da bolsa é de R$ 700,00. 

Radar

A reconstrução de bibliotecas e instituições culturais após catástrofes naturais

Por Leonardo da Silva de Assis, pesquisador do Laboratório de Cultura, Informação e Sociedade da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP

As mudanças climáticas ocorridas no sul do Brasil, que ocasionaram fortes chuvas e a quebra de comportas de água que inundaram cidades, especialmente no Estado do Rio Grande do Sul, nos levam ao questionamento de como realizar a reconstrução de espaços como bibliotecas, museus, arquivos e centros culturais após desastres naturais.

Tais instituições fazem parte de nossa sociedade como espaços de memória, criação e difusão das informações e do conhecimento. Um acervo de livros, documentos ou obras de arte representa a identidade de um povo. Ou seja, é a manifestação social da existência de uma coletividade em determinado local. Portanto, a construção histórica e coletiva de uma sociedade passa pela instalação e manutenção dessas instituições culturais.

São muitos os exemplos em nossa história de instituições criadas com o objetivo de serem espaços de memória e difusão do conhecimento e que, consequentemente, fazem parte de um projeto político de construção de uma identidade local. A biblioteca de Alexandria, fundada pelo rei Ptolomeu II para acumular todo o conhecimento helenístico no século 3 a.C., a ilha dos museus na Alemanha, construída entre 1830 e 1930 pelos reis da Prússia, a rede de bibliotecas públicas e arquivos que surgiram nos Estados Unidos após a independência, em 1776, e a recente inauguração do Museu do Futuro em Dubai, em 2022, são todos exemplos de instituições preocupadas em registrar uma história coletiva por meio de obras diversas, como a literatura e as artes, e, ao mesmo tempo, instituir novas formas de presença no mundo.

A manutenção e criação de uma memória por meio das instituições culturais é um ato político: uma manifestação do desejo de uma sociedade em perpetuar a sua existência e uma forma de expressar sua identidade. Não é por acaso que os exemplos citados são de instituições que tinham como plano de fundo governos apoiadores da criação desses espaços. Assim como uma sociedade faz parte da criação de um Estado, as instituições de memória e cultura são fundamentais para a construção dessa sociedade.

Publicar em revistas científicas impressas está ficando obsoleto

Por Tibor Rabóczkay, professor do Instituto de Química da USP

Os comentários e as propostas a seguir se baseiam em vivência pessoal, portanto, um curto relato prévio se faz necessário.

Minhas primeiras publicações remontam aos tempos de iniciação científica, como bolsista da Fapesp. Tínhamos que buscar nosso pagamento na relativamente modesta sede da fundação – numa esquina da Avenida Paulista –, e recebíamos das mãos de uma simpática funcionária que, visivelmente, compartilhava da nossa alegria. As pesquisas resultaram na coautoria de dois artigos publicados na revista Tecnologia de Alimentos & Bebidas, de efêmera duração, como muitas outras iniciativas brasileiras do gênero. O idioma dos artigos foi o português mesmo, pois nós, o bolsista e o orientador, tínhamos em mente o interessado brasileiro. Além disso, vigia a convicção de que um eventual interessado estrangeiro providenciaria a tradução para seu idioma. Já na carreira acadêmica, eu próprio fui algumas vezes solicitado por colegas para traduzir artigos do pouco acessível idioma húngaro, eventos que confirmam a hipótese.

Entre as publicações da Cátedra de Físico-Química e Eletroquímica da Escola Politécnica, predominava a forma de teses. Com a mudança para as novas instalações no Conjunto das Químicas, entrei em contato com os oriundos de outras institutos e outras “filosofias” de trabalho. Enquanto integrantes da cátedra, montávamos as condições para o reinício e a ampliação da pesquisa científica sistemática, comecei a me interessar pelas revistas.

Na época, conhecia duas revistas brasileiras que conseguiam manter uma periodicidade, e em que trabalhos da área de físico-química pareciam ser publicáveis. A Ciência e Cultura, da SBPC, e os Anais da Academia Brasileira de Ciências. A primeira me parecia complicada, pois, se bem me lembro, pedia com o artigo submetido os currículos dos autores. Na outra, bastava uma recomendação de um membro da Academia para o aceite.

Tem livros infantojuvenis para doar? Campus da USP arrecada exemplares para reequipar escolas no RS

“Palavras que Conectam” é uma campanha organizada pela Associação dos Engenheiros Politécnicos e conta com apoio da Escola Politécnica e do Grêmio Politécnico, todos da USP

O Estado do Rio Grande do Sul foi atingido por uma das maiores tragédias naturais dos últimos tempos no País. As enchentes, além de terem causado mortes e deixado desaparecidos, provocaram uma enorme perda material. Um dos principais setores afetados foi o da Educação, e preocupados em incentivar e auxiliar na reconstrução das bibliotecas, a Associação dos Engenheiros Politécnicos (AEP), com o apoio da Escola Politécnica (Poli) e do Grêmio Politécnico da USP, lança a campanha Palavras que Conectam. 

O objetivo da campanha é arrecadar livros infantis e juvenis, que serão entregues às redes de ensinos afetadas pelas enchentes. Todos que quiserem contribuir com a campanha podem fazer doações de livros em bom estado até o dia 30 de junho, na sede da associação, na Avenida Prof. Luciano Gualberto, trav. 3, 380, na Cidade Universitária, bairro do Butantã, CEP 05508-010, em São Paulo, SP. Mais informações no Instagram da AEP. 

USP é a 92ª melhor universidade do mundo no QS World University Ranking

Pelo segundo ano consecutivo, a USP é classificada entre as 100 melhores universidades do mundo e continua sendo a instituição brasileira mais bem posicionada

Na 92ª posição, a USP é a melhor universidade brasileira, de acordo com o QS World University Ranking, um dos principais rankings universitários do mundo, divulgado hoje, dia 4 de junho. Elaborado anualmente pela consultoria britânica especializada em ensino superior Quacquarelli Symonds (QS), o ranking avaliou mais de 6 mil universidades, classificando as 1.500 melhores instituições.

Em relação ao ano passado, a USP caiu sete posições e deixou de ser a instituição latino-americana mais bem classificada, ficando atrás da Universidade de Buenos Aires (UBA), que ficou na 71ª posição. A Pontifícia Universidade Católica do Chile aparece logo depois da USP, no 93º lugar, e a Universidade Nacional Autônoma do México, na 94ª colocação. “Pelo segundo ano consecutivo, a USP ficou no grupo das 100 melhores do mundo, o que mostra a excelência da nossa Universidade. É natural que, ano a ano, a posição das universidades no ranking varie um pouco, o importante é estar sempre no grupo das principais instituições do mundo”, afirmou o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior.

A coordenadora do Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico (Egida) da USP, Fátima de Lourdes dos Santos Nunes Marques, explica que a diferença de pontuação das universidades que estão na mesma faixa que a  USP é pequena e, dessa forma, qualquer movimentação nos indicadores, por menor que seja, pode resultar em alterações pontuais em alguns dos critérios avaliados. Em relação ao cômputo geral das notas, a USP ficou um décimo abaixo da nota do ano passado e, em cinco dos indicadores, a Universidade teve nota maior em relação à edição de 2023. 

Permissões excessivas a aplicativos de celular podem expor dados a riscos

Segundo especialista, usuários costumam aceitar todos os termos e permitir acessos às vezes desnecessários a dados pessoais

Os sensores dos smartphones, como câmeras, microfones, localização e acesso ao armazenamento, são essenciais para muitas funcionalidades e, em alguns casos, são necessários para o funcionamento adequado dos aplicativos nos smartphones. No entanto, ao aceitar automaticamente todos os termos e condições e permitir acessos excessivos a essas funções, os usuários podem estar expondo a risco alguns dados sensíveis.

Atualmente, os principais sistemas operacionais presentes nos aparelhos, o iOS, da Apple, e as interfaces baseadas no sistema Android, do Google, solicitam permissões para que os programas acessem esses dados e os usuários costumam aceitar tudo, às vezes desnecessariamente. 

De acordo com o professor Evandro Ruiz, do Departamento de Computação e Matemática (DCM) da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, “muitas vezes, quando instalamos um novo aplicativo no telefone, logo aceitamos todos os termos e condições impostas pelo aplicativo sem nos atentarmos para as consequências. Algumas delas envolvem o aumento de ofertas comerciais indesejadas e uma maior exposição de informações pessoais”, alerta o especialista.

Para Ruiz, o problema surge quando os usuários percebem uma quantidade de permissões excessivas dadas a determinados aplicativos e desejam modificar ou restringi-las. Ele ressalta que desinstalar e reinstalar um aplicativo não resolve o problema, pois os aplicativos tendem a manter as permissões anteriores.