Portulaca oleracea

Nomes popularesBeldroega, bredo-de-porco, capanga, ora-pro-nobis, porcelana, salada-de-negroNome científicoPortulaca oleracea L.SinônimosPortulaca marginata KunthPortulaca neglecta Mack. & BushPortulaca oleracea subsp. sylvestris Thell.Portulaca oleracea var. opposita Poelln.Portulaca pusilla Kunth.Portulaca retusa Engelm.Portulaca oleracea var. granulatostellulata Poelln.Portulaca oleracea var. macrantha EggersPortulaca oleracea var. micrantha EggersPortulaca oleracea var. parvifolia (Haw.) Griseb.Portulaca parvifolia Haw.Portulaca poellnitziana D.LegrandFamíliaPortulacaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoPlanta herbácea, prostrada, carnosa, sublenhosa na base, ramosa com caules curtos, lisos, às vezes avermelhadas. Folhas alternas ou subopostas, carnosas, planas, obovais-cuneiformes ou espatuladas, no ápice obtusas, muito variáveis de tamanho, até 40 mm de comprimento e 15 mm de largura. Flores terminais, amarelas ou vermelhas, grandes, com brácteas membranosas, pequenas, ovais e acuminadas. Fruto cápsula oboval com sementes pretas, opacas e verrucosas (PLANTAS MEDICINAIS, 2001).CaracterísticaFloração / frutificaçãoDispersãoZoocóricaHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, PampaTipo de Vegetação Área Antrópica, Caatinga (stricto sensu), Campo de Várzea, Campo Limpo, Carrasco, Restinga (PORTULACACEAE, 2019).EtimologiaO nome do gênero Portulaca deriva de portula, diminutivo de “porta”, referindo-se às propriedades purgativas da planta.PropriedadesFitoquímicaEnergia (kcal) 20; Proteína 1,60(g), Lipídios 0,40(g), Cálcio 140,00(mg), Fósforo 493,00(mg), Ferro 3,25(mg), Retinol 250,00(mcg), Vitamina B1 20,00(mg), Vitamina B2 100,00(mg), Niacina 0,50(mg), Vitamina C 26,80(mg)FitoterapiaA beldroega também possui propriedades medicinais, e é utilizada nas afecções urinárias, hepáticas, em queimaduras, oftalmias(o suco das folhas), diurética(folha, caule), úlceras, galactogoga, febrífuga, mucilaginosa, leucorréia, hemorróidas, erisipela, cólicas renais e como vermífuga. Emplastos da folha verde são usados no tratamento da mastite, furúnculos, feridas e impetigo. Também é utilizada como tratamento auxiliar nas picadas de animais peçonhentos. As folhas mastigadas e deglutidas são usadas contra úlceras e dores de barriga.FitoeconomiaO caule e as folhas são crocantes e têm sabor agridoce. Na culinária, é usada quase que totalmente, com exceção das raízes. Utilizada na forma de saladas cruas, com limão, sal e azeite de oliva, ou como acompanhamento de peixe. Os talos e folhas, quando adicionados no preparo de sopas, caldos e ensopados, dão consistência cremosa ao preparado. Também podem ser utilizadas em sucos ou refogadas como hortaliças. O uso como salada, no entanto, não deve ser excessivo, pois as plantas podem acumular oxalatos em níveis tóxicos.InjúriaÉ uma planta invasora de solos cultivados, pomares, jardins, hortas, viveiros e cafezais, sendo indicadora de solos férteis. Reproduz-se através de sementes, folhas ou fragmentos do caule. Nasce em qualquer solo e é resistente às mais extremas mudanças de ambiente.ComentáriosReceitaSalada de beldroegaIngredientes1 prato de folhas de beldroega, sal, alho socado, pimenta-do-reino, limão e azeite de olivaModo de fazerLave bem as folhas de beldroega e deixe escorrer; coloque em uma travessa e regue com o molho feito com os temperos acima enumerados.BibliografiaALIMENTOS REGIONAIS BRASILEIROS. Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Brasília, DF, 2002. 141 p. il. Disponível em: <http://dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livros/pdf/05_1109_M.pdf>.Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 2 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 830 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol2.pdf>.DI STASI, L. C.; HIRUMA-LIMA, C. A. 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