Rumex crispus
Rumex crispus
Nomes popularesAzeda-crespa, labaça-crespa, labaça-selvagem, língua-de-vaca, paciênciaNome científicoRumex crispus L.BasionônioSinônimosLapathum crispum Scop.Rumex magellanicus Campd.Rumex crispus Guss.FamíliaPolygonaceaeTipoNaturalizadaDescriçãoErvas ou subarbustos, dióicos, até 80cm alt., pouco ramificados; ramos eretos, estriados. Folhas 10-30x6-10cm, lâmina oblongo-lanceolada, ápice agudo ou obtuso, base obtusa, margem ondulada, glabra; ócrea 1-5cm, glabra; pecíolo achatado na base, 3-5cm. Racemos múltiplos, eretos, densifloros, pedicelos filiformes, patentes, 2-7mm, ocréolas hialinas, escamiformes, marcescentes. Flores 2-3mm, verticilo externo menor, conato na base, interno, maior, margens inteiras, flores estaminadas com 6 estames iguais, filetes curtos, anteras basifixas; flores pistiladas com ovário trígono, 3 estiletes, estigmasplumosos. Fruto diclésio, 3-4mm, trígono-ovalado, alas cordado-ovaladas, membranáceas, de bordos inteiros, calo dorsal mais desenvolvido em uma das alas; pedicelos frutíferos 4-6mm. (MELO, 2000).CaracterísticaDiferencia-se facilmente de R. obtusifolius por possuir folhas mais estreitas com as margens onduladas e crespas. (LORENZI, 2008, p. 563).Floração / frutificaçãoColetada com frutos no mês de abril (MELO, 2000).DispersãoZoocóricaHábitatCaatinga e Mata Atlântica, na Floresta Ombrófila Mista.Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia, Paraíba, Pernambuco)Centro-Oeste (Distrito Federal)Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Caatinga, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Área Antrópica (MELO, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaAs raízes e rizomas têm efeito purgativo. As folhas tem propriedades estimulantes e cicatrizantes.FitoeconomiaHá registros de que as folhas desta espécie são consumidas em saladas.InjúriaNativa da Europa. Adventícia em todo o mundo (MELO, 2000).Planta daninha freqüente no sul do Brasil, onde infesta pastagens, jardins, pomares, beira de estradas e terrenos baldios. ComentáriosA raiz principal aprofunda-se até 1,5 m de profundidade. Uma única planta produz por ano até 60.000 sementes.BibliografiaCatálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 2 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 830 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol2.pdf>.FONSECA, E. T. Indicador de Madeiras e Plantas Úteis do Brasil. Officinas Graphicas VILLAS-BOAS e C. Rio de Janeiro, 1922. 368 p. Disponível em: <http://www.archive.org/download/indicadordemadei00teix/indicadordemadei00teix.pdf>.LADIO, A. Malezas Exóticas Comestibles y Medicinales Utilizadas em Poblaciones del Noroeste Patagónico: Aspectos Etnobotânicos y Ecológicos. BLACPMA. – Jul. 2005; V. 4, n. 4, p.75. Disponível em: <http://redalyc.uaemex.mx/pdf/856/85640405.pdf>.LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: Terrestres, Aquáticas, Parasitas e Tóxicas. Instituto Plantarum. Nova Odessa, SP, 4ª ed. 2008. 672p. il.MELO, E. Levantamento da Família Polygonaceae no estado da Bahia, Brasil: Espécies do Semi-árido. Rodriguésia 50(76/77): 29-47. 1999. 20p. il. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/Rodrig50/19_38.pdf>.MELO, E. Polygonaceae da Cadeia do Espinhaço, Brasil. Acta bot. bras. 14(3): 273-300. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abb/v14n3/5174.pdf>.MELO, E. Polygonaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB13734>. Acesso em: 27 Nov. 2019PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.STURTEVANT, E. L. Edible Plants of The World. Edited by U. P. HEDRICK. The Southwest School of Botanical Medicine. 775p. Disponível em: <http://www.swsbm.com/Ephemera/Sturtevants_Edible_Plants.pdf>.
Rumex obtusifolius
Rumex obtusifolius
Nomes popularesLíngua-de-vaca, labaça, paciência, azedinhaNome científicoRumex obtusifolius L.SinônimosRumex erispatulus Michx.Rumex obtusifolius subsp. agrestis (Fr.) DanserRumex obtusifolius var. agrestis Fr.FamíliaPolygonaceaeTipoNaturalizadaDescriçãoEspécie herbácea, perene e que se desenvolve nas regiões Sudeste e Sul do Brasil ocupando áreas cultivadas, pastagens, terras abandonadas, margens de rodovias, entre outras áreas onde forma populações densas. Apresenta caule cilíndrico, verde, canaliculado, anguloso, com nós e entrenós bem definidos. Ao longo dos nós ocorre uma ócrea em tecido mais engrossado e anelar, a qual recobre o nó. Folhas inferiores da planta em roseta superposta com limbos peciolados de forma lanceolada com base cordata, e limbos oblongos, a maioria com o ápice arredondado ou em ângulo obtuso e margens sinuosas. Folhas do eixo da inflorescência mais estreitadas e com pecíolos menores. Inflorescência terminal e axilar do tipo cacho constituído por númerosas flores. Flores curto-pedunculadas formando fascículos ou verticílios ao longo do eixo da inflorescência, constituída por tépalas verdes, ovaladas e coniventes, ou seja, unidas sem serem soldadas, as quais protegem o androceu e o gineceu. Fruto do tipo núcula. Pode ser identificada em campo por meio das flores, que apresentam três estruturas engrossadas e oblongas no dorso de cada tépala, no entanto uma delas se destaca pelo maior tamanho, acrescentando-se ainda o porte terminal da inflorescência, a qual é desprovida de folhas. Propagação por meio de sementes (MOREIRA, 2010).CaracterísticaDiferencia-se de Rumex crispus por possuir folhas basais cordadas com margens inteiras ou não crespas.Floração / frutificaçãoDispersãoZoocóricaHábitatCerrado e Mata Atlântica, na Floresta Ombrófila Mista.Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia, Paraíba, Pernambuco)Centro-Oeste (Distrito Federal)Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Cerrado, Mata Atlântica, PampaTipo de Vegetação Área Antrópica (MELO, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaPlanta daninha muito frequente na região Sul do Brasil, onde é encontrada infestando pastagens, beira de estradas, solos cultivados, pomares e terrenos baldios. ComentáriosPropaga-se através de sementes ou por divisão da raiz pivotante. As sementes alcançam até 21 anos de longevidade no solo, ocorrendo ainda assim um percentual de 83% de germinação.BibliografiaCatálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 2 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 830 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol2.pdf>.IURK, M. C. Levantamento florístico de um Fragmento de Floresta Ombrófila Mista Aluvial do Rio Iguaçú, Município de Palmeira – PR. Dissertação de Mestrado. UFPR. Curitiba, 2008. 114p. il. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/14619/1/Levantamento%20flor%C3%ADstico%20de%20um%20fragmento%20de%20Floresta%20Ombr%C3%B3fil.pdf>.LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: Terrestres, Aquáticas, Parasitas e Tóxicas. Instituto Plantarum. Nova Odessa, SP, 4ª ed. 2008. 672p. il.MELO, E. Polygonaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB13735>. Acesso em: 27 Nov. 2019MOREIRA, H.J.C.; BRAGANÇA, H.B.N. Manual de identificação de plantas infestantes - Cultivos de verão. EMBRAPA. Campinas, SP. 2010. Disponível em: <https://www.embrapa.br/documents/1355291/12492345/Manual+de+Identifica%C3%A7%C3%A3o+de+Plantas+Infestantes+-+Cultivos+de+Ver%C3%A3o/2b542acc-89ef-4322-b495-188ca5b40564?version=1.0>.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.