Dicas & Notícias da Divisão de Biblioteca da USP/ESALQ | Ano: 2022 | Número: 111

Período:  15 a 21/04/2022 

Fotos & Fatos do campus Luiz de Queiroz

Alameda do Brejo e seus encantos

Gostaria de ter sua foto do publicada no Dicas & Notícias da Biblioteca? Envie sua imagem de prédios ou paisagens do campus, com autoria, título e boa resolução, para comunica.dibd@usp.br

Produtos & Serviços

Empréstimo entre Bibliotecas

Fale conosco: comut.esalq@usp.br .

O Empréstimo entre Bibliotecas (EEB) é uma modalidade de empréstimos que possibilita ao usuário da ESALQ o acesso a livros, teses e monografias de outras bibliotecas, com a comodidade de retirá-los na Biblioteca Central.

Para utilizar o serviço é necessário estar vinculado ao sistema de empréstimo unificado da USP e cadastrado no sistema SISWEEB.

Seja um autor da Série Produtor Rural

Os autores são pesquisadores, docentes e alunos da Esalq e Cena.

A Série Produtor Rural é uma publicação seriada produzida pela Divisão de Biblioteca da ESALQ para atender as demandas por conteúdos na área agrícola com linguagem simples e clara, destinada especialmente ao pequeno produtor rural e/ou agricultor familiar, tendo em vista o item 2 dos 17 objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU: " Fome Zero e Agricultura Sustentável. 

Pergunte à Bibliotecária

Fale conosco: referencia.esalq@usp.br.

As bibliotecárias referêncistas auxiliam alunos e professores na resolução de questões associadas ao desenvolvimento acadêmico por meio de conteúdos bibliográficos.

Novidades do Acervo

Autor:

O solo e seus riscos

O livro invoca e reforça a ideia de ser o solo o forjador e mantenedor da vida no planeta, buscando alavancar o entendimento e a conscientização sobre a crise pedológica moderna que ameaça a nossa civilização.

O possível colapso ambiental planetário tem como um dos seus principais vetores a degradação dos solos. Dentre os vários aspectos desse complexo mecanismo, citam-se, entre outros, a erosão, a contaminação, a acidificação, a salinização, a perda de carbono, a movimentação de massa e a perda de biodiversidade do solo. Tratam-se de processos que efetivamente já ocorrem em grandes áreas da superfície emersa da Terra, mas que podem ser atenuados ou evitados em novas regiões que já se mostram ameaçadas. 

Adotando abordagem desafiadora sobre a ciência cindínica, o autor discorre sobre 17 perigos que pairam sobre o solo, esse importante componente ambiental, apontando e discutindo os riscos a que ele está sujeito, e sugerindo a criação de neologismos, com base em representativa bibliografia nacional e internacional. 

Acesso Aberto (Open Access)

Guia prático auxilia manejo de solos com o uso de plantas de cobertura

Obra de pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP traz informações sobre 49 plantas como gramíneas, forrageiras, leguminosas e diversos tipo de capins; publicação pode ser acessada gratuitamente pela internet.

Plantas de cobertura são usadas para cobrir o solo, protegendo-o contra processos erosivos e a remoção de nutrientes, porém não se limitando a isso, já que muitas são usadas para pastoreio, produção de grãos e sementes, silagem, feno e como fornecedoras de palha para o sistema de plantio direto. Elas também têm sido utilizadas como alternativa de diversificação de sistemas de cultivos anuais, semiperenes e perenes nas diferentes regiões do Brasil. Para esclarecer sobre estes tipos de plantas, foi publicado o livro Guia Prático de Plantas de Cobertura: aspectos fitotécnicos e impactos sobre a saúde do solo, disponível gratuitamente no Portal de Livros Abertos da USP neste link.

Na publicação estão reunidas recomendações práticas de 49 plantas de cobertura cultivadas no Brasil: são gramíneas, forrageiras, leguminosas e oleaginosas como canola, centeio, braquiárias, sorgo, tremoço, trigo, crotalária, girassol e diversos capins. Dividido em Plantas de Primavera/Verão e Outono/Inverno, a obra traz características gerais, informações fitotécnicas, indicações e limitações de uso e impacto no manejo da saúde do solo tanto para cultivos solteiros (uma espécie) quanto para consórcio de duas espécies, ou mixes com três ou mais espécies na mesma área.

Principais desafios que moldam a pesquisa na agricultura, alimentação e nutrição

A F1000Reserch é uma plataforma importante de acesso aberto.

Agricultura, alimentação e nutrição são pilares centrais para muitos dos desafios sem precedentes que o mundo enfrenta neste século e críticos para a saúde e o bem-estar dos indivíduos e do planeta.

A natureza interconectada e interdisciplinar da pesquisa nessas comunidades é demonstrada por sua ligação direta com vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU , incluindo Fome Zero, Sem Pobreza, Consumo e Produção Responsável, Ação Climática e Vida na Terra. Esses desafios podem ser enfrentados de forma mais eficaz se os dados e as descobertas da pesquisa forem tornados tão abertos e acessíveis quanto possível.

Divulgação Científica

Sustentabilidade: um desafio para o Brasil

Em livro, especialistas iluminam o caminho para consolidar um setor que é um sustentáculo das exportações e da segurança alimentar do País.

“Destruir matas virgens, nas quais a natureza nos ofertou com mão pródiga as melhores e mais preciosas madeiras do mundo, além de outros frutos dignos da melhor estimação, e sem causa, como até agora tem-se praticado no Brasil, é extravagância insofrível, crime horrendo e grande insulto feito à mesma natureza.” A frase, pasmem, é de José Bonifácio de Andrada e Silva, Patriarca da Independência, portanto com 200 anos de idade, bicentenária, efeméride que o País está empenhado em comemorar. Não a frase, claro, que está no artigo “Agronegócio e a Agricultura Sustentável”, de autoria dos engenheiros agrônomos Walter Lazzarini e José Pedro Coelho e Silva.

O artigo é um dos que compõem o livro Sustentabilidade no Agronegócio – 26 textos ao todo, mais introdução, pré e posfácio, 806 páginas, editado pelos professores Cleverson Vitório Andreoli e Arlindo Philippi Jr.

Ao longo dos artigos, o livro apresenta e debate diversos pontos de vista sobre o tema apresentado no título da obra, que faz parte da Coleção Ambiental, coordenada pelo professor Arlindo Philippi Jr., que já soma outras seis publicações, sob as asas do Instituto de Estudos Avançados e da Faculdade de Saúde Pública, ambos da Universidade de São Paulo, e da editora Manole.

“A busca de desenvolvimento sustentável representa um dos maiores desafios para a humanidade e, em especial, para o Brasil”, diz, no prefácio da obra, Maurício Antônio Lopes, PhD e pesquisador, ex-presidente da Embrapa, empresa que acumula notável experiência no desenvolvimento da agricultura brasileira.

Fungo induz crescimento anormal do cacaueiro para depois se alimentar do tecido morto

Ao revelar as etapas de infecção, estudo poderá contribuir para o desenvolvimento de novas técnicas de manejo.

O mecanismo de ação do fungo Moniliophthora perniciosa, que provoca nos cacaueiros a doença conhecida como vassoura-de-bruxa e traz grandes prejuízos aos produtores brasileiros, está sendo cada vez mais elucidado. Em artigo publicado no Journal of Experimental Botany, pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP relataram que o patógeno faz com que a planta cresça desproporcionalmente, drenando sua energia. E quando esta morre, ele coloniza as células necrosadas e se nutre com a lignina acumulada.

Em trabalho anterior, o grupo já havia mostrado que o fungo sintetiza o hormônio citocinina, que altera o equilíbrio hormonal da planta e leva ao crescimento excessivo dos tecidos infectados, competindo com a produção dos frutos e o crescimento das raízes, exaurindo a planta por meio de um mecanismo semelhante ao do câncer.

Agora, o grupo descobriu que o processo de infecção ocorre em duas etapas. Na primeira o fungo libera citocinina, que faz o cacaueiro produzir seu alimento favorito, a lignina, que ele consome na segunda.

O engenheiro agrônomo Antônio Figueira, professor do Cena e coordenador da pesquisa, explica: “Há dois tipos de patógenos de plantas: os biotróficos, que requerem tecidos vivos para se nutrir; e os necrotróficos, que se alimentam de tecidos mortos. Existe também uma classe híbrida, constituída pelos chamados hemibiotróficos, que infecta inicialmente células vivas e, em uma fase subsequente, passa a parasitar células mortas. O Moniliophthora perniciosa pertence a essa terceira classe”.

Pesquisadores investigam se sistemas agrícolas integrados sequestram mais carbono que modelos convencionais

Estudo sobre sistemas que adotam diversidade e rotatividade está sendo realizado em diversas regiões do Brasil, incluindo o uso de técnicas que variam da radiação síncrotron aos modelos e análises de cenários.

Os sistemas agrícolas integrados apostam na diversidade e na rotatividade de culturas em uma mesma área de produção. De olho nessas características, pesquisadores do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) investigam se esses modelos de amplo aproveitamento do solo são capazes de sequestrar mais dióxido de carbono (CO2) da atmosfera em relação ao sistema tradicional. “Os sistemas agrícolas integrados têm grande potencial de ajudar nosso país a cumprir os compromissos climáticos firmados perante o Acordo de Paris, em 2015, e atualizadas na COP 26, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, realizada em 2021, em Glasgow, na Escócia. Além disso, podem também contribuir para que o Brasil produza mais alimento nas próximas décadas”, aponta Maurício Roberto Cherubin, coordenador do projeto Sequestro de carbono do solo por meio de sistemas agrícolas integrados, do RCGI.

De acordo com o pesquisador, os sistemas integrados são caracterizados pela variedade. “Em uma mesma área podemos ter em uma época do ano uma cultura de grãos, como soja e milho. Após a colheita, na entressafra, é possível cultivar uma forrageira que serve de pasto para os animais, e assim a prática contribui para a produção de carne. Sem contar que em sistemas mais complexos pode-se colocar árvores dentro da lavoura, o que possibilita, de tempos em tempos, produzir madeira”, explica Cherubin, que é professor do departamento de Ciência do Solo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da (Esalq) da USP, em Piracicaba. 

Carne de lambari pouco conhecido é principal ingrediente para um novo tipo de fishburger

Carne extraída de espécie de lambari-rosa, ainda não descrita pela ciência, integra novo fishburger (hambúrguer de peixe) que foi aprovado nos testes sensoriais com consumidores.

Estudos realizados no Departamento de Engenharia de Alimentos da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP, em Pirassununga, propiciaram o surgimento de um novo tipo de hambúrguer de peixe, ou um fishburger, feito com carne de lambari-rosa, espécie que tem, em média, 8 centímetros (cm) de comprimento.

Esta não é a primeira vez que pesquisas realizadas na FZEA resultam em fishburgers de lambaris ou de outros peixes, como a manjuba, por exemplo. Mas o que há de novo neste estudo da engenheira de pesca Sinthya Meire Lopes de Araújo Sussel é que o produto é feito com a carne de lambari-rosa. “Esta espécie ainda não é totalmente descrita e conhecida pela ciência, diferentemente dos lambaris do-rabo-vermelho e do-rabo-amarelo”, descreve Sinthya.

Na sua pesquisa intitulada Aplicação de transglutaminase microbiana em fishburger de lambari (Astyanax lacustris), Sinthya usou a carne do lambari-rosa que foi mecanicamente separada, o que viabilizou o aproveitamento integral de um peixe pequeno como o lambari em um processamento industrial. Para elaborar o fishburger, foi adicionada à carne do peixe a enzima transglutaminase microbiana, o que proporcionou uma melhor textura ao produto, enquanto que a cor naturalmente rosa da carne mecanicamente separada dessa espécie de peixe foi crucial para agradar os consumidores que participaram dos testes sensoriais. “A aceitação foi ótima e mais alta em comparação aos fishburgers desenvolvidos anteriormente pelo grupo de pesquisa da professora Judite das Graças Lapa Guimarães, feitos com carne de manjuba e de lambari-do-rabo-amarelo, principalmente em relação à textura e à cor rosada do produto final”, como conta ao Jornal da USP a engenheira.

Capacitação & Desenvolvimento

Agenda de Webinars para pesquisadores e estudantes de pós-graduação – 1º Semestre de 2022

Todos os webinars são gratuitos e abertos.

Ao realizar suas pesquisas e publicar artigos e trabalhos acadêmicos, é fundamental utilizar recursos de informação e bases de dados internacionais qualificadas e reconhecidas em seus levantamentos, bem como estruturar adequadamente as estratégias de busca. Também é importante conhecer e utilizar ferramentas de organização das informações e referências. Escrita e publicação científica são pontos essenciais, além de manter e unificar seus perfis de Autor.

Participe destas reuniões online gratuitas e abertas. Registre-se para participar. Na véspera do evento, será envaido por e-mail um lembrete e o link para o Webinar. O Certificado será fornecido àqueles que tiverem efetivamente se inscrito e participado.

Webinar Indexação profunda com o vocabulário controlado nas Engenharias

O treinamento acontece no dia 25/04, às 10h. Inscreva-se!

As Engenharias e áreas correlatas são muito complexas e dinâmicas. O uso de ferramentas de busca que utilizam thesaurus e vocabulários controlados é de grande valia, pois especifica e direciona o pesquisador aos resultados efetivamente esperados. 

Para bibliotecários e analistas de dados, os vocabulários controlados também são fundamentais no que tange à descrição e catalogação adequada de registros bibliográficos.

Webinar EndNote Online: gerenciador de referências e citações

O treinamento acontece no dia 29/04, às 10h30. 

EndNote Online – ferramenta de gestão e organização de referências e citações, que facilita a redação de textos. O EndNote é uma solução de gerenciamento de referência com um componente desktop e online. Quando usado na área de trabalho, pode ser chamado de “ EndNote desktop” ou “ EndNote na área de trabalho”. Quando usado online, pode ser chamado de “ EndNote online”. Os usuários do EndNote Online podem sincronizar todas as referências em uma biblioteca de desktop com sua biblioteca online e compartilhar toda a biblioteca com outros usuários do EndNote. Sua biblioteca online pode conter um número ilimitado de referências e anexos ilimitados.

Capacitação em Mendeley

A agenda abril está aberta. Inscreva-se!

O Mendeley é um software gratuito, desenvolvido pela empresa Elsevier, disponibilizado aos usuários para gerenciar, compartilhar, ler, anotar e editar artigos científicos. Funciona também como rede social acadêmica para descobrir tendências de investigação e para conectar-se a outros pesquisadores na área de interesse.

Auxilia na formatação de trabalhos acadêmicos de acordo com normas nacionais e internacionais, possuindo mais de 8.000 estilos de referências.

Gerencia citações e referências importadas de bases de dados de acesso aberto ou restrito

Seminários para Capacitação no Uso da Biblioteca, Pesquisa na Web e Estrutura do Trabalho Científico

Agenda aberta!

A Divisão de Biblioteca da ESALQ/USP inicia o ano letivo com atividades de apoio acadêmico para alunos de graduação, pós-graduação, docentes e demais pesquisadores. Em 2022 serão 4 opções de Seminários para Capacitação no Uso da Biblioteca, Pesquisa na Web e Estrutura do Trabalho Científico (com duração de 2 horas cada):

Os encontros podem ser presenciais ou virtuais, conforme o público-alvo, disponibilidade e escolha dos temas.

Avisos

Biblioteca Setorial do LES volta ao horário normal de atendimento 

A partir de 18 de abril de 2022, a Biblioteca Setorial do Departamento de Economia, Administração e Sociologia retornará ao seu horário normal de atendimento, de segunda a sexta-feira, das 8 às 21h45min.

Biblioteca fechada nos dias 21 e 22 de abril

Em virtude do feriado de Tiradentes, não haverá expediente na Divisão de Biblioteca da USP/ESALQ nos dias 21 e 22 de abril de 2022.

Siga nossas redes sociais e fique por dentro de todas as novidades do universo acadêmico

Facebook

Mapa genético do solo

Instagram

Visita Orientada aos alunos do Colégio XI de Agosto - Tatuí/SP

Blog

Ermelinda Ottoni de Souza Queiroz

Oportunidades

Alunos da USP podem concorrer a bolsas de intercâmbio para empreendedorismo e inovação

Programa dá auxílio financeiro para alunos que fazem parte de entidades estudantis voltadas a inovação e empreendedorismo; inscrições estão abertas até o dia 8 de maio.

A Agência USP de Inovação abriu um edital para seleção de estudantes de graduação da USP interessados em bolsas de intercâmbio internacional na modalidade empreendedorismo. O programa dá auxílio financeiro para alunos que fazem parte de entidades estudantis da área com o objetivo de desenvolver projetos que promovam a melhoria de práticas associadas ao desenvolvimento da inovação na USP, ou projetos de desenvolvimento tecnológico, inovação e empreendedorismo no geral.

O tempo de duração e os valores das bolsas variam de acordo com o local em que o intercâmbio será realizado, sofrendo alteração dos países da América do Sul para as demais regiões. As inscrições para o programa podem ser realizadas até o dia 8 de maio de 2022.

Acontece

Situação da pandemia melhora, mas uso de máscaras segue obrigatório na USP

Comissão Assessora de Saúde mantém a exigência para lugares fechados da Universidade, por enquanto, seguindo a lógica usada para o transporte público: muita gente junta, por muito tempo, num mesmo ambiente.

Os dados da semana epidemiológica completa mais recente (3 a 9 de abril) mostram que a situação da pandemia de covid-19 no Estado de São Paulo continua melhorando. Todos os indicadores seguem em queda, relativamente à semana anterior: novos casos (-16%), novas internações (-16%) e óbitos (-41%). A média diária de mortes por covid-19 no Estado está em 32 e a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 21%. Excluindo-se o efeito do carnaval no sistema de notificações da vigilância epidemiológica, que levou a um aumento de casos e óbitos notificados na semana 10, esses indicadores estão em queda no Estado desde o início de fevereiro — mesmo após a flexibilização das regras sobre uso de máscaras em locais fechados, vigente desde 17 de março.

Os números estão detalhados no Boletim Epidemiológico USP-Covid desta semana, que se baseia em dados oficiais compilados pelo Comitê Científico que assessora o governo do Estado no enfrentamento da pandemia. 

Especialistas atribuem a melhora à bem-sucedida progressão da vacinação. Mais de 92% da população acima de 5 anos do Estado já está com esquema vacinal completo, incluindo 47% das crianças com até 11 anos de idade, e cerca de 65% da população adulta já tomou também a dose de reforço. As vacinas não impedem que as pessoas sejam infectadas pelo vírus, mas diminuem o risco de transmissão e de ocorrência de doença grave.

Com mais calor e menos água, florestas crescem mais devagar

Análises de 99 espécies de árvores de cinco continentes nos últimos 50 anos indicaram que o aquecimento global deve também reduzir a capacidade das plantas de absorver carbono da atmosfera.

Florestas tropicais úmidas ou secas como as do Brasil devem perder vigor e crescer mais devagar à medida que a temperatura média global continuar subindo e a distribuição das chuvas continuar mudando ao longo do ano, intensificando a estiagem nas estações secas e o aguaceiro nas mais chuvosas. As conclusões resultam da análise de 347 cronologias (registros de variação de crescimento anual) elaboradas a partir de uma amostragem inicial de 7.751 árvores que crescem em cinco continentes entre os 30 graus de latitude norte e 30 graus sul (entre as cidades de Houston, no Texas, Estados Unidos, e Porto Alegre, RS, Brasil).

Esse trabalho foi feito por um grupo de 100 pesquisadores, dos quais 12 de 10 instituições brasileiras, ligados à rede internacional Tropical tree-ring network, financiada pelas universidades de cada um dos países – uma parte das pesquisas brasileiras é apoiada pela FAPESP. Eles examinaram a variação ao longo dos últimos 50 anos dos anéis de crescimento do tronco de árvores de lugares e climas distintos, como o jatobá (Hymenaea courbaril) da Amazônia e Mata Atlântica, a imburana (Commiphora leptophloeos) da Caatinga, a massa (Brachystegia spiciformis) dos bosques secos no sul da África e coníferas que crescem entre 3 mil e 5 mil metros de altitude, a exemplo do cedro-do-himalaia (Cedrus deodara). Os anéis são círculos concêntricos de largura variável que indicam o crescimento anual das árvores: quanto mais largo, mais a árvore cresceu naquele ano, em resposta à temperatura e ao suprimento de água e nutrientes.

Cautela na compra de fertilizantes

Por Marcos Fava Neves, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, Vinícius Cambaúva e Vitor Nardini Marques, mestrandos na FEA-RP.

Vamos às reflexões dos fatos e números do agro em março e o que acompanhar em abril. Na economia mundial e brasileira, o Boletim Focus do Banco Central (Bacen) de 14 de março indica que a Selic deve atingir 12,75% no final de 2022 e 8,75% em 2023, enquanto o IPCA chegará a 6,64% e 3,70%, respectivamente. O país deve apresentar uma singela melhoria em seu Produto Interno Bruto (PIB), com crescimento de 0,49% neste ano e 1,43% no próximo. Por sua vez, o câmbio deve ficar em R$ 5,30 ao fim de 2022 e R$ 5,21 no término de 2023. Outras instituições financeiras são menos otimistas com o cenário de inflação. A XP acredita que o IPCA deva fechar este ano em 6,2%, resultante do choque de custos advindo dos conflitos no Leste Europeu. Com reflexos também em 2023, a taxa básica de juros está projetada em 3,8%, superior àquela esperada pelo Bacen.

No cenário global, a Comissão Europeia anunciou projeto que visa a independência energética do bloco nos próximos anos, consequência dos desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia e dos possíveis impactos que restrições no fornecimento de gás natural podem trazer à Europa. O plano prevê substituição do gás natural pelo biometano, com a meta de dobrar para 35 bilhões de metros cúbicos a produção da fonte bioenergética até 2030. E na economia global, a grande variável é o tempo de duração da invasão russa na Ucrânia, pois os preços altos da energia podem roubar até 1% da expectativa de crescimento do PIB, ficando agora em cerca de 4%.

Docente ministrou curso sobre Genética Quantitativa na França

No início de abril deste ano, ocorreu mais um capítulo da importante interação entre a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e as universidades francesas.

Durante uma semana, o professor do departamento de Genética, Antonio Augusto Franco Garcia, ministrou a disciplina “Genética Quantitativa” para os alunos de mestrado do programa de pós-graduação em Melhoramento de Plantas do Institute Politécnico UniLaSalle Terre & Sciences (Beauvais, França). “O programa integra o renomado programa European Master in Plant Breeding, da Erasmus Mundus Foundation”, conta o docente, que já havia oferecido este curso entre outras seis oportunidades, sendo que em 2020 e 2021 isso ocorreu de forma remota.

Em 2022, o curso teve a participação de 14 alunos de diversos países, incluindo França, México, Turquia, Taiwan, Indonésia, Nigéria e Etiópia. “O curso apresenta a fundamentação científica do melhoramento genético dos caracteres quantitativos, que são os mais importantes do ponto de vista agronômico, uma vez que estão associados à produtividade, resistência a estresses bióticos e abióticos etc”, comenta Franco Garcia.

Cidadãos questionam corte de árvores na Esalq

Esalq inicia serviço de poda; leucenas e eucaliptos próximos de vias são removidos.

Há uma preocupação natural do piracicabano quando vê uma árvore cortada e não sabe exatamente o que está acontecendo. Devido às informações de desmatamento em áreas verdes por todo o país circulando pela imprensa, o pensamento converge invariavelmente para a possibilidade de crime ambiental. 

A Gazeta recebeu várias reclamações de que algo diferente estaria acontecendo esta semana no campus da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), uma vez que várias árvores grandes começaram a ser removidas e o questionamento era sobre a dimensão da ação e suas consequências.

Ana Maria Meira, do serviço de Gestão Ambiental da Prefeitura do Campus da Esalq, explicou que se trata de uma reação valiosa da sociedade e compete ao campus fazer chegar informações corretas. Segundo ela, foi dado início no final de março ao trabalho de poda de toda a unidade, um serviço que ficou represado durante dois anos em decorrência da pandemia de Covid-19.