Indiferença

1) O que é indiferença? 

"Adiáfora" significa, em grego, indiferença. Para os cínicos e os estoicos, indiferentes são todas as coisas que não contribuem para a virtude nem para a maldade. 

2) O que é indiferença para a teologia? 

Para a teologia, o termo "indiferença" – aparentado aos de abandono e abnegação, mas não seu sinônimo – designa a atitude de disponibilidade total perante a vontade divina. Não é apatia ou desinteresse. 

3) É possível haver atos que não sejam bons nem maus? 

Não. Ou são bons ou são maus, pois todos os nossos atos implicam relação com a norma moral. É possível que aparentem ausência, mas é ilusório. 

4) O que é indiferentismo? 

No campo religioso, é a adoção sistemática da indiferença. Um desinteresse prático leva a um desinteresse doutrinário. “Quem não vive conforme pensa, acaba por pensar conforme vive.” P. Bourget 

5) Quais são as consequências da indiferença dos pais para com os filhos?

Quantos pais não são infelizes porque não combateram desde o princípio as más tendências de seus filhos. Mais tarde, quando sentem a ingratidão deles, sofrem o que semearam. 

6) Quando a indiferença se torna um fator positivo? 

A resignação ante as vicissitudes dão ao espírito confiança e serenidade quanto ao futuro. É o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio

7) Qual a nossa principal virtude? E o principal vício? 

A principal virtude de nossa época é o desenvolvimento intelectual. O principal vício é a indiferença moral. 

8) Que consolo o Espiritismo nos oferece para as desgraças da vida? 

O Espiritismo nos faz ver as coisas do alto. Implica uma diminuição da importância dos problemas terrenos. Com isso, elimina a ideia de abreviar a sua existência, entendendo que o Espírito é imortal e mesmo cometendo o suicídio, continua vivo do outro lado. 

9) O que acontece quando não cultivamos a verdadeira fraternidade? 

A ausência do amor. Quando somos impermeáveis ao bem, tornamo-nos representantes do mal. 

10) Qual a importância do outro na nossa evolução espiritual? 

É que sempre precisamos do nosso próximo. Tanto para ensinar como para aprender. Os que aprendem alguma coisa valem dos que já passaram e não seguem além se não há interesse de seus contemporâneos.

Fonte de Consulta

Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.

(Reunião de 11/10/2014)