Nomes popularesJunça, junquinho, três-quinas, tiririca, tiririca-de-três-quinasNome científicoCyperus distans L.SinônimosCyperus distans var. crassispiculosus R.Gross & Kük.Cyperus distans var. densiflorus Kük.Cyperus distans var. pseudonutans Kük.Cyperus elatus L.Cyperus graminicolus Steud.Cyperus kurrii Steud.Cyperus nutans Sieber ex C.PreslCyperus psilostachys Steud.Cyperus schraderianus Mart. ex Steud.Cyperus squamulatus Steud.FamíliaCyperaceaeTipoNativa, não endêmica do BrasilDescriçãoPlantas perenes, (65-) 80-130 cm alt.; rizomas com entrenós curtos e delgados; catáfilos (0,2-) 0,5-1,1 (-1,5) mm compr., vináceos, de ápice agudo, raramente bífido. Base do caule aéreo espessada. Folhas com bainhas 16-30 (-38) cm compr.; lígula ausente; lâminas (32-) 50-65 x (0,3-) 0,6-1 cm, cartáceas, esverdeadas, sem manchas vináceas, esparsamente escabras nas margens e na quilha abaxial, com nervuras adaxiais laterais esparsamente papiloso-escabras junto ao ápice ou na metade superior da lâmina, superfície da face abaxial não septado-nodulosa. Escapos (53-) 60-100 x 0,2-0,3 (-0,4) cm, não septado-nodulosos, lisos, secção transversal triangular, ângulos agudos. Profilo tubular do ramo primário basal 30-55 mm compr., geralmente espessado na base, formando um calo conspícuo, raramente reduzido, ápice bidentado, dentes às vezes prolongado em apêndices foliáceos, com margens e quilha escabras. Invólucro com (4-) 6-8 (-9) brácteas ascendentes, a inferior 26-40 (-60) x (0,4-) 0,8-0,9 (-1,2) cm, a segunda 17-32 (-48) x (0,4-) 0,8-1,1 cm, nervuras adaxiais laterais papiloso-escabras na metade superior ou só junto ao ápice. Antelódio composto, terminal, (12-)18-30 x (12-) 20-24 (-27) cm, laxo, com ramos ascendentes de até terceira ordem; ramos primários 12-18 (-20), o basal de (8,6-) 11-17 (-20) cm compr., com 10-16 ramos secundários; ramo secundário basal de (1,8-) 3-4,4 (-6,1) cm compr., com (3-) 6-8 (-10) ramos terciários, o basal de 0,4-1 cm compr.; espigas pedunculadas, menos comumente subsésseis; bractéolas 2-3 (-4) na base dos ramos secundários, de 25-70 (-95) x 1-2,5 mm; uma bractéola na base de cada ramo terciário, de 0,5-2,3 x 0,15-0,5 (-0,8) mm; antelódios parciais no ápice dos ramos terminais de 2,5-6 (-10) x 2,5-4,5 cm, com (3-) 6-8 (-10) espigas, laxos. Espigas laxas, largamente ovais, a central dos antelódios terminais de (1,5-) 2-3,5 x (1,2-) 2-4 cm, com 3-5 espigas menores junto à base; ráquis lisa. Espiguetas (15-) 22-32 por espiga central dos antelódios terminais, de disposição alterno-espiralada, ascendentes, as inferiores de 11-22 x (1,1-)1,5-2 mm, 13-16 (-25)-floras; ráquila alada, não articulada acima do profilo e da bráctea da espigueta, sem articulação entre as glumas férteis; bráctea da espigueta linear, base pouco alargada, ápice prolongado em apêndice setiforme ao menos nas espiguetas inferiores da espiga central dos antelódios terminais, margens esparsamente escabras, quilha lisa ou raro esparsamente escabra só no ápice; brácteas das espiguetas inferiores da espiga central dos antelódios terminais com (2-) 3-3,5 (-4,7) x 0,1-0,15 mm; profilo (0,6-) 1-1,3 x 0,35-0,6 mm, com calo na base, ápice obtuso ou arredondado; glumas férteis laxamente imbricadas, ráquila aparente, a primeira sem ala, as superiores com ala basal membranosa e caduca na maturação, estreitamente a largamente elípticas, dorso 3-nervado, esverdeado, com manchas vináceas inconspícuas, lateralmente 3-nervadas, vináceas, ápice obtuso ou emarginado, mútico; a segunda e a terceira glumas férteis 1,9-2,4 x (0,9-)1-1,5 mm. Aquênio 1,5-1,6 x 0,4- 0,5 mm, estreitamente elipsóide, castanho-escuro, geralmente com pontoações vináceas, ângulos obtusos, faces levemente côncavas, superfície reticulada e com aspecto papiloso, sem envoltório coriáceo, ápice apiculado, base atenuada, não estipitada (HEFLER, 2012).CaracterísticaFloração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Rio Grande do Sul)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, PantanalTipo de Vegetação Área Antrópica (CYPERUS, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaCYPERUS in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB17145>. Acesso em: 27 Dez. 2019.HEFLER, S.M.; LONGHI-WAGNER, H.M. Cyperus L. subg. Cyperus (Cyperaceae) na Região Sul do Brasil. R. bras. Bioci., Porto Alegre, v. 10, n. 3, p. 327-372, jul./set. 2012. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/rbb/article/view/2087>.