Obsessão

1) O que significa a palavra obsessão? Quais são os seus caracteres?

Obsessão é a influência que Espíritos inferiores exercem em determinados indivíduos. Decorre sempre de uma imperfeição moral, que dá ascendência a um Espírito mau. Reconhecemos a obsessão pelos seguintes caracteres: 1) persistência de um único Espírito em querer comunicar-se; 2) ilusão do médium, impedindo-o de reconhecer o ridículo e a falsidade da comunicação que recebe; 3) tomar por mal as críticas a respeito das comunicações que recebe; 4) desejo incessante e inoportuno de escrever; 5) disposição de se afastar das pessoas que lhe podem dar úteis avisos. (1)

2) Quais são os graus da obsessão?

1) Obsessão Simples: persistência do Espírito em comunicar-se, quer o médium queira, quer não, impedindo que outros Espíritos o façam.

2) Fascinação: ação direta exercida por um Espírito inferior sobre a do indivíduo, perturbando ou embaralhando suas idéias.

3) Subjugação: constrição exercida por Espírito (ou Espíritos inferiores), a qual paralisa a vontade de maneira contrária aos próprios desejos e sentimentos, levando-o à aberração das faculdades psicofisiológicas. Pode apresentar-se de forma moral ou corporal. (1)

3) Quais são as causas da obsessão?

Os Espíritos influenciam os encarnados pelas seguintes razões: 1) vingança que exerce sobre um indivíduo do qual teve do que se queixar durante sua vida ou numa outra existência; 2) desejo de fazer o mal (como sofre, quer que os outros sofram também); 3) covardia (aproveitam-se das fraquezas morais de certos indivíduos) (1)

4) Quem causa obsessão em quem?

Geralmente, achamos que estamos sendo obsedados pelos Espíritos menos felizes. Nem sempre é assim. Muitas vezes, somos nós que os obsedamos, principalmente quando um parente desencarna e nós ficamos pensando nele dia e noite. Os Espíritos superiores orientam-nos a orar por eles e deixar que cada qual siga o seu caminho.

5) Explique a obsessão em termos da simbiose das mentes

Qual se verifica entre a alga e o cogumelo, a mente encarnada entrega-se, inconscientemente, ao desencarnado que lhe controla a existência, sofrendo-lhe temporariamente o domínio até certo ponto, mas, em troca, à face de sensibilidade excessiva de que se reveste, passa a viver, enquanto perdure semelhante influência necessariamente protegido contra o assalto de forças ocultas ainda mais deprimentes. (2)

6) Que relação há entre obsessão e vampirismo?

Vampiro é toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades alheias. Em se tratando dos Espíritos que sugam as energias dos encarnados, devemos reconhecer que eles atendem ao chamamento destes. De modo que a eliminação da influência menos feliz deve começar em nós mesmos. (3)

7) Há possibilidade de a possessão ser de um Espírito bom?

Na obsessão há sempre um Espírito malfeitor. Na possessão pode tratar-se de um Espírito bom que queira falar e que, para causar maior impressão nos ouvintes, toma do corpo de um encarnado, que voluntariamente lho empresta, como emprestaria seu fato a outro encarnado. Isso se verifica sem qualquer perturbação ou incômodo, durante o tempo em que o Espírito encarnado se acha em liberdade, como no estado de emancipação, conservando-se este último ao lado do seu substituto para ouvi-lo. (4)

8) Como o Espírito André Luiz analisa o afastamento do obsessor?

De acordo com o Espírito André Luiz, devemos considerar: a) obsedado e obsessor comungam um mesmo estado de alma, dificultando a identificação da verdadeira da vítima, principalmente com a visão circunscrita ao corpo terrestre; b) existem processos laboriosos de resgate, em que, depois de afastados os elementos da perturbação e da sombra, perseveram as situações expiatórias; c) diante do obsedado, fixam apenas um imperativo imediato, afastamento do obsessor, mas, como rebentar, de um instante para outro, algemas seculares forjadas nos compromissos recíprocos da vida em comum? (5)

Bibliografia Consultada

(1) O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, capítulo 23.

(2) Evolução em Dois Mundos, pelo Espírito André Luiz, capítulo 14.

(3) Missionários da Luz, pelo Espírito André Luiz, capítulo 4.

(4) A Gênese, de Allan Kardec, capítulo 14, item 48.

(5) Missionários da Luz, pelo Espírito André Luiz, capitulo 17 e 18.

(Reunião de 28/03/2009)