Carma / Karman
1) Qual é a etimologia de karma?
Termo sânscrito que, literalmente, significa "ação" ou "feito". Total de nossas atividades. Determina em que circunstâncias renascemos a cada vez.
2) Como o karma é concebido na filosofia hindu e budista?
Como o princípio de causalidade universal: toda ação é causada por uma ação anterior e por sua vez provoca ações posteriores.
3) Como funciona?
"um homem transforma-se naquilo que faz, no modo como se comporta; sejam quais forem as obras que fizerem colherão o fruto delas; do outro mundo em que vive, regressa a este mundo de obras e de trabalho".
4) Diante do karma, pode-se falar de oportunidade, sorte?
Oportunidade, sorte e acaso são incompatíveis com o karma, pois tudo é determinado pela inflexível lei de causa e efeito.
5) É possível especular sobre karma?
No hinduísmo, seria o conjunto das ações humanas e dos efeitos que delas decorrem necessariamente no curso das sucessivas reencarnações. Para o budismo e o jainismo , o carma brota do desejo. Por isso, extinguindo-se este, extingue-se também o karma.
6) Como a crença no karma está espalhada na Índia?
Com aspecto de fatalidade. É considerada como lei última de natureza que não deixa abertura a acidente ou acaso e confina a liberdade dentro dos seus limites.
7) Por que vemos o karma mais como mácula?
Como a mácula (ação má) tem de ser erradicada por feitos contrabalançantes. Criamos um viés e tomamos geralmente pelo sentido pejorativo.
8) Qual raciocínio está por detrás do karma?
Se tivermos sido bons, seremos merecedores de alta posição. Se fomos maus, nascemos em baixa posição, e na crença hindu às vezes até em forma de animal.
9) Como sintetizar o problema das ações?
Podemos vê-las sob três aspetos: o motivo da ação, a própria ação, e as consequências da ação.
10) Para o karma, há ações neutras?
Pode-se pensar que ficar sentado, por exemplo, sem fazer nada que interfira com as vidas dos outros, não incorre no perigo de um karma adverso. Mas até isso traz o contágio, pois a simples existência tem seu alcance de repercussões, e mesmo quando inativos deixamos a impressão de nossa presença no ambiente.
Fonte de Consulta
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1970.
CAVENDISH, Ricardo (org.). Enciclopédia do Sobrenatural. Tradução de Alda Porto e Marcos Santarrita. Porto Alegre: L&PM, 1993.
ENCICLOPÉDIA LUSO-BRASILEIRA DE CULTURA. Lisboa: Verbo, [s. d. p.]
(Reunião de 28/10/2017)