Nomes popularesGuaçatonga, cambroé, guaçatunga, pitumba, cafezeiro-do-mato, cabelo-de-cotia, brogotó, pau-vidro, cocão-branco, pau-vidro-branco, espeto, espeto-vermelho, guaçatonga, caferana, limão, andorinha, guassatunga, guaçatonga-branca, pau-de-la, carrapatinho, assa-leitão, assa-peixe, chá-de-bugre, guassatonga, café-do-mato, pau-de-espeto, vidro, anavingaNome científicoCasearia decandra Jacq.SinônimosCasearia adamantium Cambes.Casearia adstringens Mart. ex EichlerCasearia albicaulis RusbyCasearia floribunda Briq.Casearia nitida Sieber e Griseb.Casearia parviflora Jacq.Casearia parviflora Willd.Casearia parvifolia WilldenowCasearia parvifolia var. microcarpa EggersCasearia parvifolia var. paraguariensis Briq.Casearia pavoniana SleumerCasearia reflexa SleumerCasearia serrulata J. Seber ex Griseb.Chaetocrater reflexum Ruiz et. Pav.Guidonia adstringens (Mart.) Baill.Guidonia parvifolia (Will.) M. GomézSamyda lancifolia Sessé & Moc.Samyda parviflora Loefl. ex L.Samyda parviflora (Willd.) Poir.FamíliaSalicaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoÁrvore (3–)8–18(–20) m alt.; tronco com casca lisa, cor acinzentada; ramos inermes, eretos, base glabrescente, ápice puberulento, marrom-acinzentada, esparsamente lenticelados; estípulas 7 × 0,5 mm, subuladas, esparsamente pubescentes no ápice, emergências glandulares nos bordos, caducas. Folhas parcialmente decíduas na floração; pecíolo 2–5 mm compr., subcilíndrico, puberulento, delgado; lâmina 5–7(–9) × 2–4,1 cm, cartácea (quando jovem membranácea), discolor verde, raramente pubescente na nervura primária a glabrescente, lanceolada a oblongo-lanceolada; ápice longo acuminado a acuminado; base cuneada a levemente assimétrica; bordos serreados a crenados com dentes de 0,5 mm, levemente revolutos, poucos dentes na base; pontos e traços dispersos na lâmina, 4–6(–7) pares de nervuras secundárias ascendentes, reticulado das veias e vênulas laxos, pouco proeminente em ambas as faces. Inflorescências fasciculadas, 4–8 flores, fortemente aromáticas, tomentosas, sésseis; brácteas e bractéolas 1–1,5 × 1 mm, coriáceas, ovadas a escamosas (conchiformes), bractéolas na base do pedicelo, glabras, pedicelos ca. 4 mm compr., cilíndricos, articulados na base, laxamente tomentosos. Botões obovado-oblongos a oblongo-ovados, tomentosos, sépalas ca. 3 × 1 mm, curtamente soldadas na base, oblongo-lanceoladas, esverdeadas, externamente laxo-tomentosas; estames 10, filetes 1(–2,5) mm compr., livres, base tomentosa, glabro para o ápice, anteras globosas, sem glândulas apicais (amarelas quando secas), lobos do disco 0,5 mm compr., oblongo-clavados, soldados na base, alternos com os filetes, amarelos quando secos, tomentosos, ovário ovado a oblongo-ovado, viloso; estilete inteiro, delgado, esparsamente viloso, estigma inteiro, capitado, piloso. Fruto 1,3–1,5 × 1,3–1,5 cm, imaturo verde, maduro amarelo a vinoso, globoso, indumento próximo ao estilete vestigial e na base junto às sépalas, sementes 3–5, 7 × 6,5 mm, poliédricas, testa lisa, arilo amarelo, delgado, cobrindo parcialmente a semente, sendo mais crasso na parte reta; embrião 5,5–7,5 × 5,5–6,5 mm, reto, amarelo, cotilédones foliáceos, arredondados a cordados junto ao eixo (MARQUETE, 2007).CaracterísticaFloração / frutificaçãoBotões e flores em maio, agosto a outubro; frutos nos meses de outubro a dezembro (MARQUETE, 2007).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Caatinga (stricto sensu), Campo de Altitude, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Restinga (MARQUETE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaAs flores são muito visitadas por abelhas e outros insetos e os frutos fazem parte da dieta dos macacos (guaribas), o que se confirmou no exame das amostras dos seus excrementos (MARQUETE, 2019).InjúriaComentáriosBibliografiaMARQUETE, R.; Medeiros, E.V.S.S. Salicaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14365>. Acesso em: 27 Nov. 2019MARQUETE, R.; VAZ, A. M. S. F. O Gênero Casearia no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia 58 (4): 705-738. 2007. Il. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/rodrig58_4/005-06.pdf>.