Alchornea sidifolia

Nomes popularesTanheiro, tapiá-guaçu, tapiá, canela-raposa, tamanqueiro, ubicurana, urmurana, urucurana, tapiá-guaçu, iricurana, tapiá-iricuranaNome científicoAlchornea sidifolia Müll.Arg.SinônimosAlchornea columnularis Müll.Arg.Alchornea pycnogyne Müll.Arg.FamíliaEuphorbiaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbustos ou árvores dióicos; 3‑14 m alt.; indumento de tricomas estrelados, ramos densamente velutinos. Folhas actinódromas basais à suprabasais, com 3 nervuras principais, a central com 5(‑6) nervuras secundárias; estípula ausente ou caduca; pecíolo cilíndrico, denso velutino, 2‑19 cm compr.; lâmina 6‑25 × 6‑23 cm, deflexa, oblonga, cordada, ovalada, orbicular ou elíptica, cartácea, margem serreada e ciliada, ápice cordado, cuspidado, cuneado, retuso, mucronado ou arredondado, base curvex, arredondada ou emarginada, face adaxial pubescente, face abaxial velutina; glândulas 9(‑28) na base; domácias obstruídas. Inflorescência estaminada em panícula, axilar, 17‑25 cm compr.; raque cilíndrica; flores estaminadas pediceladas, pedicelo 1‑3 mm; cálice 2‑4‑lobado glabrescente a glabro; estames (6‑)8(‑13) formando estrutura discóide. Inflorescência pistilada em espiga ou panícula, axilar, 5,5‑16 cm compr.; flores pistiladas sésseis; cálice gamossépalo, com lobos recobrindo o ovário, 4‑lobado, 2‑4 mm compr., tomentoso; ovário subgloboso, tomentoso, 0,8‑1,5 × 1,5-2 mm, 2‑3‑locular; estiletes 2(‑3), glabros internamente e pilosos externamente. Fruto 0,5-1 × 0,6‑0,8 cm, pubescente, rugoso; sementes (1‑)2, ca. 0,5 × 0,5 mm, ovais, levemente muricadas, crustáceas e vermelhas (SANTOS, 2015).CaracterísticaA espécie é de fácil reconhecimento por apresentar folhas deflexas (recurvadas), conferindo a árvore um aspecto de "planta murcha". Na mata é representada por árvores altas de troncos e copas vigorosos ou, algumas vezes, arvoretas nas orlas e capoeiras. Pode ser facilmente encontrada no estado de São Paulo, mesmo na área urbana (Secco 2004) (FARIAS, 2019).Floração / frutificaçãoFoi coletada com flores de setembro a dezembro e com frutos em novembro (SANTOS, 2015).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Decidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (FARIAS, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaCatálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 830 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol2.pdf>.FARIAS, S.Q. Alchornea in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB35652>. Acesso em: 16 Dez. 2019PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.SANTOS, R.F.; CARUZO, M.B.R. Sinopse da tribo Alchorneae (Euphorbiaceae) no Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea 42(1): 165-170, 1 fig., 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/hoehnea/v42n1/0073-2877-hoehnea-42-01-0165.pdf>.

Alchornea triplinervea

Nomes popularesTapiá, amorão, capuva, copaíba, cupuva, folha-de-bolo, óleo, óleo-amarela, óleo-branco, óleo-copaíba, óleo-preto, pau-óleo, tanheiro, tapiá-guaçú, tapiguaçú, tinteiro, tinteito, tapiá-mirim, boleiro, caixeta, guaçatunga, amorão, tamanqueiro, pau-de-tamanco, pau-de-tanho Nome científicoAlchornea triplinervea (Spreng.) Müll. Arg.SinônimosAlchornea acroneura Pax & K.Hoffm.Alchornea brevistyla Pax & K.Hoffm.Alchornea glandulosa var. parvifolia Benth.Alchornea intermedia Klotzsch ex Benth.Alchornea nemoralis var. intermedia Baill.Alchornea janeirensis Casar.Alchornea nemoralis Mart.Alchornea nemoralis var. janeirensis (Casar.) Baill.Alchornea nemoralis var. lanceolata Baill.Alchornea nemoralis var. major Müll.Arg. ex Pax & K.Hoffm.Alchornea nemoralis var. parvifolia Baill.Alchornea nemoralis var. psilorhachis Baill.Alchornea nemoralis var. rotundifolia Baill.Alchornea obovata Pax & K.Hoffm.Alchornea parvifolia Miq.Alchornea psilorhachis Klotzsch ex Benth.Alchornea rotundifolia Moric. ex Baill.Alchornea triplinervia var. boliviana Pax & K.Hoffm.Alchornea triplinervia var. crassifolia Müll.Arg.Alchornea triplinervia var. genuina Müll.Arg.Alchornea triplinervia var. iricuranoides Chodat & Hassl.Alchornea triplinervia var. janeirensis (Casar.) Müll.Arg.Alchornea triplinervia var. laevigata Müll.Arg.Alchornea triplinervia var. lanceolata (Baill.) Müll.Arg.Alchornea triplinervia var. nemoralis (Mart.) Pax & K.Hoffm.Alchornea triplinervia var. parvifolia (Miq.) Müll.Arg.Alchornea triplinervia var. tomentella Müll.Arg.Alchornea triplinervia var. trinitatis L.RileyAntidesma guatemalensis LundellAntidesma triplinervium Spreng.Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll.Arg. var. triplinerviaFamíliaEuphorbiaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoÁrvore dióica, inerme de 10 a 20 m de altura, com copa larga, densa, perenifólia a semi persistente, de folhagem verde-escura, Possui geralmente tronco tortuoso, de até 1 m de diâmetro, com casca externa acinzentada a cinza-rosada, áspera com fissuras pequenas, e pouco profundas e casca interna fibrosa, cor marrom-rosada. Suas folhas são simples, alternas, longamente pecioladas, com limbo coriáceo de formato elíptico ou arredondado. Possuem estípulas, 3 nervuras basais, 4 a 8 nervuras secundárias, 2 a 4 glândulas translúcidas na base, margem denteada, ápice e base agudos, medem de 4 a 12 cm de comprimento por 3 a 8 cm de largura. São notavelmente discolores, verde-escuras com nervuras impressas na face adaxial e verde-claras com nervuras salientes e pilosas na abaxial. As flores são pequenas (até 3 mm), amarelas, agrupadas em racemos axilares de até 20 cm de comprimento, solitários ou aos pares. Os frutos são cápsulas arredondadas, carnosas, de até 1 cm de comprimento, coloração verde-escura, contendo 2 sementes castanhas, de 3 a 6 mm de comprimento (MARQUES, 2007, p. 81).CaracterísticaA espécie pode ser reconhecida pelo hábito arbóreo, com ramos tortuosos, folhas com lâminas planas, de tamanhos e formas variadas com 2-6 glândulas conspícuas na base, nervura palmatinérvea, inflorescência em racemos ou panículas axilares, presença de tricomas estrelados no centro do androceu e frutos bicocas (FARIAS, 2019).Floração / frutificaçãoFloresce de setembro a novembro e frutifica de dezembro a março.DispersãoZoocóricaHabitatAmazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, na Floresta Ombrófila Densa e Estacional Semidecidual. Planta perenefólia, heliófila, pioneira e praticamente indiferente às condições físicas do solo. É característica da floresta pluvial atlântica que sofreu interferência do homem, sendo pouco comum nas florestas climácicas e abundante nas capoeiras (MARQUES, 2007, p. 81).Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima)Nordeste (Bahia, Pernambuco)Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Caatinga (stricto sensu), Campo Limpo, Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta de Terra Firme, Floresta de Várzea, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Restinga, Savana Amazônica (FARIAS, 2019).Etimologiatriplinervia refere-se à venação das folhas, com 3 nervuras evidentes partindo da base das folhas.PropriedadesFitoquímicaFlavonóides e alcalóides encontrados no extrato foliar apresentam atividade anti-ulcerogênica. Foram encontrados na casca alcalóides, saponinas e taninos em pequenas quantidades.FitoterapiaFitoeconomiaA madeira é mole, de cor verde-clara, pode ser utilizada em marcenaria e carpintaria para uso em áreas cobertas, como frontais de casa, caixotaria e forro. É planta melífera. É recomendada para plantio em áreas de restauração de mata fluvial com ou sem inundação, ou áreas de recomposição de mata nativa, pois os frutos servem de alimento para espécies da fauna, como o macaco-bugio e várias espécies de aves, que consomem o arilo vermelho que envolve as sementes, outro uso da espécie é como poleiro para dispersores de sementes.InjúriaComentáriosA semente é do tipo recalcitrante, para a quebra de dormência é necessário a imersão em água quente (antes da fervura), mantendo-as até que a água atinja a temperatura ambiente. No campo a espécie possui crescimento rápido.BibliografiaCatálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 2 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 830 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol2.pdf>.CERVI, A. C. et al. Espécies Vegetais de Um Remanescente de Floresta de Araucária (Curitiba, Brasil): Estudo preliminar I. Acta Biol. Par., Curitiba, 18(1, 2, 3, 4): 73-114. 1989. Disponível em: <http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/acta/article/view/789/631>.FARIAS, S.Q. Alchornea in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB35652>. Acesso em: 16 Dez. 2019LOPES, S. B.; GONÇALVES, L. Elementos Para Aplicação Prática das Árvores Nativas do Sul do Brasil na Conservação da Biodiversidade. Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Rio Grande do Sul, 2006. 18p. Disponível em: <http://www.fzb.rs.gov.br/jardimbotanico/downloads/paper_tabela_aplicacao_arvores_rs.pdf>.MARQUES, T. P. Subsídios à Recuperação de Formações Florestais Ripárias da Floresta Ombrófila Mista do Estado do Paraná, a Partir do Uso Espécies Fontes de Produtos Florestais Não-madeiráveis. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2007. 244p. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/14027/1/disserta%C3%A7%C3%A3o%20Themis%20Piazzetta%20Marques%20PDF.pdf>.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.PRUDENCIO, M; CAPORAL, D.; FREITAS, L. A. Espécies Arbóreas Nativas da Mata Atlântica: Produção e Manejo de Sementes. Projeto Microbacias II. São Bonifácio, 2007. 17p. Disponível em: <http://www.microbacias.sc.gov.br/abrirConsultaGeral.do>.ZUCHIWSCHI, E. Florestas Nativas na Agricultura Familiar de Anchieta, Oeste de Santa Catarina: Conhecimentos, Usos e Importância; UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2008. 193p. il. Disponível em: <http://www.tede.ufsc.br/tedesimplificado/tde_arquivos/44/TDE-2008-06-17T142512Z-287/Publico/dissertacao_Elaine.pdf>.