Nomes popularesAmor-de-negro, mata-pasto, picão-da-praia, picão-da-prata, maroto, cordão-de-sapo, carrapicho-miúdo, chifrinho, carrapicho, carrapicho-rasteiro, carrapichinho, carrapicho-de-carneiro, retiranteNome científicoAcanthospermum australe (Loefl.) KuntzeSinônimosAcanthospermum xanthioides DC.FamíliaAsteraceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoErva prostrada, indumento constituído de tricomas tectores unisseriados, multicelulares e/ou tricomas glandulares sésseis ou estipitados, acastanhados ou alvos; ramos cilíndricos, vináceos, hirsutos, tricomas alvos. Lâmina foliar ovada ou deltóide, 2,0-2,5cm compr., 1,3-1,5cm larg., subcartácea, glabrescente, denso-glandulosa, ápice agudo a obtuso, base atenuada, margem serreada na metade superior, nervação acródroma; pecíolo 2,0- 3,5mm compr. Capítulos em cimas bracteadas, terminais ou axilares, pedúnculos 0,7-1,0cm compr., tomentosos, acastanhados; brácteas involucrais externas 5, ovadas a elípticas, 2,5- 3,5mm compr., 2,0-2,5mm larg., foliáceas a membranáceas, estrigoso-glandulosas, glabrescentes, ápice agudo a obtuso, margem ciliada, internas glandulosas, espinhos uncinados; páleas oblanceoladas, ca. 2,0mm compr., 0,5mm larg., escariosas, carenadas, margem inteira, fimbriada na porção apical. Flores do raio 5-8 (-9), corola tubulosa, 1,3- 1,5mm compr., ca. 0,5mm larg., esparso-glandulosa, tricomas estipitados, irregularmente 3- laciniada, lacínios glabros; ramos do estilete ca. 0,3mm compr., papilosos. Flores do disco 12-21, corola infundibuliforme, 2,0-2,3mm compr., tubo 0,5-0,7mm compr., ca. 0,2mm larg., piloso na região externa da fauce; limbo 1,5-1,6mm compr., ca. 1,0mm larg., glabro, lacínios ca. 0,5mm, glandulosos; anteras com apêndice ovado, base cordada; ramos do estilete clavados. Aquênios oblongo-fusiformes, 2,0-5,0mm compr., 1,5-2,0mm larg.; diásporo com espinhos uncinados. (SOUZA, 2007).CaracterísticaAcanthospermum australe pode ser diferenciada de A. hispidum por esta última apresentar capítulos sésseis e diásporos com espinhos eretos e apicalmente terminados por duas projeções eretas bem desenvolvidas (SOUZA, 2007).Floração / frutificaçãoFlores de janeiro a abril (BRINGEL, 2009).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Possíveis ocorrências:Norte (Acre, Amapá)Nordeste (Rio Grande do Norte)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, PantanalTipo de Vegetação Área Antrópica (GANDARA, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaBRINGEL, J.B.A.; CAVALCANTI, T.B. Heliantheae (Asteraceae) na Bacia do Rio Paranã (Goiás, Tocantins), Brasil. Rodriguésia 60 (3): 551-580. 2009. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rod/v60n3/2175-7860-rod-60-03-0551.pdf>.FERREIRA, S. C. CARVALHO-OKANO, R. M.; NAKAJIMA, J. N. A Família Asteraceae em um Fragmento Florestal, Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia 60 (4): 903-942. 2009. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/rodrig60_4/021-09.pdf>.GANDARA, A. Acanthospermum in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB103231>. Acesso em: 31 ago. 2020.GANDARA, A.; ALVES, M.; ROQUE, N. Flora da Bahia: Asteraceae – Tribo Millerieae. Sitientibus série Ciências Biológicas 16. 2016. Disponível em <https://www.researchgate.net/publication/304906653_Flora_da_Bahia_Asteraceae_-_Tribo_Millerieae>.SOUZA, F. O. Asteraceae no Parque Estadual da Ilha do Cardoso, Cananéia, SP. Dissertação de Mestrado. Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente. 2007. 159p. il. Disponível em: <http://www.biodiversidade.pgibt.ibot.sp.gov.br/teses_dissert/FatimaOSouza2007.pdf>.