A pandemia de covid-19 gerou desafios para as universidades, em especial aos docentes e estudantes, que tiveram de se adaptar às novas condições impostas pela quarentena. Com as aulas presenciais suspensas, os professores foram submetidos a uma nova situação: passaram a ministrar aulas remotas com os recursos disponibilizados pela instituição, mantendo se possível a mesma qualidade do ensino. Uma parte deles, porém, não tinha familiaridade com as novas tecnologias digitais, enquanto outros precisariam aperfeiçoar seus conhecimentos e habilidades.

Foi pensando nessas dificuldades que um grupo de professores, funcionários e estudantes da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP, liderados pela professora Adriana Backx Noronha, desenvolveu o e-book Perspectivas e Experiências Docentes na FEA-USP. O livro tem como objetivo estimular e auxiliar os docentes na utilização de ferramentas digitais de ensino disponibilizadas pela própria USP, além de propor novas metodologias de ensino e aprendizagem.

Contribuir para a reestruturação do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) do município de Araras/SP. Esse é o objetivo de um projeto realizado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura da Prefeitura Municipal de Araras.

Intitulado "Difundindo conhecimento em segurança dos alimentos", o projeto aproxima a universidade da sociedade. “Isso acontece a partir da realização de atividades extensionistas que informam os produtores sobre a importância do registro junto a este órgão, bem como orientá-los quanto às boas práticas necessárias à produção e comercialização de produtos de origem animal”, declara a professora Daniele Maffei, docente do departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Esalq, coordenadora da iniciativa.

A Divisão de Biblioteca promove periodicamente encontros virtuais para capacitação de docentes, alunos e demais interessados nas ferramentas "EndNote Online e EndNote Click".

EndNote Online é o software da Clarivate que auxilia os usuários na formatação e gerenciamento de listas de referências em mais de 7.000 estilos bibliográficos, inclusive ABNT.

EndNote Click é a nova ferramenta para captura de PDFs, com plug-in gratuito que otimiza tempo durante a pesquisa na web e possibilita a criação do próprio repositório de artigos (Meu Locker).

Ambas as soluções são compatíveis com portais de pesquisa de acesso restrito como Science Direct, Scopus, Web of Science, etc. ou de acesso aberto como Scielo, Google Acadêmico, etc.

O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro: além de cobrir 25% do nosso território, ele ainda abriga uma das mais notáveis biodiversidades do mundo. Contudo, com o avanço do desmatamento e das queimadas na região central do País, o Cerrado se encontra em constante ameaça. Pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP estudaram a relação entre a biodiversidade do Cerrado, seu estoque de carbono e a biomassa de sua vegetação, contribuindo para um melhor entendimento sobre como mudanças no uso da terra afetam as emissões de gases de efeito estufa.

O conceito de biodiversidade abrange todo o conjunto de fauna e flora e suas variabilidades e pode ser usado em referência a um determinado local. O estoque de carbono representa a quantidade de gás carbônico (CO2) retirado da atmosfera e fixado pelas plantas durante o processo de fotossíntese. A absorção do gás pela vegetação é um mecanismo essencial para a regulação de temperaturas e mitigação das mudanças climáticas. A biomassa, por sua vez, é material orgânico – neste caso, vegetal, oriundo das árvores – e um objeto importante no cálculo do carbono absorvido pela flora, já que ela detém de 48% a 52% de carbono em sua composição.

Para a realização do estudo, um trabalho de levantamento de informações sobre as árvores e o solo foi feito na Reserva Biológica de Mogi Guaçu, no interior de São Paulo. A área total analisada foi de 5 mil metros quadrados (m2) e se refere ao Cerrado stricto sensu, ou seja, onde o bioma apresenta suas características clássicas. Dentre elas, pode-se citar os galhos retorcidos, folhas mais largas e a presença de solos profundos.

Consideradas por alguns integrantes da academia tema-chave para promover a sustentabilidade planetária, as Soluções Baseadas na Natureza (SBN) terão novos representantes na pesquisa realizada na USP. Foi aprovada, no mês de março, a criação do Grupo de Estudos Soluções Baseadas na Natureza, ligado ao Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, com a coordenação de professores do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq): Weber Antonio Neves do Amaral, como coordenador, e Francides Gomes da Silva Junior, como vice.

Desde 2022, o programa Biota Síntese já desenvolve no IEA um amplo projeto sobre as SBN, ou Nature Based Solutions (NBS). Para explicá-las, o núcleo utiliza a definição da União Europeia: as SBN são “soluções inspiradas, apoiadas ou copiadas da natureza, concebidas para enfrentar os desafios da sociedade de forma eficaz e a baixo custo, proporcionando simultaneamente benefícios ambientais, sociais e econômicos e ajudando a construir sistemas resilientes”.

Na última sexta-feira, 28 de abril, o ministro de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, participou de um encontro com o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior. A reunião teve como objetivo esboçar futuras parcerias entre o Ministério e a Universidade.

Entre os temas de interesse para colaboração estão segurança alimentar, desenvolvimento tecnológico de maquinário para a agricultura familiar, inspeção sanitária, agroindústria, agroecologia, bioinsumos e inteligência artificial.

Para o reitor da USP, “o estabelecimento de um acordo entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e a Universidade, com o envolvimento do setor privado, é um exemplo do modelo da tríplice hélice de inovação defendido por esta gestão”. A USP, representada pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), estará à frente da elaboração de futuros programas nesses temas com outras instituições de ensino superior.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em 2018 a produção mundial de arroz em casca foi de cerca de 782 milhões de toneladas. Contudo, esse valor vem diminuindo nos últimos anos e especialistas preveem a maior escassez de arroz mundial em 20 anos. Segundo a professora Giovana Ribas, do Departamento de Produção Vegetal do curso de Engenharia Agronômica da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP, em Piracicaba, esse déficit representa a redução de 350 mil hectares da terra para a produção do produto.

A produção de arroz está tendo a sua carga mundial reduzida, e com isso o mercado global deve registrar um déficit de 8,7 milhões de toneladas do produto. Segundo a professora Giovana, esses problemas estão associados à questão climática; dessa forma, em países que apresentam uma grande produção dessa agricultura, como a China e o Paquistão, inundações estão impossibilitando a sua elaboração. “Esse fator, associado a questões políticas que estamos enfrentando, como a guerra na Ucrânia, limita a produção de arroz a nível mundial”, explica a especialista. Além disso, Giovana comenta que os fertilizantes estão ficando mais caros, fator que, juntamente com as questões associadas ao clima, também afetam o Brasil. É importante lembrar que nenhum desses problemas apresenta uma perspectiva de mudança rápida.

O Museu e Centro de Ciências, Educação e Artes, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) participará, entre 15 e 21 de maio, da 21ª edição da Semana Nacional de Museus, sob o tema “Museus, Sustentabilidade e Bem-Estar”. A escolha do tema é proposta, anualmente, pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM), em comemoração ao Dia Internacional dos Museus, celebrado em 18 de maio.

O objetivo geral da realização é a de enfatizar a relevância dos museus como espaços que promovem o bem-estar e a sustentabilidade, além de apoiar três dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU): saúde e bem-estar global, ação climática e vida na terra.

Para celebrar 110 anos de existência, o departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) realizou, na última quarta-feira, 26/4, o plantio de um exemplar de jasmim manga vermelho.

O ato simbólico ocorreu em frente ao Pavilhão de Economia e Sociologia da Esalq e contou com a presença de docentes, funcionários e estudantes.

A história do departamento teve início em 1912, com a criação da então da Cadeira n° 7 – Economia Rural, denominação utilizada até 1970, quando a USP instituiu a reforma departamental. De 1970 a 1977, foi denominado Departamento de Ciências Sociais Aplicadas. Daí até 1998, Departamento de Economia e Sociologia Rural.

Vinculadas ao Departamento, existem hoje inúmeras atividades extracurriculares de pesquisa e extensão, desenvolvidas por centro de estudos avançados, programa de educação continuada e grupos de extensão e / ou pesquisa.

O Prêmio Frontiers Planet, em sua primeira edição, premiará Ricardo Ribeiro Rodrigues, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), entre vinte finalistas como campeões nacionais. A competição global, que reconhece cientistas cujas pesquisas contribuam para garantir o futuro do planeta no âmbito das nove fronteiras planetárias, envolveu 233 universidades em seis continentes, 13 academias nacionais de ciência e um júri independente de 100 especialistas em sustentabilidade.

A iniciativa, apoiada pelo Conselho Internacional de Ciência e que visa premiar pesquisas publicadas em periódicos científicos, foi lançada no Dia da Terra, em 22 abril de 2022, pela Frontiers Research Foundation, organização sem fins lucrativos estabelecida em Lausanne (Suíça). Um de seus papéis é avaliar todas as indicações recebidas dos órgãos representativos nacionais dos países participantes para selecionar um campeão nacional vencedor em cada país ou região.

O professor Ricardo Ribeiro Rodrigues coordena um grupo de pesquisa no Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LERF), cujos estudos se baseiam na forma de promover a restauração florestal em grande escala nos trópicos, com o máximo de biodiversidade, acumulação de carbono e benefícios para as pessoas, de uma forma que integre a paisagem com a produção de alimentos.

O Grupo de Estudos e Práticas em Olericultura (Gepol) promoverá a palestra "Environmental Horticulture at the University of Florida", cujo tema será abordado pelo Prof. Dr. Wagner Vendrame, da University of Florida, Gainesville, FL, responsável por cursos de Micropropagação de Culturas Hortícolas e Biologia e Cultivo de Orquídeas. Seu programa de pesquisa tem foco na produção e conservação de plantas ornamentais utilizando técnicas de cultura de tecidos e criopreservação. 

Ele trabalhou em colaboração com a NASA em 5 estudos espaciais a bordo dos ônibus espaciais Atlantis, Endeavour e Discovery, e no Laboratório da Estação Espacial Internacional. 

Entrar na universidade é uma grande mudança na vida do ingressante, acompanhada de sentimentos de euforia e ansiedade pelo que está por vir. Porém, para além dessa animação, os cuidados com a saúde mental merecem atenção no processo de adaptação à rotina universitária, especialmente para os jovens que saíram recentemente da escola e dos cursinhos preparatórios. Passado esse primeiro momento, ainda assim podem surgir dificuldades ao longo da graduação que afetam a saúde de forma significativa. Para isso, há alguns programas na USP que buscam promover o bem-estar da comunidade, sendo a prevenção do adoecimento uma das frentes de cuidado.

Em 2021, ano pandêmico, quase metade da comunidade USP não estava bem mentalmente, de acordo com os resultados do Questionário PRIP: Inclusão e Pertencimento na USP, realizado em 2022 pela Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP). Proporcionalmente, os alunos estão em mais sofrimento: em primeiro lugar, os de graduação e, em segundo, os de pós. Os números de problemas de saúde mental vêm crescendo no Brasil, mas “os estudos mostram que a Universidade é um local especialmente crítico”, afirma Ricardo Teixeira, diretor de Saúde Mental e Bem-Estar Social da PRIP e professor da Faculdade de Medicina (FM) da USP. 

O ChatGPT é um sistema baseado em inteligência artificial, também conhecido como chatbot ou robô de bate papo. A ferramenta ficou famosa pela capacidade de manter coesão e coerência na elaboração de respostas simples, exercícios matemáticos e textos, a partir de vieses mediados por algoritmos, colocando em xeque a criatividade e o pensamento crítico humano.

É cedo para dimensionar os impactos do ChatGPT em sala de aula, segundo a avaliação de Rogério de Almeida, especialista em Filosofia da Educação na Faculdade de Educação da USP. “É uma ferramenta que está em desenvolvimento, portanto, tem muitas limitações ainda. Mas tem um grande potencial de causar mudanças na cultura escolar”, pondera. Para ele, a questão é se a tecnologia será bem utilizada ou não: “Se ela for utilizada com a mediação adequada do professor, pode contribuir para a formação crítica. Antes, é importante a gente lembrar que o ChatGPT, por si só, não pensa, não sente, não imagina e, portanto, não produz conhecimento, ele antes organiza os saberes que nós mesmos produzimos e publicamos na internet”.