Nomes popularesLíngua-de-sapoNome científicoCampyloneurum nitidum (Kaulf.) C.PreslSinônimosPolypodium nitidum Kaulf.Polypodium phyllitidis subsp. major Hieron. ex HickenFamíliaPolypodiaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoPlantas rupícolas, terrícolas ou epífitas. Rizoma 3-5 mm diâm, curto-reptante, com escamas regularmente ovadas, não buladas, adpressas, castanhas, com margem inteira a lacerada. Frondes 22-30 cm compr. Pecíolo 1-2 cm compr., ca.1,5 mm diâm, na base ebenáceo, com escamas iguais às do rizoma, distalmente oliváceo a paleáceo com tricomas inconspícuos. Lâmina 18-25 cm x 1,6-2,5 cm, cartácea, estreito-lanceolada, ápice e base acuminados a atenuados, base levemente decurrente, margem sinuada, cartilaginosa e paleácea. Costa em ambas as faces proeminente, glabra. Superfície laminar na face abaxial com tricomas glandulares diminutos e inconspícuos. Nervuras primárias proeminentes em ambas as faces, inseridas em um ângulo de ca. 60º com a costa, as secundárias formando três a quatro fileiras de aréolas entre a costa e a margem da lâmina, não divididas, e com uma a duas vênulas livres inclusas em aréolas não costais. Soros em três a cinco fileiras entre a costa e a margem da lâmina; paráfises menores que os esporângios (ROLIM, 2008, p. 86).CaracterísticaCaracteriza-se pela lâmina lanceolada, longamente atenuada em ambas as direções, com textura subcoriácea, nervuras laterais proeminentes, formando ângulo de 50–60º com a nervura mediana, e 5 ou mais aréolas entre a nervura mediana e a margem. Além disso, apresenta o caule compacto e curtamente reptante, com escamas suborbiculares a amplamente ovais, adpressas a subadpressas e de ápice obtuso. Trata-se de uma espécie frequentemente confundida com Campyloneurum phyllitidis (L.) C. Presl, da qual difere principalmente pelo caule mais delgado (3–4 mm de diâmetro), pelas escamas do caule com ápice obtuso, e pela lâmina foliar com ápice atenuado. Ao passo que C. phyllitidis, espécie que não ocorre na Floresta Atlântica brasileira, apresenta o caule relativamente mais robusto (6–15 mm de diâmetro), escamas do caule com ápice acuminado e lâmina foliar com ápice predominantemente subcaudado ou acuminado (MATOS, 2009, p. 65).Campyloneurum nitidum assemelha-se de um modo geral (tamanho e forma da lâmina, e tamanho do pecíolo) a Campyloneurum acrocarpon Fée, da qual difere pela textura coriácea da lâmina, e caule compacto e curto-reptante. Enquanto C. acrocarpon apresenta a lâmina membranácea, e o caule delgado e longo-reptante (SCHWARTSBURD, 2006, p. 52).Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatOcorre em locais sombreados, entre afloramentos rochosos quartzíticos, e nas margens de rios e córregos, em áreas de altitude na Mata AtlânticaDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (POLYPODIACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaBENTO, M. B.; KERSTEN, R. A. Pteridófitas de um Ecótono Entre as Florestas Ombrófila Densa e Mista, Mananciais da Serra, Piraquara, Paraná. Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Curitiba, 2008. 74p. Disponível em: <http://www.uc.pr.gov.br/arquivos/File/Pesquisa%20em%20UCs/resultados%20de%20pesquisa/Cassio_Michelon_Bento.pdf>.MATOS, F. B. Samambaias e Licófitas da RPPN Serra Bonita, Município de Camacan, Sul da Bahia, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, Paraná. 2009. 255p. il. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/19094/1/FERNANDO%20BITTENCOURT%20DE%20MATOS%20-%20DISSERTACAO_2009.pdf>.MYNSSEN, C. M.; WINDISCH, P. G. Pteridófitas da Reserva Rio das Pedras, Mangaratiba, RJ, Brasil. Rodriguésia 55 (85): 125-156. 2004. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/Rodrig55_85/MYNSSEN.PDF>.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.POLYPODIACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB605283>. Acesso em: 23 Dez. 2019ROLIM, L. B.; SALINO, A. Polypodiaceae Bercht & J. Presl (Polypodiopsida) no Parque Estadual do Itacolomi, MG, Brasil. Lundiana 9(2): 83-106, 2008. Disponível em: <http://www.icb.ufmg.br/bot/pteridofitas/Publicacoes/ROLIMPteriItacolomi.pdf>.SAKAGAMI, C. R. Pteridófitas do Parque Ecológico da Klabin, Telêmaco Borba, Paraná, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2006. 212p. il. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/15461/1/Dissertacao_Cinthia.pdf>.SCHWARTSBURD, P. B. Pteridófitas do Parque Estadual de Vila Velha, Paraná, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2006. 170p. Disponível em: <http://www.ibot.sp.gov.br/hoehnea/volume34/Hoehnea34(2)artigo05.pdf>.