Eriobothrya japonica

Nomes popularesAmeixeira-amarela, ameixa, ameixa-do-japão, ameixa-japonesa, nêspera, nespereiraNome científicoEriobothrya japonica (Thunb.) Lindl.SinônimosMespilus japonica Thunb.FamíliaRosaceaeTipoNaturalizadaDescriçãoÁrvores 3-6 m alt., bastante ramificada. Folhas concentradas no ápice dos ramos, oblongas a elípticas ou oblanceoladas, base cuneada, ápice obtuso, agudo a acuminado, margem curto e esparço denteada, 15-26 x 5-7 cm, face adaxial glabrescente, adaxial denso lanosa a tomentosa, glabrescente quando velhas; duas estípulas unidas. Panículas curtas formadas por racemos, pedúnculos e pedicelos curtos. Pétalas 5 (6) espatuladas ou obovadas, de margem irregular. ovário ínfero, 5-locular, estiletes quase livres, piloso na base. Frutos ovoides a elipsoides, ca. 6 cm compr., amarelo a alaranjado, indumento velutino, suculento, endocarpo membranoso, 2-3 sementes, glabras, lisas (BIANCHINI, 2019).CaracterísticaFloração / frutificaçãoDispersãoZoocóricaHábitatAmazônia e Mata Atlântica.Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Pará, Tocantins)Nordeste (Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, PampaTipo de Vegetação Área Antrópica, Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (BIANCHINI, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaComposição por 100 g de parte comestível: Calorias, nutrimentos e minerais. Calorias 44, Proteínas 0,2(g), Lipídios 0,6(g), Glicídios 10,7(g), Fibra 0,8(g), Cálcio 18(mg), Fósforo 14(mg), Ferro 0,8(mg). Composição por 100 g de parte comestível: Vitaminas: Vitamina B1 0,02(mg), Vitamina B2 0,05(mg), Niacina 0,3(mg), Vitamina C 10(mg) (TABELAS, 1999).FitoterapiaOs frutos servem para o preparo de um xarope utilizado para combater a tosse, e para baixar a pressão arterial. Os índios Guarani utilizam-se desta planta para tratamento das dores de ouvido, chamando-a de nhambi kue, pois as gemas apicais assemelham-se ao lóbulo da orelha.FitoeconomiaEspécie esporadicamente utilizada como ornamental frutífera em jardins e pomares caseiros. Os seus frutos são muito apreciados por várias espécies de pássaros, como sanhaços e tucanos, os quais são os responsáveis pela ampla dispersão da espécie nas matas.InjúriaÉ considerada planta invasora de alta invasividade, o que é facilmente verificável, pois em matas secundárias esta espécie é muito freqüente.ComentáriosSegundo Kalkman (1993) esta espécie tem origem na China, cultivada no Japão por muitos anos e atualmente cultivada em toda a região tropical e subtropical devido seus frutos adocicados e suculentos (BIANCHINI, 2019).Os frutos são muito apreciados por várias espécies de pássaros, como tucanos, periquitos e papagaios.BibliografiaBIANCHINI, R.S. Rosaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB87434>. Acesso em: 03 Dez. 2019KOCH, V. Estudo Etnobotânico das Plantas Medicinais na Cultura Ítalo-brasileira no Rio Grande do Sul – Um Modelo Para o Cultivo Comercial na Agricultura Familiar. Tese de mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2000. 152p. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/1814>.OLIVEIRA, D. Nhanderukueri Ka’aguy Rupa – As Florestas que Pertencem aos Deuses. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2009. 182p. il. Disponível em: <http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=4402&lang=>.PAIVA, C. L.; SANTOS, A. C. F. Taperas e Suas Plantas: Etnobotânica dos Antigos Assentamentos Humanos. Diálogos, DHI/PPH/UEM, v. 10, n. 3, p. 33-53, 2006. Disponível em: <http://www.uem.br/dialogos/index.php?journal=ojs&page=article&op=view&path[]=81>STURTEVANT, E. L. Edible Plants of The World. Edited by U. P. HEDRICK. The Southwest School of Botanical Medicine. 775p. Disponível em: <http://www.swsbm.com/Ephemera/Sturtevants_Edible_Plants.pdf>. TABELAS de Composição de Alimentos – ENDEF. 5ª ed.; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; Rio de Janeiro, 1999. 137p. Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20-%20RJ/Tabela%20de%20Composicao%20de%20Alimento-ENDF.pdf>.