Nomes popularesPeriquita-roseta, sempre-viva, apaga-fogo, carrapichinho, alecrim-carrapinha, avaço, capotitaguá, carqueja-branca, corredeira, corrente, erva-de-botão, ervaço-de-boi, perpétua, perpétua-do-mato, praga-de-japonês, quebra-panela, quebra-panela-do-grande, quebra-panela-rasteiro, quebra-tijela, suspiroNome científicoAlternanthera tenella CollaSinônimosAlternanthera ficoidea (L.) P.Beauv.Alternanthera polygonoides (L.) R.Br.FamíliaAmaranthaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoErvas ou subarbustos, terrestres, eretos, decumbentes ou prostradas, ramos estoloníferos ou não, se estoloníferos então estolões até a metade basal, ramos até 0,5 m compr., caule não parenquimatoso aerífero, estrigoso, hirsuto, híspido, piloso, pubescente, viloso ou glabrescente, tricomas com 3–5 ou 5–7 células, 0,5–0,8 ou 1,5–2 mm compr., nós intercelulares espiculados, transparentes. Folhas membranáceas, pecioladas, pecíolos 0,3–1,5 cm compr., lâmina elíptica, linear, oval ou oboval, 1–6 × 0,3–3,5 cm, base equilateral ou oblíqua, atenuada ou aguda, ápice agudo, apiculado, broquidódroma, venação intercostal medianamente reticulada, concolores, verdes, estrigosas, hirsutas, híspidas, pilosas, pubescentes, vilosas ou glabrescentes em ambas as faces, tricomas simples, 3–5 ou 5–7 células, 0,5–0,8 ou 1,5–2 mm compr.. Inflorescência séssil, paracládios 1–2 eixos florais por verticilo, eixos capituliformes ou espiciformes, 0,4–0,7 cm compr.. Flores brancas, 2–3,2 mm compr., curto-pediceladas, bráctea e bractéolas diferentes entre si; bráctea oval ou elíptica, 1,2–2,5 mm compr., côncava, base aguda, margem inteira, ápice agudo, apiculado, nervura dorsal inconspícua, glabra dorsalmente; bractéolas ovais ou elípticas, 1,3–2,8 mm compr., côncavas ou amplo-naviculares, base aguda margem inteira, ápice agudo, apiculado, sem crista, glabra ou com tricomas esparsos, tricomas simples, sobre a nervura ou distribuídos na metade basal da bractéola; tépalas diferentes entre si, tépalas dorsais e ventral escariosas, tépalas laterais paleáceas, 3-nérvias, nervuras conspícuas, dorsais e ventral ovais, 2,1–3 mm compr., elípticas ou oblongas, 1,8–2,2 mm compr., tépalas dorsais e ventral com margem diferenciadas, esbranquiçadas e não paleácea, tépalas laterais com margem não diferenciada, canescentes ou vilosas nas laterais e entre nervuras das tépalas externas, tricomas simples, tépalas laterais em geral glabras; androceu com 5 estames, pseudoestaminódio acima da altura das anteras, raro na mesma altura ou um pouco abaixo, fimbriados, raro denteados, tubo estaminal 1,3–1,5 mm compr., anteras elípticas ou lineares, (0,2)0,8–1 mm compr., estigma capitado, viloso, estilete 0,3–0,5 mm compr., ovário elipsoide, 0,3–0,5 mm compr.. Fruto 2,5–4,5 mm compr., utrículo elipsoide, pericarpo sem projeções, 1,3–1,5 mm compr., semente elipsoide, foveolada (AMARANTHACEAE, 2019).CaracterísticaAlternanthera tenella possui grande variação morfológica no hábito e folhas. No entanto, pode ser reconhecida pela inflorescência séssil, pequena, esbranquiçada e flores com tépalas desiguais. A presença de tricomas pinóides pode ser constatada em plantas coletadas em áreas de caatinga; em outros ambientes, é mais freqüente encontrar plantas com tricomas simples (SENNA, 2010).Há registro no vernáculo popular a partir de diferentes usos da planta e de associações ou semelhanças, tanto em morfologia (na visão local e não científica) quanto em finalidades para todo o País. Foram encontrados os seguintes termos: Alecrin carrapicha (BAH 9149), apaga fogo (BAH 8632/UEC 26524/UEC 26919/BAH 7025/BAH 7099), avaço (ALCB 98373), capotitaguá (BAH 506), carqueja-branca (BAH 247/BAH 7025/BAH 7099), carrapichinho (ALCB 9524/BAH 93), corredeira (ALCB 31/MBM 230278), corrente, “se diz que a infusão desta planta é diurético” (BAH 247), erva de botão (BAH 9149), ervaço (BAH 4523/BAH 9174), ervaço branco (ALCB 5968), ervaço de boi (BAH 2115), mangericão (BAH 9149), perpétua (BAH 247/BAH 3839), perpétua do mato (BAH 3839/BAH 8632), praga de japonês (SP 268391), quebra panela (ALCB 5968), quebra panela do grande (RB 27704) (obs.: Esse exemplar tem muitas inflorescências juntas transmitindo uma aparência maior das inflorescências), quebra panela rasteiro (RB 27709), quebra-panela (INPA 935/MBM 101639), quebra-tigela (BAH 8632), suspiro (BAH 2811). Além da indicação como forrageira (BAH 194) e muito frequente na região de Itaberaba (AMARANTHACEAE, 2019).Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas: Norte (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima); Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe); Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso); Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina); Possíveis ocorrências: Norte (Amapá, Tocantins)Domínios Fitogeográficos: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, PantanalTipo de Vegetação: Área Antrópica, Caatinga (stricto sensu), Campinarana, Campo Limpo, Campo Rupestre, Carrasco, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Decidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Restinga, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos (AMARANTHACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFito químicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaAMARANTHACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB4304>. Acesso em: 20 Out. 2019SENNA, L.R.; GIULIETTI, A.M.; RAPINI, A. Flora da Bahia: Amaranthaceae - Amaranthoideae e Gomphrenoideae. SITIENTIBUS SÉRIE CIÊNCIAS BIOLOGICAS 10(1): 3-73. 2010. Disponível em: <http://www2.uefs.br/revistabiologia/pg10_n1.html>.