Nomes popularesPixiricaNome científicoLeandra australis (Cham.) Cogn.SinônimosLeandra atropurpurea Cogn.Leandra atro-purpurea Cogn.Leandra australis var. angustifolia Cogn.Leandra australis var. phaeotricha (Naudin) Cogn.FamíliaMelastomataceaeNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoSubarbustos a arbustos, 0,5-3,0 m alt. Ramos jovens cilíndricos, com indumento estrigoso a hirsuto, tricomas 3,0-4,5 mm compr., e estrelado, ambos moderado a denso. Folhas com pecíolos 0,8-2,4 cm compr.; lâmina 6,5-10,5 X 3,0-6,0 cm, membranácea, oval, ápice agudo a acuminado, margem denticulada, base obtusa, nervuras 5 a 5+2 basais a curtamente suprabasais; face adaxial com indumento estrigoso, moderado a denso, tricomas 2,0-3,3 mm compr., face abaxial com indumento pubescente, esparso a moderado, tricomas 1,5-2,0 mm compr., e estrelado, moderadamente denso. Panículas 10,5-16,5 X 4,5-8,5 cm; brácteas 2,0-4,3 X 0,6-1,0 mm, lineares a lanceoladas, ápice aristado; bractéolas 0,8-1,5 X 0,4-0,6 mm, oblongas a lanceoladas, ápice aristado. Flores 5-meras, hipanto 3,5-4,3 X 2,0-3,0 mm, campanulado, indumento hirsuto, moderado, e estrelado, esparso; cálice com tubo 0,3-0,5 mm compr., lacínias internas 1,0-1,5 mm compr., triangulares, ápice agudo, lacínias externas 2,3-3,0 mm compr., lineares, ápice aristado; pétalas 3,3-4,3 X 1,0-1,4 mm; estames 10, com conectivo 2,5-3,8 mm compr., dorsalmente espessado, inapendiculado; antera 2,5-3,8 mm compr., amarela; ovário 1,8-2,6 X 1,3-1,7 mm, 3-locular, ápice glabro, estilete 7,0-10,0 mm compr., glabro. Frutos 5,0-6,0 X 4,0-4,5 mm, 150-300 sementes, 1,0-1,2 X 0,5-0,7 mm, piramidais a reniformes (CAMARGO, 2008, p. 42).CaracterísticaAs plantas de L. australis são arbustos pequenos, comuns em beira de estradas, caminhos e trilhas, e possuem folhas ovais com uma coloração verde escura característica, e venação basal ou curtamente suprabasal. As inflorescências possuem indumento vermelho escuro a nigrescente, e flores com corola alva e estames amarelos. Pode ser confundida com L. xanthocoma, que difere pelos estames maiores (anteras com até 5,0 mm compr.) e ovário com 4 lóculos (CAMARGO, 2008, p. 43).Floração / frutificaçãoFloresce e frutifica praticamente o ano todo.DispersãoZoocóricaHabitatPlanta heliófita, ruderal, desenvolvendo-se em orla de matas e capoeirasDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Campo Limpo, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Restinga (LEANDRA, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaOs frutos maduros são ricos em antocianinas, que são um importante composto alimentar.FitoterapiaFitoeconomiaOs frutos são comestíveis, e popularmente chamados de tinge-língua, por causa da coloração roxo-escura dos frutos. Os frutos também servem para o fabrico de geléias, sucos, sorvetes, licores e polpa congelada.InjúriaComentáriosNeste trabalho, estamos considerando L. australis var. angustifolia e var. phaeotricha sinônimos de L. australis, uma vez que as características diagnósticas de ambas variedades (Cogniaux: 162) não possibilitam distingui-las como táxons autônomos (LEANDRA, 2020).BibliografiaCAMARGO, E. A. O Gênero Leandra, seções Carassanae, Niangae e Secundiflorae (Melastomataceae) no Paraná. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2008. 70p. il. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/rodrig60_3/037-08.pdf>.CERVI, A. C. et al. Espécies Vegetais de Um Remanescente de Floresta de Araucária (Curitiba, Brasil): Estudo preliminar I. Acta Biol. Par., Curitiba, 18(1, 2, 3, 4): 73-114. 1989. Disponível em: <http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/acta/article/view/789/631>.CITADINI-ZANETTE, V.; BOFF, V. P. Levantamento Florístico em Áreas Mineradas a Céu Aberto na Região Carbonífera de Santa Catarina, Brasil. Florianópolis. Secretaria de Estado da Tecnologia, Energia e Meio Ambiente. 1992. 160p.KINUPP, V. F. Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre. Tese de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. 590p. il. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/12870>.LEANDRA in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB9506>. Acesso em: 06 Jan. 2020.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.