Nomes popularesTrapoeraba, erva-de-santa-luzia, rabo-de-cachorro, andaca, maria-mole, santa-luziaNome científicoCommelina erecta L.SinônimosAnanthopus undulatus (R.Br.) Raf.Commelina aethiopica C.B.ClarkeCommelina angustifolia Michx.Commelina auriculata E.May.Commelina bahiensis LinkCommelina bainesii C.B.ClarkeCommelina crispa WootonCommelina deficiens Herb.Commelina elegans KunthCommelina elegans var. glabriuscula Seub.Commelina elegans var. hirsuta Standl.Commelina ensifolia F.Muell.Commelina erecta var. angustifolia (Michx.) FernaldCommelina erecta var. glochidea (K.D.Koenig ex C.B.Clarke) BhargavanCommelina erecta var. greenei FassettCommelina erecta var. typica FernaldCommelina gerrardii C.B.ClarkeCommelina guineensis HuaCommelina hirsuta Willd. ex Spreng.Commelina kurzii var. glochidea K.D.Koenig ex C.B.ClarkeCommelina martiana Seub.Commelina pohliana Seub.Commelina saxicola SmallCommelina setosa Wight ex Wall.Commelina sulcata LinkCommelina undulata var. densivestita DominCommelina venusta C.B.ClarkeCommelina villosa (C.B.Clarke) C.B.Clarke ex Chodat & Hassl.Commelina virginica var. angustifolia (Michx.) C.B.ClarkeCommelina virginica var. australis C.B.ClarkeCommelina virginica var. massonii C.B.ClarkeCommelina virginica var. villosa C.B.ClarkeCommelina vogelii C.B.ClarkeCommelina erecta L. subsp. erectaFamíliaCommelinaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoErva, ca. 0,2-1,0m alt. Caule ereto a decumbente, ramificado, glabro, pubescente, ou com faixa longitudinal velutina. Folhas sésseis ou pecioladas, 3,8-10,9cm X 1,1- 2,5cm, lâminas lanceoladas ou oblongas, glabras na face abaxial e hirsutas na face adaxial ou hirsutas em ambas as faces, base atenuada, ápice rostrado, margem lisa, glabra. Bainha 0,7-3,2cm X 0,2-0,7cm, glabra ou pubescente, margem lisa, vilosa. Espata peciolada, pecíolo 0,3-0,5cm compr., 1,4-2,1cm X 0,8-1,1cm, oval, solitária ou agrupadas em 2-5, ápice agudo, glabra, levemente pubescente ou vilosa, margem lateral conada, lisa, glabra ou vilosa. Inflorescência com 3 ou 4 flores, pedunculada, pedúnculo 0,8cm comp., ereto, pubescente; flores pediceladas, pedicelos 0,1-3,5cm compr., glabros; sépala dorsal uma, 4,0mm X 1,2mm, cimbiforme, ápice agudo, glabra, margem lisa, glabra, sépalas ventrais duas, unidas até a terça parte, 4,0mm X 3,0mm, obovais, ápice agudo, glabras, margem lisa, glabra; pétalas três, duas maiores, 7,5mm X 6,1mm, reniformes, ungüiculadas, ápice arredondado, azuis, uma menor, inconspícua, 5,0mm X 1,0mm, elíptica, ápice agudo, alvescente; estames três, ventrais, duas laterais, filetes 7mm compr., anteras 1,7-2,2mm X 0,8-1,3mm, elípticas, amarelas, rimosas, basifixas, uma central, filete 6,5mm compr., antera 1,5mm X 1,8mm, sagitiforme, incurvada, amarela, rimosa, basifixa; estaminódios três, dorsais, filetes 4,0mm compr., anteróides 1,0-2,0mm X 0,5-1,5mm, tetralobados, amarelos; ovário 1,3mm X 0,6mm, oval, glabro ou com tricomas esparsos, três ou dois lóculos, quando dois, um não desenvolvido, estilete 6mm compr., alvo ou arroxeado, estigma trilobado. Fruto 5,8mm X 3,2mm, oboval, sépalas persistentes, glabro. Semente 5,0mm X 1,5mm, elípticas (MAIA, 2006, p. 51).CaracterísticaFloração / frutificaçãoFloresce e frutifica durante o ano todo, exceto no inverno, nos meses de junho a agosto, quando as partes aéreas morrem, brotando novamente no início da primavera (MAIA, 2006).DispersãoHabitatPlanta heliófita ou higrófila, em matas ciliares, solos arenosos, campos limpos, campos rupestres, banhados, e principalmente infestando terrenos baldios e beiras de barrancos de áreas cultivadas.Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, PantanalTipo de Vegetação Área Antrópica, Caatinga (stricto sensu), Campo Limpo, Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Restinga, Vegetação Aquática, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos (AONA, 2019).EtimologiaDo latim erectus, devido ao porte predominantemente ereto da planta.PropriedadesFitoquímicaPossui atividade sobre microorganismos Gram-positivos e Gram-negativos.FitoterapiaC. erecta é utilizada em várias regiões do país devido às suas propriedades medicinais como diurética e anti-reumática (maia, 2006).FitoeconomiaÉ ocasionalmente usada como ornamental. Tanto as folhas jovens e ramos tenros, como as raízes carnosas são comestíveis, podendo ser consumidos cozidos ou transformados em pães, bolos, bolinhos fritos, suflês ou saladas. É também uma boa espécie forrageira, podendo ser usada pala a alimentação de suínos, aves, coelhos, porquinhos-da-índia e outros animais herbívoros.InjúriaPlanta daninha infestante de pomares, lavouras e terrenos baldios.ComentáriosBibliografiaACEVEDO-RODRÍGUEZ, P.; STRONG, M. T. Monocotyledons and Gymnosperms of Puerto Rico and the Virgin Islands. Smithsonian Institution. Contributions from the United States National Herbarium. Volume 52: 1-415. 2006. il. Disponível em: <http://botany.si.edu/Antilles/PRFlora/monocots/vol52web.pdf >.AONA, L.Y.S.; Amaral, M.C.E. Commelina in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16912>. Acesso em: 01 Dez. 2019Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 1 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 875 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol1.pdf>.CHAVES, E. Composição Florística e Descrição Morfológica das Espécies Herbáceo-arbustivas de Uma Mata de Galeria em Alto Paraíso, Goiás, Brasil. Universidade de Brasília, Departamento de Botânica. Brasília, DF, 2006. 126p. il. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=119541>.KINUPP, V. F. Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre. Tese de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. 590p. il. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/12870>.LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: Terrestres, Aquáticas, Parasitas e Tóxicas. Instituto Plantarum. Nova Odessa, SP, 4ª ed. 2008. 672p. il.MAIA, D. C. Estudo Taxonômico dos Gêneros Commelina L. e Dichorisandra J. C. Mikan (Commelinaceae), no Estado do Paraná, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2006. 115p. il. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/7052>.