Nomes popularesPoaia-da-praia, poaiaNome científicoMitracarpus hirtus (L.) DC.SinônimosBorreria remotifolia DC.Diodia villosa Moc. & Sessé ex DC.Mitracarpus hirtus var. remotiflorus K.Schum.Mitracarpus pilosus A.Rich.Mitracarpus scaber Zucc. ex Schult. & Schult.f.Mitracarpus senegalensis DC.Mitracarpus simplex RusbyMitracarpus torresianus Cham. & Schltdl.Mitracarpus verticillatus (Schumach. & Thonn.) VatkeMitracarpus villosus (Sw.) DC.Mitracarpus villosus var. glabrior Oerst.Spermacoce cephalotes Willd. ex Roem. & Schult.Spermacoce declinata Pav. ex DC.Spermacoce gracilis Pohl ex DC.Spermacoce hirta Sw.Spermacoce villosa Sw.Staurospermum verticillatum Schumach. & Thonn.FamíliaRubiaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoErva 15-50(-70) cm. alt., ereta, ascendente ou decumbente. Caules cilíndricos, subtetrágonos a tetrágono-marginados, solitários ou com 1-7 ramificações laterais, às vezes apicalmente flexuosos, geralmente com manchas vináceo-púrpuras nos entrenós, híspido-vilosos nas margens, vilosos nas faces, ou densamente vilosos a glabrescentes. Bainha estipular 2-3 mm compr., glabra, com 5-9(-11) setas, 2-4 mm compr. Folhas opostas sem braquiblastos nas axilas, sésseis; lâminas (15-)20-30(-40) × (2)4-10(-12) mm, estreito-elípticas, agudo-mucronadas no ápice, atenuadas ou cuneadas na base, cartáceas, ciliadas na margem, denso-estrigosas, escabras a glabrescentes na face superior, denso-híspidas ao longo das nervuras, estrigosas a escabras até glabrescentes na face inferior; nervuras secundárias 3-4 pares. Ramos florais com (1-)2-3-(5) glomérulos terminais e axilares, 5-15 mm diâm., subtendidos por 2-4 brácteas foliáceas, patentes. Flores subsésseis, pedicelos ca. 0,5 mm compr. Hipanto obcônico, piloso na metade superior. Cálice com pares de lobos desiguais, os maiores 1,5-2 mm compr., lanceolados, ciliados nas margens e ao longo da nervura, os menores 1-1,2 mm compr., estreito- triangulares, ciliados. Corola (1,2-)2-3 mm compr., hipocrateriforme; tubo 1,4-2 mm compr., pubérulo-papiloso ou esparsamente piloso na metade superior externa, com anel ralo de tricomas moniliformes na região mediana interna. Estames sésseis, inseridos na fauce da corola; anteras ca. 0,4-0,5 × 0,2–0,3 mm. subelípticas, subinclusas. Estilete 1,5-2,2 mm compr., filiforme; ramos estigmáticos ca. 0,3–0,5 mm compr. Cápsulas 2–2,3 × ca. 1 mm, turbinadas, pilosas na metade superior; pedúnculo 1−1,2 mm compr. Sementes 0,6-0,8 × 0,5-0,6 mm, oblongoides ou subelipsoides, face dorsal sem depressões, exotesta fovéolo-reticulada; face ventral com encaixe em forma de “X” (MITRACARPUS, 2020).CaracterísticaMitracarpus hirtus apresenta folhas opostas, elípticas ou estreito-elípticas, de margens ciliadas, corola com tubo menor do que os maiores lobos do cálice, cápsulas pilosas no ápice e sementes sem depressões dorsais. Apresenta muitas variações fenotípicas no porte, na forma e no tamanho das folhas e densidade e qualidade do indumento. A grande variação inter e intrapopulacional levaram à publicação de alguns binômios, que refletem os diversos morfotipos encontrados dentro de sua faixa de distribuição. É o caso de M. diffusus, que representa um morfotipo com caules prostrados ou decumbentes e com corolas diminutas. Os caracteres da cápsula e das sementes são, entretanto, similares em todos os exemplares examinados, o que não justifica uma separação em nível de espécie (MITRACARPUS, 2020).Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatMitracarpus hirtus é uma planta heliófila até esciófila e não apresenta grandes preferências por condições físicas de solo. Habita margens de caminhos, capoeiras, orla de matas e áreas de cultivo e pastagens. Encontrada desde o nível do mar até 1500 m de altitude (MITRACARPUS, 2020).Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Pará, Tocantins)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco)Centro-Oeste (Distrito Federal, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, CerradoTipo de Vegetação Área Antrópica, Campo de Altitude, Cerrado (lato sensu), Savana Amazônica (MITRACARPUS, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaPlanta daninha pouco frequente. Ocorre no Brasil nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste. Infesta geralmente solos cultivados, pomares, pastagens e terrenos baldios (LORENZI, 2008).ComentáriosBibliografiaLORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: Terrestres, Aquáticas, Parasitas e Tóxicas. Instituto Plantarum. Nova Odessa, SP, 4ª ed. 2008. 672p. il.MITRACARPUS in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB38965>. Acesso em: 08 Jan. 2020.SOUZA, E. B.; CABRAL, E. L.; ZAPPI, D. C. Revisão de Mitracarpus (Rubiaceae – Spermacoceae) Para o Brasil. Rodriguésia 61(2): 319-352. 2010. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/rodrig61_2/13-093.pdf>.