Sócrates

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Esta é a equação Socrática, que quer dizer que o bem é igual ao útil. Ou seja, as pessoas fazem o bem por interesse próprio, porque é o que vai levá-las a felicidade.

Sócrates queria que as pessoas se desenvolvessem na virtude. A virtude é um agir ótimo, é procurar fazer o bem, que é o correto, o ideal. As coisas são virtuosas a medida que elas fazem bem as coisas para as quais elas foram feitas.

A virtude da alma é a sabedoria, que é o que a aproxima de Deus. A sabedoria tem haver com humildade intelectual e não com a quantidade de saber. Sócrates se achava mais sábio porque pelo menos sabia que nada sabia. O importante para a sabedoria é o que você faz, não é o que você sabe. A sabedoria modifica o ser e purifica a alma de forma que seus objetivos fiquem mais fácil de serem atingidos.

Ou seja, o que há de comum entre todas as virtudes é a sabedoria, que, segundo Sócrates, é o poder da alma sobre o corpo, a temperança ou o domínio de si mesmo. Permitindo o domínio do corpo, a temperança permite que a alma realize as atividades que lhe são próprias, chegando a ciência do bem. Para fazer o bem, basta, portando, conhecê-lo. Todos os homens procuram a felicidade, quer dizer, o bem, e o vício não passa de ignorância, pois ninguém pode fazer o mal voluntariamente.

Para Sócrates, a filosofia vem de dentro para fora e sua função é despertar o conhecimento, ou seja, o Auto-conhecimento, pois a verdade está dentro de cada um. Para conhecer a si mesmo é preciso conhecer o outro. A alma do outro é como se fosse o espelho da própria alma. Por meio da comparação com o olho, Platão utiliza o método indireto da auto-observação (método da introspecção).

O conhecer-te a ti mesmo, que era, na inscrição de Delfos (onde Sócrates foi proclamado o mais sábio), uma advertência ao homem para que reconhecesse os limites da natureza humana, tem dois significados : Ter a consciência da condição humana, não tentar ser mais do que é para os homens serem, não tentar ser Deus, não ser arrogante, devendo os limites do homem serem respeitados para que se viva bem, ou seja, a consciência da seriedade e gravidade dos problemas, que impede toda presunção de fácil saber e se afirma como consciência inicial da própria ignorância; E, o conhecimento interior, para o grego, é conhecer o que permanece oculto, isto é, as coisas divinas eternas, o que as pessoas nem sabem que podem ser. Ou seja, é necessário conhecer o mundo para conhecer a si mesmo.

O conhecimento da própria ignorância não é a conclusão final do filosofar, mas o seu momento inicial e preparatório.

É preciso um caminho indireto, como a ironia (método de ensino de Sócrates), porque o caminho para o conhecimento interior é individual a cada um.

A Ironia possui duplo aspecto : a refutação e a maiêutica. Através da refutação, Sócrates faz uma cadeia de raciocínio para provar que a base do que o outro está pensando está errada. Levava ao ridículo homens considerados sábios.

O emprego da refutação para libertação do espírito é de origem eleática. Sócrates tira-a de Zenão, que é o criador. Procurava na filosofia o melhor caminho da libertação das almas do erro, do pecado e da condenação ao ciclo de nascimento.

A refutação faz parte da maiêutica, que é a arte de Sócrates projetar idéias, fazer nascer a verdade. Através da maiêutica, Sócrates fingia ser capaz unicamente de interrogar, mas não de ensinar alguma coisa, mas levava o interlocutor, mediante uma série de perguntas habilmente formuladas, a tomar consciência da própria ignorância e a confessá-la.

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Sócrates foi o primeiro dos grandes filósofos gregos. Nasceu em Atenas em 470 a C. e morreu em 399 a.C. Com o desenvolvimento das cidades (polis) gregas, a vida em sociedade passa a ser uma questão importante. Sócrates vive em Atenas, que é uma cidade de grande importância, nesse período de expansão urbana da Grécia, por isso, a sua preocupação central é com a seguinte questão: como devo viver? Para descobrir a maneira como se deve viver Sócrates interroga seus interlocutores. Toda a sua filosofia é exposta em diálogos críticos com seus interlocutores. O conteúdo dos diálogos chegou até nós por meio de seus discípulos, especialmente de Platão, pois Sócrates não deixou nada escrito. Sócrates acredita que para viver bem (de acordo com a virtude) é preciso ser sábio. Mas, como atingir a sabedoria? Para Sócrates a sabedoria é fruto de muita investigação que começa pelo conhecimento de si mesmo. Segundo ele, deve-se seguir a inscrição do templo de Apolo: conhece-te a ti mesmo. Para Sócrates, este é o início de toda sabedoria.À medida que o homem se conhece bem, ele chega à conclusão de que não sabe quase nada. Para ser Sábio, é preciso confessar, com humildade, a própria ignorância. Só sei que não sei, repetia sempre Sócrates. Por meio da ironia, levando o interlocutor a cair em contradição, Sócrates o conduzia a confessar a própria ignorância. Uma vez confessada a ignorância, o interlocutor estaria disposto a percorrer o caminho da verdade. Entra em cena a segunda etapa do método: a maiêutica (arte de dar à luz as idéias, ou "parto das Idéias"). Para Sócrates, uma mente submetida a um interrogatório adequado seria capaz de explicitar conhecimentos que já estavam latentes na alma. Afinal, tanto para Sócrates quanto para Platão, a alma, antes de se unir ao corpo, contemplara as idéias na sua essência, no mundo das Idéias. Bastava, portanto, fazer um esforço para recordar. O conhecimento já está na alma: Conhecer é recordar. O objetivo mais importante do diálogo é encontrar o conceito. Ele pergunta, por exemplo, o que é justiça? O que é o belo? O que é a bondade? E, aos poucos, eliminando definições imperfeitas, ele vai chegando a um conceito mais puro, mais correto. A maior arte de Sócrates era o questionamento e a investigação, feita com o auxílio de seus interlocutores. Aquele que investiga, questiona. Aquele que questiona, perturba a ordem estabelecida. Isso faz surgir muitos inimigos de Sócrates. Sócrates é acusado de corromper a juventude e de desprezar os deuses da cidade. Com base nessas acusações ele é condenado a beber cicuta (veneno extraído de uma planta do mesmo nome). Segundo testemunho de Platão em Apologia de Sócrates, ele ficou imperturbável durante o julgamento e, no final, ao se despedir de seus discípulos, ele diz:

"Já é hora de irmos; eu para a morte, vós para viverdes. Quanto a quem vai para um lugar melhor, só deus sabe".

Sócrates foi condenado à morte no ano 399 a. C. Em nenhum momento Sócrates negou suas acusações. Permaneceu firme até a morte no seu pensamento de que "nunca se deve cometer uma injustiça, mesmo em retribuição do mal sofrido".

Aconselhado a negar suas idéias ou subordinar os juízes Sócrates argumenta que “não interessa viver, mas viver bem”.

Questionamentos socráticos:

- Os cidadãos condenados injustamente podem fugir a sansão da lei?

- Tem ele (o cidadão) o direito de ser injusto, por sua vez?

- Pode ele, com a sua fuga, dar um exemplo de desordem?

- Tem ele o direito de pagar o bem que recebeu da cidade com a fuga às suas leis?

A última recomendação ética de Sócrates: Pagar a dívida ao Deus da Medicina, Asclépio. Antes de tomar a cicuta, Sócrates olha para seu amigo Criton e avisa-o:

"Criton, devemos o sacrifício de um galo ao Deus Asclépio. Não te esqueças de pagar a dívida".

Os principais lemas de Sócrates: "Sei que não sei" e "Conhece-te a ti mesmo”.

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Verdade e Utilidade

Sócrates

Diálogo de Sócrates com um discípulo

Discípulo - Sabe o que eu acabo de escutar sobre um dos nossos colegas?

Sócrates - Espere um momento. Antes de me contar, gostaria de fazer um pequeno teste com você, que chamo de teste de tripla filtragem. Vamos filtrar o que vais me contar.

O primeiro filtro é o da verdade. Você tem certeza absoluta de que o que você vai me contar é verdade? "Não", disse o discípulo. "Certamente, só escutei outras pessoas falarem sobre isso e... "Muito bem", disse Sócrates. "Então você realmente não sabe se é verdade ou não. Vamos testar o segundo filtro. O que você está prestes a me contar sobre meu estudante é alguma coisa boa? "Não, ao contrário...? "Então", continuou Sócrates, "você quer me contar alguma coisa ruim sobre seu colega, mesmo não tendo certeza que seja verdadeiro... "O discípulo gaguejou, mostrando-se bastante embaraçado.

Sócrates continuou. "Você deve finalizar o teste porque ainda existe o terceiro filtro - o filtro da utilidade. O que você quer me contar sobre ele tem alguma utilidade para mim?

"Não, certamente não.

"Bem," concluiu Sócrates: "se o que você quer me contar não é verdade, não é bom, nem me serve para nada, porque você quer me contar?"

Sócrates, filósofo grego, viveu de 469 a 399 a.C.

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FILME - SÓCRATES: Filme completo 1:53:46 VISUALIZAR

Super produção Européia

Diretor: Roberto Rossellini Roteiristas: Marcella Mariani, Renzo Rossellini, Jean-Dominique de la Rochefoucauld, Roberto Rossellini Produtor: Renzo Rossellini Gênero: Drama Elenco: Jean Sylvère, Anne Caprile, Beppe Mannaiuolo, Ricardo Palacios, Antonio Medina, Julio Morales, Emilio Miguel Hernández, Emilio Hernández Blanco, Manuel Angel Egea, Jesús Fernández, Eduardo Puceiro, José Renovales, Gonzalo Tejel, Antonio Requena, Roberto Cruz, Antonio Requena - Idioma: Italiano (legendado) – Duração: 1h:53m:43s

A INQUIRIÇÃO SOCRÁTICA - A revelação da Verdade pela Interrogação VISUALIZAR

Sócrates por Carlos Antonio Fragoso Guimarães VISUALIZAR

O Julgamento de Sócrates VISUALIZAR

Sócrates e a descoberta de que o homem é a sua psyché VISUALIZAR

A morte na Filosofia Socrática VISUALIZAR

Sócrates e o Direito de Pensar VISUALIZAR

Os paradoxos socráticos VISUALIZAR

As escolas socráticas menores VISUALIZAR

SÓCRATES

Filósofo grego, Sócrates nasceu em Atenas no ano de 470 a.C. . De origem modesta, era filho de Sofronisco, escultor, e de Fenarete, parteira, com quem dizia ter aprendido a arte de obstetra de pensamentos.

Era casado com Xantipa, cujo nome se tornou provérbio.

Abandonando a arte de seu pai dedicou-se inteiramente a missão de despertar e educar as consciências, tendo como influência a filosofia de Anaxágoras. Sempre entre jovens, sempre em discussões, especialmente com os sofistas, nada escreveu. Por isso, o seu pensamento tem que ser reconstituído sobre testemunhos, nem sempre concordes, de Xenofonte, de Platão e de Aristóteles.

Em 399 a.C., a sua atividade e a sua vida foram finalizadas pela condenação à morte, sob a acusação de corromper os jovens contra a religião e as leis da pátria. Ao se dirigir aos atenienses que o julgavam, Sócrates disse que lhes era grato e que os amava, mas que obedeceria antes ao deus do que a eles, pois enquanto tivesse um sopro de vida, poderiam estar seguros de que não deixaria de filosofar, tendo como sua única preocupação andar pelas ruas, a fim de persuadir seus concidadãos, moços e velhos, a não se preocupar nem com o corpo nem com a fortuna, tão apaixonadamente quanto a alma, a fim de torná-la tão boa quanto possível.

Denunciado, então, como subversivo, foi condenado à morte ignominiosa, tendo de beber a cicuta na prisão de Atenas em fevereiro de 399 a.C.

Segundo Sócrates, a ciência fala da modificação da alma, purificando o espírito em sua unidade e totalidade, o qual não é mais capaz de erro e de pecado.

CIÊNCIA = VIRTUDE = FELICIDADE