Formação da Filosofia clássica

Por Pax

Formação da filosofia clássica – período de evolução ou antropológico

1 – Introdução

Podemos dividir o caráter desse período em:

1º Convergem para Atenas muitas doutrinas filosóficas diversas porque muitos filósofos se mudam para lá e assim seus pensamentos não só são conhecidos como uns estimulam os outros e acrescentam suas investigações filosóficas;

2º O fluxo dos sofistas provoca uma reação contrária e assim aparecem vários filósofos que trabalham com todas suas forças para defender e provar cada vez mais profundamente o valor objetivo tanto do conhecimento como da ordem moral;

3º Todas essas correntes os obrigam a tratar do problema antropológico;

4º A filosofia não deixa de ser dogmática porque não se põe em dúvida a aptidão e atitude da mente para conhecer a verdade;

5º São propostas as questões fundamentais da filosofia; a investigação é mais aprofundada e aguda; a exploração da doutrina é feita de forma mais perfeita, porém poético-literária por Platão e mais científica, metódica e estritamente racional com Aristóteles. As obras destes filósofos constituem um exemplar clássico para a posteridade e por essa razão se diz que este período é o ponto culminante da filosofia antiga;

6º Pode-se afirmar que o objeto principal da filosofia deste período é o homem, que o método predominante é a observação psicológica e a reflexão racional, e que este período é da perfeição e da maturidade.

2 – Divisão

Em quatro capítulos. O primeiro sobre o nascimento da filosofia clássica na rivalidade socrática-sofística (1). O segundo sobre seu pleno desenvolvimento pelas obras de Platão e Aristóteles. O terceiro sua decadência nas escolas estóicas e epícuras. No quarto e último sua dissolução com o ascetismo (2) e ecletismo (3).

Distinguem-se, então, o grande período central da filosofia grega em quatro períodos: 1º período lógico-eurístico, 2º período sistemático, 3º período ético e 4º período ascético.

(1) Sofisma: argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade, que, embora simule um acordo com as regras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa. (1.a) Sofística: FIL na Grécia dos séculos V e IV AC, fenômeno cultural de implicações filosóficas, e especialmente retóricas, caracterizado pelos ensinamentos e doutrinas dos diversos mestres da eloqüência denominados sofistas (Protágoras de Abdera, Górgias de Leontinos, etc), que, além de ministrarem aulas de oratória e cultura geral para os cidadãos gregos, interferiam em acirrados debates filosóficos, religiosos e políticos da época.

(2) Ascetismo: FIL REL doutrina de pensamento ou de fé que considera a ascese, isto é, a disciplina e autocontrole estritos do corpo e do espírito, um caminho imprescindível em direção a Deus, à verdade ou à virtude.

(3) Ecletismo: FIL diretriz teórica originada na Antiguidade grega, e retomada ocasionalmente na história do pensamento, que se caracteriza pela justaposição de teses e argumentos oriundos de doutrinas filosóficas diversas, formando uma visão de mundo pluralista e multifacetada.

Obs.: todas as definições são extraídas do dicionário Houaiss.

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