Xenofonte

Xenofonte foi soldado, mercenário e discípulo de Sócrates. Ele foi autor de inúmeros tratados práticos sobre assuntos que vão desde equitação a tributação, ficou conhecido pelos seus escritos sobre a história do seu próprio tempo e pelos seus ...

Nascimento: Erchia

Falecimento: 354 a.C., Trácia

Filho: Grilo

Pais: Diodora, Gryllus

FONTE: Wikipédia

Biografia de Xenofonte.

Xenofonte (430 a.C.-355 a.C.) foi um historiador, filósofo e general grego. Foi um dos discípulos de Sócrates. Relatou em suas obras, diversos fatos importantes para a reconstituição histórica da época.

Xenofonte (430 a.C.-355 a.C.) nasceu em Erkhia, perto de Atenas, na Grécia, no ano de 430 a.C. Filho de uma família abastada e influente, em sua juventude conviveu com Sócrates e se tornou seu discípulo. Cresceu numa época em que as cidades gregas viviam numa grave crise interna procurando impor seus interesses econômicos e suas concepções políticas.

A primeira fase da Guerra do Peloponeso entre Atenas e Esparta que teve início em 431, foi narrada pelo historiador Tucídides, onde relata com grande precisão os acontecimentos da guerra, da qual participou. Em 421 foi celebrada a paz de Nícias, mas o conflito recomeçou após Atenas organizar uma expedição para conquistar as cidades gregas da Sicília, dando início a segunda fase da luta, que durou até 404 a.C. Esparta contou com vultuoso auxílio persa. Em 405 a.C. os espartanos derrotaram os atenienses que viram suas terras bloqueada por terra e por mar. Era o fim da hegemonia de Atenas no Mundo Grego.

Xenofonte se tornou um general ateniense e historiador e seus escritos foram uma valiosa fonte para o conhecimento dos costumes e feitos bélicos da Grécia Antiga. Na obra “Anábase”, Xenofonte narra a hegemonia espartana, que substituiu o regime democrático de que se vangloriava Atenas, por um governo oligárquico: o Governo dos Trinta Tiranos, chefiado por Crítias.

Esparta herdou o império marítimo de Atenas e construiu, ao mesmo tempo, um império terrestre. Governadores militares espartanos foram colocados à frente de quase todos os Estados gregos, para manter a ordem oligárquica. Muitas cidades receberam os espartanos como libertadores, segundo narra o historiador Xenofonte, mas o domínio espartano mostrou-se mais opressivo do que o dos atenienses.

A princípio, Esparta manteve com a Pérsia uma aliança, mas a Pérsia passou a intervir cada vez mais no Mundo Grego. Ora apoiava Esparta, ora apoiava Atenas. Não interessava aos governantes persas a supremacia absoluta de qualquer cidade grega. Narra Xenofonte que quando Esparta resolveu apoiar Ciro, o Jovem, príncipe, general e irmão de Artaxerxes, Rei da Pérsia, começou o fim da hegemonia espartana. A expedição foi um fracasso, pois a morte de Ciro levou a uma desastrosa retirada. Na obra “Anábase”, Xenofonte narra a expedição dos 10 mil soldados – a famosa Retirada dos 10 mil (400 a.C.), por ele chefiados através da Pérsia e as numerosas aventuras que viveram.

Xenofonte narra que tentou se aconselhar com Sócrates se deveria ir com Ciro, na luta contra o irmão, mas Sócrates indicou-lhe o oráculo de Delfos. Sua pergunta ao oráculo não foi se deveria aceitar ou não o convite de Ciro, mas “para qual dos deuses deveria rezar e prestar sacrifício, para que pudesse completar sua pretendida jornada e retornar em segurança, com bons resultados”. O oráculo lhe indicou os deuses. Quando Xenofonte retornou a Atenas e contou sua consulta, Sócrates o reprimiu por fazer a pergunta errada, mas disse: “Já que você fez a pergunta errada, você deve fazer o que alegrará os deuses”.

Em consequência do seu alinhamento com Esparta, Xenofonte foi exilado e teve seus bens confiscados pelos atenienses. Em 390 a.C., Esparta lhe concedeu uma propriedade na Élida, perto de Olímpia. Durante os vinte anos seguintes, Xenofonte se dedicou a escrever suas obras. Em 371 a.C., com a derrota de Esparta para Tebas, na Batalha de Leutras, Xenofonte teve que se refugiar em Corinto.

As obras de Xenofonte são inestimáveis pra a reconstituição histórica da época. Além de “Anábase”, Xenofonte escreveu: “Ciropédia”, “Helênicas”, “Banquete”, “Hiparca”, “Apologia de Sócrates”, “As Memoráveis”, “Do Comando da Cavalaria”, “República de Atenas”, “Equitação”, entre outras.

Xenofonte faleceu em Élida, perto de Olímpia, na Grécia, no ano de 355 a.C.

Local original da biografia