Natureza Humana - 03

Aula do professor Douglas Gregorio

- antropologia filosófica: a busca da compreensão do que é ser humano. • As concepções tradicionais sobre a essência do ser humano – o essencialismo. • O essencialismo tradicional. • A crítica contemporânea do essencialismo.

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  • 1. A NATUREZA HUMANA Prof. Douglas Gregorio

  • 2. Nesta aula: • A antropologia filosófica: a busca da compreensão do que é ser humano. • As concepções tradicionais sobre a essência do ser humano – o essencialismo. • O essencialismo tradicional. • A crítica contemporânea do essencialismo.

  • 3. A ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA pergunta: O que é o ser humano? O que ele faz de sí próprio?

  • 4. Cada cultura tem uma concepção própria do que é o ser humano.

  • 5. Para os estóicos da Grécia antiga, e depois para os cristãos, paixões e instintos são perturbações da alma e precisam ser controlados. Na filosofia de Nietzsche (séc. XIX), filósofo de grande projeção contemporânea, paixões e instintos são forças vitais, e contê-los é sinal de submissão e fraqueza.

  • 6. ESSENCIALISMO Corrente filosófica que prega que a natureza humana é uma só para todos, em todo tempo e lugar, ou seja, é UNIVERSAL. Se há diferenças entre os indivíduos, tratam-se de desvios, imperfeições ou estágios diferentes de desenvolvimento.

  • 7. Para Platão, a essência universal do homem está no mundo das idéias, ou seja, uma essência metafísica, una e imutável. Para Aristóteles, a essência universal do homem reside em seu ser como potência, e cabe ao homem torná-la atual, tal como uma semente tem em sí uma árvore em potencial.

  • 8. O essencialismo encontrou seus críticos ao longo da história, ou seja, filósofos que rejeitaram a idéia de uma natureza humana única e universal, comum a todos os indivíduos.

  • 9. Para Marx (séc. XIX), não há natureza humana universal. O homem define-se pelo que produz em conjunto com os demais homens, ou seja, PELO TRABALHO COLETIVO. Não há essência humana universal. As circunstâncias definem o modo de existir do homem, não havendo existência universal. Juntas em sociedade, as pessoas criam valores em comum, produzindo a sua própria existência.

  • 10. Para Sartre (falecido em 1980) o ser humano tem uma essência – o “ser para sí” que o permite construir a sua própria existência – “o ser humano não é mais do que ele faz” – e não existe uma natureza humana universal.

  • 11. Resumindo: • A antropologia filosófica consiste na reflexão do que significa ser humano, a busca da compreensão de nós mesmos. • A antropologia filosófica não se limita ao simplesmente vivenciado, mas busca ultrapassar o vivido e explicar o ser humano como um todo, numa dimensão mais ampla e profunda. • A tradição buscou explicar a essência universal do ser humano, os essencialismo. • Os críticos contemporâneos em maioria negam o conceito de natureza humana universal e buscam explicar o homem no contexto histórico e social.

  • 12. Produção e texto: prof. Douglas Gregorio. Imagens: Corbis e Google. Grupo de pesquisas CIBERNÉTICA PEDAGÓGICA. LLD – Laboratório de Linguagens Digitais. Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – ECA – USP. Março de 2011.