Valeriana salicariifolia

Nomes popularesNome científicoValeriana salicariifolia VahlSinônimosValeriana gilgiana Graebn.Valeriana muelleri Graebn.FamíliaValerianaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoErva perene, dioica, de 0,3-1 (1,5) m de altura. Rizomas estoloníferos longos, simples ou ramificados, com até ca. 1 m compr., raízes por vezes escurecidas em material herborizado. Ramos aéreos eretos, de até 8 mm de diâmetro, fistulosos, subtetrágonos, estriados, com duas estrias salientes que se conectam com o centro dos nós. Plantas geralmente glabras, ocasionalmente com tricomas esparsos de até 0,3 mm compr. nos ramos, folhas e brácteas. Folhas basais e apicais semelhantes, de linear-lanceoladas a oblongo-lanceoladas, falciformes, coriáceas (por vezes enrugadas em material herborizado), fracamente discolores, 56-86 (150) X (5) 8-14 mm, ápice agudo ou longo-atenuado, pungente; base séssil e obtusa ou pseudopeciolada e longo-atenuada, frequentemente auriculada; bordo revoluto, inteiro, podendo apresentar pequenos dentes esparsos e inconspícuos de até 0,5 mm compr.; nervuras primárias sulcadas na face adaxial, salientes na face abaxial; nervuras secundárias 6-8 pares, inconspícuas; folhas basais senescentes, menores do que as apicais. Inflorescências paniculiformes, as estaminadas com eixo principal 35-47 cm compr., eixos secundários 5,5- 6,5 (9,5) cm compr.; inflorescência pistilada com eixo principal até 40-46 cm compr., eixos secundários 4-5,8 cm compr. Brácteas e bractéolas pubescentes na porção basal. Brácteas proximais lineares, 30 X 2 mm; brácteas da porção média e distal da inflorescência de lineares a ovadas, subconadas, 2-7 X 1 mm; bractéolas ovadas, 2 X 1 mm, subcarenadas. Flores estaminadas campanuladas, 1,3-1,6 X 2 mm, gibas vestigiais; estames 1,2-1,3 mm compr., exsertos; pistilódio inserto, 0,2 mm compr. Flores pistiladas campanuladas, 0,5 X 0,5 mm; pistilo exserto, geralmente com o dobro do comprimento da corola (~1 mm compr.); estigma trífido, lobos até 0,3 mm compr.; estaminódios 0,2 mm compr. Frutos elípticos ou elípticooblongos, 1,8-2 X 1 mm, tríquetros, 5 (6)-costados (por vezes só uma das costas visível na face ventral), glabros, face dorsal côncava, face ventral convexa, com cálice vestigial (SILVA, 2018).CaracterísticaFloração / frutificaçãoFloresce de outubro a janeiro. Frutos de dezembro a janeiro (SILVA, 2018).DispersãoHabitatEspécie hidrófila, associada a campos úmidos, banhados, turfeiras e beiras de cursos d'água, formando populações com centenas a milhares de indivíduos, sendo eventual em solos bem drenados (SILVA, 2018).Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Minas Gerais, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Vegetação Aquática (CAPRIFOLIACEAE, 2019).EtimologiaProveniente do latim “salicarius-a-um” “salicinus-a-um”, devido a semelhança com as folhas de Salix spp. (Salicaceae) (SILVA, 2018).PropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaCAPRIFOLIACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB15095>. Acesso em: 07 Nov. 2019PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.SOBRAL, M. 2010. Valerianaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB015095).SILVA, C.R.; IGANCI, J.; SOBRAL, M. O gênero Valeriana L. (Caprifoliaceae) no Brasil. TCC. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS. 2018. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/198249/001096389.pdf?sequence=1&isAllowed=y>.

Valeriana scandens

Nomes popularesErva-de-gatoNome científicoValeriana scandens L.SinônimosValeriana candolleana GardnerValeriana scandens var. angustiloba L.Valeriana scandens var. candolleana L.Valeriana scandens var. dentata L.Valeriana scandens var. genuina L.Valeriana scandens var. subcordata L.FamíliaValerianaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoErvas trepadeiras perenes, monoicas-ginodioicas. Ramos prostrados, rizomatosos, glabros, ramificados. Ramos volúveis ascendendo até 1,5 m sobre a vegetação. Plantas com marcante heterofilia. Folhas basais geralmente inteiras, de cordadas a sagitadas, 4,5-6,0 (14) X 2-4,5 (12) cm, ápice de agudo a atenuado, por vezes falciforme; folhas apicais lobadas, bilobadas, trilobadas ou compostas trifolioladas, por vezes apresentando ampla variação em um mesmo indivíduo; lobos basais frequentemente assimétricos, (1) 3-6 X (0,2) 1,2-4 cm, os apicais maiores do que os laterais, 3-5 (8) X 1,5-2 (8) cm; pseudopecíolos 25-30 (70) X 0,8-1 (2) mm; bordo de denteado a serreado, com dentes 2-10 mm compr. Inflorescências paniculiformes, até 60 cm compr., com eixos secundários dicotomicamente ramificados, 14-30 cm compr., os mais apicais até 4 cm compr.; eixos terciários com botões florais laxos, obovados. Brácteas como as folhas apicais. Bractéolas de lineares a ovadas, 2 X 0,5-1 mm. Flores hermafroditas de cupuliformes a infundibuliformes, 1,8-4,5 X 0,7-3 mm, tubulosas, gibosas; estames 1,8-3 mm compr., de exsertos a subexsertos; pistilo 1,8-2,5 mm compr.; estigma trífido, papiloso. Flores pistiladas cupuliformes, tubulosas, gibosas, 2-4,5 X 1,8-3 mm; pistilo 2-4 mm compr., com estigma trífido, papiloso; estaminódios insertos, 1,8-2 mm compr. Frutos piriformes, 1,5- 3,6 X 1-2 mm (excetuando-se as cerdas), de glabros a pubescentes, 6-costados, com cálice cerdoso, cerdas 10-15, conadas na base, de até 8 mm compr. (SILVA, 2018).CaracterísticaFloração / frutificaçãoFlores e frutos ao longo de todo o ano (SILVA, 2018).DispersãoHabitatFrequentemente encontrada em áreas sob distúrbio (matas secundárias) e capoeiras (SILVA, 2018).Distribuição geográficaDistribuição GeográficaOcorrências confirmadas:Norte (Amazonas, Pará)Nordeste (Bahia, Maranhão)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (CAPRIFOLIACEAE, 2019).EtimologiaReferência ao hábito escandente. Particípio presente do latim scando, scandere (SILVA, 2018).PropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaCAPRIFOLIACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB15096>. Acesso em: 07 Nov. 2019VILLAGRA, B. L. P.; NETO, S. R. Plantas trepadeiras do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (São Paulo, Brasil). Hoehnea 38(3): 325-384, 46 fig., 2011.