Ontologia

DICIONÁRIO

ontologia

substantivo feminino

1. [filosofia]

segundo o aristotelismo, parte da filosofia que tem por objeto o estudo das propriedades mais gerais do ser, apartada da infinidade de determinações que, ao qualificá-lo particularmente, ocultam sua natureza plena e integral.

2. [filosofia]

no heideggerianismo, reflexão a respeito do sentido abrangente do ser, como aquilo que torna possível as múltiplas existências [Opõe-se à tradição metafísica que, em sua orientação teológica, teria transformado o ser em geral num mero ente com atributos divinos.

3. [história da medicina]

doutrina que estuda o ser da doença (esp. o ser das febres), como se a enfermidade existisse em conformidade a um tipo bem definido, a uma essência.

Ontologia (do grego ontos "ente" e logoi, "ciência do ser") é a parte da metafísica que trata da natureza, realidade e existência dos entes. A ontologia trata do ser enquanto ser, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres objeto de seu estudo. A aparição do termo data do século XVII, e corresponde à divisão que Christian Wolff realizou quanto à metafísica, seccionando-a em metafísica geral (ontologia) e as especiais (Cosmologia Racional, Psicologia Racional e Teologia Racional). Embora haja uma especificação quanto ao uso do termo, a filosofia contemporânea entende que metafísica e ontologia são, na maior parte das vezes, sinônimos, muito embora a metafísica seja o estudo do ser e dos seus princípios gerais e primeiros, sendo portanto, mais ampla que o escopo da ontologia.

FONTE: Wikipédia

Ontologia é o ramo da filosofia que estuda a natureza do ser, da existência e da própria realidade.

A Ontologia é classificada na filosofia como o ramo geral da metafísica (diferente da cosmologia, psicologia e teologia, que são ramos específicos), pois se ocupa dos temas mais abrangentes e abstratos da área. Por esse motivo, é comum que os termos ontologia e metafísica sejam utilizados como sinônimos, embora o primeiro esteja inserido no segundo.

A palavra ontologia é formada do grego ontos (ser) e logia (estudos), e engloba as questões gerais relacionadas ao significado do ser e da existência. Este termo foi popularizado graças ao filósofo alemão Christian Wolff, que definiu a ontologia como philosophia prima (filosofia primeira) ou ciência do ser enquanto ser.

No século XIX, a ontologia foi transformada por neoescolásticos na primeira ciência racional que abordava os gêneros supremos do ser. A corrente filosófica conhecida como idealismo alemão, de Hegel, partiu da ideia de autoconsciência para recuperar a ontologia como "lógica do ser".

No século XX, a ligação entre ontologia e metafísica geral deu lugar a novos conceitos, como o de Husserl, que vê a ontologia como ciência formal e material das essências. Para Heidegger, a ontologia fundamental é o primeiro passo para a metafísica da existência.

Algumas das perguntas fundamentais desta área são:

O que pode ser considerado existente?

O que significa ser?

Quais entidades existem e por quê?

Quais são os vários modos de existência?

Ao longo do tempo, inúmeros filósofos utilizaram metodologias e classificações diferentes para responder a essas e outras perguntas.

Dicotomias da ontologia

Através das diferentes posições filosóficas que abordam as questões acima, a ciência ontológica organiza-se em diversas dicotomias (divisões), tais como:

Monismo e Dualismo - A ontologia monista (monismo ontológico) entende que a realidade é composta por apenas um elemento, o universo. Para esta teoria, todas as demais coisas são diferentes formas de o universo se estruturar.

A ontologia dualista (dualismo ontológico) defende que a realidade é formada por dois planos: um material (corpo) e outro espiritual (alma). Os principais defensores desta corrente foram Platão e Descartes.

Determinismo e Indeterminismo - O determinismo ontológico é a teoria que entende a natureza como um sistema no qual tudo está interligado e, por isso, não existe livre arbítrio. Para esta corrente, todas as escolhas são, na verdade, resultados de eventos que já aconteceram.

O indeterminismo ontológico afasta a rígida ligação de causa e efeito típica do determinismo e fundamenta o livre arbítrio em questões antropológicas, não defendendo, portanto, que todas as escolhas são feitas por acaso.

Materialismo e Idealismo - A ontologia materialista (materialismo ontológico) defende a ideia de que para alguma coisa ser real, é necessário que ela seja material.

Para a ontologia idealista (idealismo ontológico), a realidade é, na verdade, espiritual, e toda a matéria é uma representação ilusória da verdade.

Prova ontológica - O “argumento ontológico” ou “prova ontológica” é o argumento que utiliza a ontologia para defender a existência de Deus. O primeiro e mais famoso argumento ontológico é atribuído ao teólogo Anselmo de Cantuária, que refletiu que, se a ideia de um Deus perfeito está presente mesmo na mente das pessoas que não acreditam na sua existência, então Deus deve existir também na realidade.

Ontologia jurídica - Ontologia, no âmbito jurídico, é a parte da Filosofia do Direito que estuda a essência e a razão de ser de uma lei, doutrina ou jurisprudência.

Ontologia na ciência da computação - Nas Ciências e Tecnologias de Informação, as ontologias são classificações usadas para categorizar ou agrupar as informações em classes.

As ontologias também são aplicadas em Web Semântica e em Inteligência Artificial para assimilar e codificar o conhecimento, definindo as relações existentes entre os conceitos de determinado domínio (uma área do conhecimento).

FONTE: https://www.significados.com.br/ontologia/

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