Dicas & Notícias da Divisão de Biblioteca da USP/ESALQ | Ano: 2022 | Número: 110

Período:  08 a 14/04/2022 

Fotos & Fatos do campus Luiz de Queiroz

Museu Luiz de Queiroz e lago

Gostaria de ter sua foto do publicada no Dicas & Notícias da Biblioteca? Envie sua imagem de prédios ou paisagens do campus, com autoria, título e boa resolução, para comunica.dibd@usp.br

Produtos & Serviços

Bases de Dados

Fale conosco: referencia.esalq@usp.br.

A USP, em conjunto com a Capes, disponibiliza aos usuários uma série de recursos informacionais adquiridos junto a produtores e fornecedores internacionais de informação, incluindo Bases de Dados científicas. Confira a Lista de Bases de Dados A-Z.

Pergunte à Bibliotecária

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As bibliotecárias referêncistas auxiliam alunos e professores na resolução de questões associadas ao desenvolvimento acadêmico por meio de conteúdos bibliográficos.

Novidades do Acervo

Autores:

Pedologia fácil: aplicações em solos tropicais

Esse livro é indicado para estudantes e profissionais que atuam na Agronomia, Engenharia Florestal, Zootecnia, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Biologia, Geologia, Geomorfologia, e Geografia.

Tendo como base o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS, 2018) a abordagem da obra inclui 8 chaves de classificação pedológica, que atingem o quarto nível da hierarquia de classificação brasileira, ou seja, ordem, sub ordem, grande grupo, e sub grupo. O livro engloba também a correlação dos solos classificados no sistema brasileiro com o sistema americano (SOIL TAXONOMY) e com o sistema internacional (WRB/FAO).

Na Pedologia prática, didaticamente interliga classificação de solos com manejo com fotos de perfis de solos em papel couchê brilhante. Pioneiramente, apresenta os resultados das maiores produtividades de cana-de-açúcar no mundo atingindo mais de 15 cortes, na usina Agrovale da Bahia, com irrigação de vários sistemas.

O marcador de páginas, que acompanha o livro, é uma régua de ambientes de produção de cana-de-açúcar, válida para todos os países que plantam essa cultura. Cada letra dessa régua representa a produtividade média de 5 cortes (TCH5), considerando o manejo convencional das boas práticas agrícolas, do plantio a colheita.

O ambiente mais restritivo é G2 (TCH5 menor ou igual a 50t/ha, o mais favorável é A+4 com TCH5 de até 200t/ha, mas para atingir esse ambiente está incluída a irrigação por gotejamento aliado a aplicação de vinhaça, torta de filtro, cinzas, compostagem, rotação de culturas e o efeito residual de nutrientes deixados por outras culturas no mesmo local para a cana-de-açúcar. Entre os ambientes G2 e A+4 existem outros ambientes de produção.

Acesso Aberto (Open Access)

Livros Abertos da ESALQ

A Biblioteca segue as diretrizes do acesso aberto da Universidade de São Paulo.

A Divisão de Biblioteca disponibiliza em seu site um catálogo com dezenas de publicações disponíveis para download. Este espaço, intitulado “Livros Abertos da ESALQ”, possui o objetivo de apoiar o pesquisador no depósito de documentos e facilitar a difusão da produção didática, científica e intelectual dos docentes, pesquisadores e funcionários da ESALQ. 

Publicações mais recentes

Autores:

Organizador

Guia prático de plantas de cobertura: aspectos filotécnicos e impactos sobre a saúde do solo

Plantas de cobertura têm sido utilizadas como alternativa de diversificação de sistemas de cultivos anuais, semiperenes e perenes nas diferentes regiões do Brasil.

Nos últimos 30 anos o sistema plantio direto (SPD) espalhou-se pelas áreas agrícolas do Brasil e do mundo. Atualmente ocupando uma área de aproximadamente 35 milhões de hectares, o SPD é considerado uma revolução no manejo de solos e um dos principais responsáveis pela atual pujança da agricultura brasileira. Entretanto, a melhoria da saúde do solo agrícola é experimentada quando o SPD engloba sistemas de culturas intensos e diversificados, situação que, ao longo do tempo, deixou de representar a maioria das áreas em SPD tanto no Sul como na região do Cerrado brasileiro, com impacto negativo na saúde do solo e na produtividade das culturas. 

As plantas de cobertura, ao ocupar as áreas agrícolas em períodos do ano em que o solo permanece em pousio, têm um papel fundamental para a melhoria da qualidade do SPD. Além do seu baixo custo, a melhoria dos sistemas de culturas através da inserção de plantas de cobertura tem um forte potencial de aumento na produtividade das culturas comerciais em rotação (com ganhos de até 20%), na melhoria da saúde do solo (química, física e biológica), e na ampliação das taxas de sequestro de C nos solos agrícolas.

Neste contexto, o Guia Prático de Plantas de Cobertura: Aspectos fitotécnicos e impactos sobre a saúde do solo coloca à disposição de acadêmicos, produtores e profissionais da assistência técnica e extensão rural informações fitotécnicas, características gerais, indicações e limitações de uso específicas de 49 espécies de plantas de cobertura de primavera/verão e de outono/inverno, tanto para cultivos solteiros (uma espécie), quanto para consórcio de duas espécies, ou mixes com três ou mais espécies na mesma área.

Simpósio Agrodigital: Panorama e Desafios da Fruticultura

O público deste evento foi formado por estudantes, pesquisadores, técnicos agrícolas, produtores, consultores, cooperativas, associações, e profissionais ligados à cadeia produtiva do setor de Fruticultura no Brasil.

A primeira edição do Simpósio teve como enfoque as principais atualidades das culturas de destaque de clima temperado, tropical e as perspectivas para o mercado das frutíferas! 

O objetivo do evento foi atrelar a difusão do conhecimento sobre o panorama da fruticultura quanto aos avanços no setor do agronegócio com as experiências práticas de empresa e acadêmicos. Foi criado visando expandir o conhecimento acerca do setor da Fruticultura, tendo em vista a consideração de 2021 como o Ano das Frutas, Legumes e Verduras, segundo a FAO.

Divulgação Científica

Projeto ambiental calcula grau de preservação de SP e propõe reconexão com território

Corredor Caipira lança cartilhas gratuitas voltadas a gestores e professores sobre oferta de água em municípios do interior paulista e atividades de valorização das florestas.

Coordenado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, o projeto Corredor Caipira acaba de lançar duas cartilhas educativas gratuitas e disponíveis para download aqui. Voltadas a gestores da paisagem e docentes do ensino fundamental, as publicações relacionam a conservação da biodiversidade com o aumento da disponibilidade de água em cidades do interior paulista, além de propor atividades de educação socioambiental.

Em Restaurando o amanhã: Desafios e propostas para a paisagem, os autores levantam dados preocupantes sobre o grau de preservação da mata nativa em municípios que compõem a área de influência direta do chamado Corredor Caipira. Em Piracicaba, por exemplo, apenas 9% da vegetação natural está preservada. De acordo com o levantamento, o estabelecimento das usinas de açúcar e álcool na região trouxe benefícios financeiros, mas devastou drasticamente áreas naturais, comprometendo a disponibilidade de água para a população humana. 

Guardas formam “barreira sanitária” e impedem entrada de abelhas jataí com fungo em ninhos

Abelhas que controlam acesso aos ninhos reconhecem mudanças químicas nos corpos de insetos que tiveram contato com fungo e impedem sua entrada.

A abelha jataí (Tetragonisca angustula) é uma espécie sem ferrão, dócil e de fácil manejo, mas que curiosamente possui um sistema sofisticado de reconhecimento, a ponto de impedir de modo agressivo a entrada no ninho de companheiras expostas a fungos que podem contaminar a colônia. A descoberta aconteceu em pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, descrita em artigo publicado na revista científica Chemosphere. Os pesquisadores constataram que as guardas da jataí, que controlam o acesso aos ninhos, reconhecem mudanças químicas nos corpos das abelhas que tiveram contato no campo com o fungo Beauveria bassiana, usado como biopesticida, não permitindo sua entrada.

A jataí possui ampla distribuição na América Latina, em especial no Brasil. “Ela é uma importante abelha polinizadora, não só de culturas agrícolas, mas também de várias espécies de plantas silvestres”, aponta a pesquisadora Denise Alves, que realiza estudos de pós-doutoramento na Esalq, uma das autoras do artigo. “Além do papel ecológico, devido à polinização, existem muitos criadores de jataí, em grande parte devido ao mel produzido, o que faz com que a espécie tenha uma alta importância socioeconômica no Brasil.”

Capacitação & Desenvolvimento

Oficina: otimize suas pesquisas no Embase com o uso do Emtree

O treinamento acontece no dia 14/04, às 10h. Inscreva-se!

Embase é considerada referência na área de respostas biomédicas e farmacológicas. Embase permite aos usuários recuperar artigos relevantes que muitas vezes não podem ser encontrados em outras ferramentas de busca. Esse conteúdo pode ser encontrado porque o Embase combina um trabalho de indexação com uma poderosa ferramenta de busca, pois conta com o tesauro EMTREE, que engloba também as nomenclaturas MeSH e atualmente possui como fonte mais de 25 milhões de registros, provenientes de mais de 7.000 revistas científicas de mais de 70 países indexadas.

O objetivo desta Oficina é apresentar o Emtree, que é um vocabulário hierarquicamente estruturado e controlado para biomedicina e ciências da vida relacionadas. Inclui toda uma gama de termos para medicamentos, doenças, dispositivos médicos e conceitos essenciais das ciências da vida. O Emtree é usado para indexar todo o conteúdo do Embase. O acesso está disponível pelo Portal de Periódicos da Capes.

Webinar: Dicas para se tornar um Peer Reviewer

O treinamento acontece no dia 14/04, às 14h. Inscreva-se!

Com o crescente número de revistas científicas disponíveis e a necessidade de publicar os resultados das pesquisas nos melhores periódicos, cresceu também a importância da revisão por pares (peer review), uma atividade que tem por objetivo garantir a qualidade e integridade das publicações. 

Para saber mais sobre isso, inscreva-se para participar conosco deste Webinar organizado pela Karger e promovido pela Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica (AGUIA).

Webinar Compendex: revise e descubra a produção de Engenharia mundial (e áreas relacionadas)

O treinamento acontece no dia 18/04, às 10h. Inscreva-se!

Compendex (Engineering Village) – é uma base de referências e resumos de resultados de pesquisas mantida pela Elsevier que cobre todas as disciplinas da Engenharia. Oferece mais de 27 milhões de registros referenciais publicados por mais de 2 mil editores científicos internacionais, de mais de 80 países, cobrindo mais de 190 disciplinas de engenharia. Particularidades, diferenciais: utilização de Tesauro de Engenharia (vocabulário controlado de engenharia), e Filtro Numérico (filtragem de resultados por propriedades, unidades e valores verdadeiramente numéricos). 

Inclui também preprints como um novo tipo de documento disponível no Engineering Village. Quase 800.000 preprints de acesso aberto do arXiv (de 2017 em diante) agora podem ser encontrados no banco de dados Compendex. As pré-impressões podem ser incluídas ou excluídas da pesquisa usando o filtro “Tipo de Documento” (que também contém outros tipos de documentos, como normas, anais de conferências, etc.).

Webinar EndNote Online: gerenciador de referências e citações

O treinamento acontece no dia 29/04, às 10h30. 

EndNote Online – ferramenta de gestão e organização de referências e citações, que facilita a redação de textos. O EndNote é uma solução de gerenciamento de referência com um componente desktop e online. Quando usado na área de trabalho, pode ser chamado de “ EndNote desktop” ou “ EndNote na área de trabalho”. Quando usado online, pode ser chamado de “ EndNote online”. Os usuários do EndNote Online podem sincronizar todas as referências em uma biblioteca de desktop com sua biblioteca online e compartilhar toda a biblioteca com outros usuários do EndNote. Sua biblioteca online pode conter um número ilimitado de referências e anexos ilimitados.

Capacitação em Mendeley

A agenda abril está aberta. Inscreva-se!

O Mendeley é um software gratuito, desenvolvido pela empresa Elsevier, disponibilizado aos usuários para gerenciar, compartilhar, ler, anotar e editar artigos científicos. Funciona também como rede social acadêmica para descobrir tendências de investigação e para conectar-se a outros pesquisadores na área de interesse.

Auxilia na formatação de trabalhos acadêmicos de acordo com normas nacionais e internacionais, possuindo mais de 8.000 estilos de referências. Gerencia citações e referências importadas de bases de dados de acesso aberto ou restrito

Seminários para Capacitação no Uso da Biblioteca, Pesquisa na Web e Estrutura do Trabalho Científico

Agenda aberta!

A Divisão de Biblioteca da ESALQ/USP inicia o ano letivo com atividades de apoio acadêmico para alunos de graduação, pós-graduação, docentes e demais pesquisadores. Em 2022 serão 4 opções de Seminários para Capacitação no Uso da Biblioteca, Pesquisa na Web e Estrutura do Trabalho Científico (com duração de 2 horas cada):

Os encontros podem ser presenciais ou virtuais, conforme o público-alvo, disponibilidade e escolha dos temas.

Avisos

Biblioteca Setorial do LES volta ao horário normal de atendimento 

A partir de 18 de abril de 2022, a Biblioteca Setorial do Departamento de Economia, Administração e Sociologia retornará ao seu horário normal de atendimento, de segunda a sexta-feira, das 8 às 21h45min.

Bibliotecas da ESALQ : expediente durante a Semana Santa 

No período  de 11 a 14 de abril, o horário de atendimento das Bibliotecas será: 

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Fuvest inscreve universitários interessados em transferência para cursos da USP

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(Criação da Biblioteca da FMVZ/USP)

Por que não se deve guardar nas estantes os livros consultados na Biblioteca?

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Por que publicar um artigo científico?

Oportunidades

Pós-doutorado em sistemas integrados de cultivo na Embrapa

Pesquisador atuará na implementação, avaliação e aplicação de modelos de otimização e simulação de sistemas integrados com cana-de-açúcar e pecuária no Brasil.

Uma oportunidade de pós-doutorado em sistemas integrados de cultivo com bolsa da FAPESP, vinculada ao Projeto Temático “Integração cana-de-açúcar/pecuária: modelagem e otimização”, está com inscrições abertas até sexta-feira (15/04).

O bolsista atuará na Embrapa Agricultura Digital, em Campinas, na implementação, avaliação e aplicação de modelos de otimização e simulação de sistemas integrados cana-de-açúcar e pecuária no Brasil, bem como na redação de relatórios de projetos e artigos científicos relacionados ao escopo do projeto.

O candidato deve ter doutorado nas áreas de ciências agrárias com foco em sistemas integrados de cultivo e lavoura-pecuária-floresta. Experiência em modelagem de carbono de solo e gases de efeito estufa (GEE) e avaliação de indicadores socioeconômicos e ambientais de sistemas integrados de cultivo é pré-requisito.

Acontece

Pesquisadores do IF elaboraram Guia de Espécies Indicadoras de Fitofisionomias

Os exemplares podem ser retirados por meio de doação, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, diretamente no Setor de Biblioteca e Memória Institucional, ou pelos Correios mediante pagamento de postagem. Saiba mais informações pelo e-mail biblioteca@cetesbnet.sp.gov.br .

Os Pesquisadores Científicos do Instituto Florestal Giselda Durigan, Natalia Macedo Ivanauskas e Geraldo Antônio D. Corrêa Franco, juntamente com Viviane Soares Ramos, elaboraram em 2012 o guia Espécies indicadoras de fisionomias na transição Cerrado-Mata Atlântica no Estado de São Paulo.

A ideia de produzir o livro surgiu durante um treinamento ministrado pelos autores a técnicos da Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais (CBRN) da Secretaria do Meio Ambiente para tentar ajudá-los a diferenciar no campo o Cerradão, a Floresta Estacional e o Ecótono, no Oeste do Estado, onde esses tipos de vegetação formam um mosaico difícil de entender até para botânicos e fitogeógrafos. Esta diferenciação é fundamental porque, atualmente, a legislação ambiental brasileira estabelece instrumentos distintos para a proteção e o manejo de diferentes tipos de vegetação. Durante o curso, percebeu-se que um guia ilustrado poderia ser muito útil. Os autores selecionaram as espécies mais frequentes ou que podem ser mais facilmente reconhecidas em campo.

Base de dados traz mapas de todas as Unidades de Conservação do Brasil

Informações obtidas no portal do Ministério do Meio Ambiente foram analisadas e tratadas por pesquisadores do Centro de Estudos da Metrópole.

O Centro de Estudos da Metrópole (CEM) disponibilizou o acesso gratuito a seu acervo cartográfico georreferenciado das Unidades de Conservação (UCs) de todo o Brasil.

Estruturado pela Equipe de Transferência e Difusão do CEM – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Universidade de São Paulo (USP) e no Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) –, o banco de dados traz o mapeamento das UCs, classificadas em 11 categorias estabelecidas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), com mapas em escala compatível com o arquivo de municípios (1:250.000).

As UCs formam o chamado Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), criado pela lei 9.985/2000. Os dados que o CEM oferece integram todo o conjunto de unidades de conservação, ou seja, as federais, estaduais e municipais.

Parceria entre Esalq e Simespi resulta no Boletim de Conjuntura Industrial

Piracicaba aumentou as exportações industriais em cerca de 13% em fevereiro de 2022, com destaque para o segmento de máquinas e equipamentos.

Esse é um dos indicadores publicados na edição de março do Boletim de Conjuntura Industrial, produto gerado mensalmente a partir da parceria entre Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e o Simespi (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, de Material Elétrico, Eletrônico, Siderúrgicas, Fundições e Similares de Piracicaba e Região).

No episódio 107 do podcast Estação Esalq, o jornalista Caio Albuquerque entrevista o professor Carlos Eduardo de Freitas Vian, do departamento de Economia, Administração e Sociologia e coordenador do curso de graduação em Ciências Econômicas da Esalq. Participa também da conversa a gerente do Simespi, Valéria Spers. (ouça aqui).

Cidades brasileiras apresentam alto índice de agrotóxico na água da torneira

São 27 agrotóxicos na água para consumo humano e entre as mais de 2.300 cidades estão São Paulo, Ribeirão Preto, Bauru, São Carlos, Piracicaba, Pirassununga e Lorena.

Na lista de substâncias encontradas, 16 são classificadas pela Anvisa como extremamente ou altamente tóxicas e 11 estão associadas ao desenvolvimento de doenças crônicas. O professor do curso de Medicina da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB), da USP, Luiz Fernando Ferraz da Silva, especialista em medicina ambiental, explica que o prejuízo à saúde é desencadeado a longo prazo. “Alguns elementos químicos presentes nos agrotóxicos podem ter efeito cumulativo, ou seja, você ingere um pouco hoje, um pouco amanhã, um pouco mais para frente. Ao longo de muitos anos, esse efeito pode interferir na função dos órgãos”.

Isso ocorre porque, ao ingerir a substância, o organismo inicia o processo de eliminação do elemento. Esse processo causa um sobrecarregamento dos órgãos, principalmente do fígado, já que ele é responsável por essa função, segundo Ferraz. Além disso, o especialista enfatiza que, por conta dessa sobrecarga de metabolização, no longo prazo ela pode causar neoplasias – crescimento do número de células, conhecido como tumor, –, gerar inflamações crônicas e doenças autoimunes, doenças em que o sistema imunológico ataca o próprio corpo.

“O Brasil tem todas as condições para ser vanguarda na agroecologia”

Ricardo Abramovay explica as tendências da agricultura vertical e carnes cultivadas num momento em que novas tecnologias colocam a agricultura convencional em xeque.

Inovações recentes colocam o agro convencional em xeque: agricultura vertical e carnes cultivadas podem levar a uma mudança drástica de um dos mais importantes setores da economia global, o mundo das commodities agropecuárias. A agricultura vertical tem ambientes mais controlados e é menos dependente de agrotóxicos. Já as carnes cultivadas são elaboradas no laboratório a partir de células de animais que ficam num ambiente que permite o crescimento de algo que vai se assemelhar à carne desses animais, uma vez abatidos. Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, o professor Ricardo Abramovay, do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, analisa essas tendências.

O modelo tradicional está em xeque porque se apoia na ideia de que a simplificação das paisagens agropecuárias é o melhor caminho para a elevação nas quantidades produzidas, segundo o professor. Ele conta que, desde a década de 60, foram introduzidas inovações tecnológicas que permitiram a difusão do uso dos fertilizantes nitrogenados e, nessa época, foi feito um pacote tecnológico que consiste em sementes muito suscetíveis ao uso desses fertilizantes em paisagens homogêneas, em grandes extensões passíveis de mecanização em larga escala, principalmente na América Latina. E, como essas paisagens são simplificadas, só podem sobreviver com o uso intensivo de agrotóxicos. No caso de criações de animais, houve a redução nas raças de criação, que permitiram a multiplicação na quantidade de animais criados ao mesmo tempo, em apenas um lugar, o que resultou no uso de larga escala de antibióticos. “Hoje 70% dos antibióticos que a humanidade produz são destinados a essas criações concentracionárias”, comenta Abramovay. 

Darwin para além da biologia

Naturalista britânico ganha exposição em São Paulo.

Filho de uma família inglesa abastada, ele estudou medicina e também artes, etapa inicial para quem almejava a carreira de clérigo na igreja anglicana, mas dedicou-se às ciências naturais, sobretudo geologia e botânica. Seguindo recomendação de um de seus professores na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, embarcou aos 22 anos no navio HMS Beagle, em que deu a volta ao mundo ao longo de quase cinco anos. Ao retornar à Inglaterra, viveu um período em Londres e depois de casado mudou-se para os arredores com a mulher, Emma, e filhos. Ao todo, foi pai de 10 crianças, das quais sete sobreviveram. Por duas décadas dedicou-se às investigações que se transformariam em um dos famosos livros da história da ciência, A origem das espécies, publicado em 1859.

Aspectos da trajetória do naturalista britânico Charles Robert Darwin (1809-1882), bem como do contexto histórico em que se desenvolveram as experiências e pesquisas do autor da teoria da evolução das espécies pela descendência comum e seleção natural, são o tema da exposição Darwin, o original. A mostra, que fica em cartaz até dezembro, no Sesc Interlagos, em São Paulo, foi concebida pela Cité des Sciences et de l´Industrie, da Universcience, instituição de divulgação científica, técnica e industrial vinculada ao Ministério da Cultura francês, em parceria com o Museu Nacional de História Natural, em Paris.