Nymphoides humboldtiana

Nomes popularesSoldadela-d’água, estrela-branca, lagartixa, prato-d’água, pata-de-burroNome científicoNymphoides humboldtiana (Kunh) KuntzeSinônimosFamíliaMenyanthaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoErva 5,5-70cm de alt., flutuante fixa ou anfíbia, estolonífera ou não. Rizoma 2,5-6,3cm de alt., verticalmente septado em várias folhas. Folha com lâmina 0,8-19,2cm de alt. 0,7-18,5 cm de larg., cartácea ou membranácea; verde na face adaxial, acastanhada na face abaxial; nervuras planas em ambas as faces; orbicular, ovada ou reniforme; ápice retuso ou arredondado, margem inteira, base cordada ou retusa. Inflorescência axilar em cachos. Flor 7mm-1,9cm de alt. 1,2-2,2cm de larg., ereta ou subereta; sépala 4-7,58mm de alt. 1-1,92mm de larg., lanceolada, verde ou acastanhada; pétala 0,7-1,8cm de alt. 3-4 mm de larg., lanceolada, alva, mácula amarela, translúcidas quando secas, face adaxial vastamente fimbriada; antera sagitada, escura, filete cilíndrico; estigma bífido, estilete cilíndrico. Fruto 2,6-6,6 mm de alt. 2-5mm de larg., elíptico, orbicular ou ovado; marrom claro ou escuro. Semente orbicular; lisa ou com projeções cônicas de ápice, arredondado ou clavado, abundantes ou escassas, igualmente distribuídas ou agrupadas na margem; brilhantes, castanho claro ou escuro (MENYANTHACEAE, 2019).CaracterísticaQuando estéreis podem se assemelhar a Nymphaea, sendo distintas por possuir granulações na face adaxial em vez de nervuras (BARCELOS, 2017).Ornduff (1969) sinonimizou Nymphoides humboldtiana em N. indica devido à ausência de caracteres morfológicos distintivos. Mesmo após a detecção de números cromossômicos distintos (tetraploide e diploide, respectivamente) não foi restabelecida a identidade daquela espécie (Ornduff 1970). Recentemente (Tippery & Les 2011), em uma análise filogenética deste gênero, realizada com dados moleculares nucleares (ITS), plastidiais (matK, trnK) e morfológicos, comprovou a distinção entre N. indica e N. humboldtiana, e apontou a neotropical N. humboldtiana como mais estreitamente relacionada a N. fallax Ornduff do que com a paleotropical N. indica (BARCELOS, 2017).Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas: Norte (Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins); Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe); Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso); Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, PantanalTipo de Vegetação: Vegetação Aquática (MENYANTHACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaBARCELOS, F.R.B.; BOVE, C.P. Flora do Rio de Janeiro: Menyanthaceae. Rodriguésia 68(1): 077-079. 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rod/v68n1/2175-7860-rod-68-01-0077.pdf>.MENYANTHACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB10054>. Acesso em: 05 Nov. 2019.