Nomes popularesJuncoNome científicoEleocharis maculosa (Vahl) Roem. & Schult.SinônimosScirpus maculosus VahlEleocharis arcuata Kunze ex KunthEleocharis glazioviana BoeckelerEleocharis gracillima BoeckelerEleocharis lehmanniana BoeckelerEleocharis maculosa var. maritima OstenEleocharis mendoncae BoeckelerEleocharis schottiana (Nees) Steud.Eleocharis vincentina var. arcuata (Kunze ex Kunth) C.B.ClarkeEleogenus schottianus NeesEleocharis maculosa var. genuina OstenTrichophyllum maculosum (Vahl) HouseFamíliaCyperaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoErvas eretas, cespitosas, estoloníferas. Colmos 6-91,5 cm x 0,8-1,5 mm na base, subcilíndricos a elípticos, esponjosos, estriados longitudinalmente, sulcados, verdes lustrosos, pontuados de alvo a castanho. Bainhas membranáceas, púrpura ou creme na base, avermelhadas na região mediana, pardo-esverdeadas próximo ao ápice, ou ainda, toda purpúreas com 5 nervuras verdes proeminentes, 1-6 cm de comprimento, apêndice hialino no ápice; ápice oblíquo a truncado, mucronado, íntegro. Espigas multifloras, proliferação ausente, ovóides a elipsóides, 0,5-1,2 cm x 2-4,5 mm, agudas, às vezes obtusas, castanho-avermelhadas a castanho-escuras, às vezes púrpuras, outras vezes ocráceas. Glumas espiraladas, carenadas, membranáceas, caducas, verdes na carena, lados com manchas castanho-avermelhadas de metade superior da gluma até toda sua extensão, ovaladas, por vezes oblongas ou elípticas, ápice obtuso, às vezes subagudo, margens hialinas e íntegras, 2,5-3,5 x 1-1,5 mm. Duas glumas inferiores, uma mais externa, contínua com o colmo, às vezes articulada, 1-2 x 1-1,5 mm, outra mais interna sempre articulada, 1-1,5 x 1-1,3 mm, estéreis, caducas, verdes na carena, com carenas largas, 3-nervadas, internamente, bem evidentes, manchas castanhas beirando as grandes margens hialinas e escariosas, ápice emarginado a obtuso. Cerdas perigoniais 8(9), castanhas, 0,5-1 mm de comprimento. Estames 3, filetes hialinos, as vezes acastanhados na base, anteras sem apículo ou inconspicuamente apiculadas, amarelas, por vezes com máculas castanhas. Estigma 2-fido. Aquênios negros a castanho-escuros, obovóides, raro suborbiculares, 1-1,2 x 0,5-0,7 mm, lenticulares, superfície inconspicuamente reticulada, lustrosa, 2-costados, estipitados, ápice com um colo; estilopódio creme-pálido a castanho, cônico lateralmente comprimido, menor ou igual que 0,5 mm de comprimento (GIL, 2007).CaracterísticaEleocharis maculosa caracteriza-se pelas espigas, a maioria das vezes, castanho-avermelhadas a castanho-escuras com glumas inferiores sempre verdes na larga carena, 3-nervadas e com grandes margens hialinas e escariosas, de ápice, muitas vezes, emarginado, aquênios negros e, principalmente, pelo apêndice hialino proeminente e mucron no ápice da bainha. Nota-se, muitas vezes, que as espigas vão clareando com o amadurecimento. Espigas ocráceas foram observadas apenas quando encontravam-se com frutos. Quando E. maculosa apresenta-se com as espigas ocráceas, pode ser facilmente confundida com E. sellowiana. Apesar de serem muito semelhantes, se distinguem por outros caracteres, como os citados na chave de identificação deste trabalho. Algumas vezes, E. maculosa apresenta de uma a duas pequenas glumas estéreis encobertas pelas inferiores (GIL, 2007).Floração / frutificaçãoJaneiro, fevereiro, março, maio, agosto, outubro, novembro e dezembro (GIL, 2007).DispersãoHabitatBrejos, lagos artificiais e lagoas (GIL, 2007).Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Roraima)Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Mato Grosso do Sul)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, PantanalTipo de Vegetação Campo de Várzea, Restinga, Vegetação Aquática (ELEOCHARIS, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaELEOCHARIS in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB17188>. Acesso em: 27 Dez. 2019.GIL, A.S.B.; BOVE, C.P. Eleocharis R.Br. (Cyperaceae) no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Biota Neotropica, v7 (n1) - bn00507012007. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/bn/v7n1/19.pdf>.