Identidade dos Espíritos

1) Por que a questão da identidade dos Espíritos é controvertida?

Porque os Espíritos não trazem nenhum documento de identificação e sabe-se com que facilidade alguns deles usam nomes emprestados. 

2) Por que a identificação de personagens antigos é mais difícil de constatar? 

Deve-se levar em conta o transcorrer do tempo. Muitas vezes, a identificação  se reduz a uma possibilidade de apreciação puramente intelectual.

3) Como devemos proceder nessa identificação?

Um Espírito se apresenta com um nome famoso: dizendo trivialidades e puerilidades, a identificação é descartada; se as coisas ditas são dignas do nome, então há uma possibilidade moral de que seja ele. 

4) Como situar as características distintivas de personalidade em Espíritos superiores?

À medida que os Espíritos se purificam (embora mantendo a individualidade), as características distintivas de sua personalidade desaparecem. Nessa posição, o nome que tiveram na Terra pouco significa. 

5) E quanto um Espírito inferior usa nomes pomposos para se fazer acreditar?

Estes procuram, mais pelo orgulho do que pela sapiência, impingir as ideias mais ridículas.

6) Quais são os tipos de Espíritos mais fáceis de constatar?

Os Espíritos contemporâneos, cujos hábitos e caráter são conhecidos, hábitos que não tiveram tempo de se livrar.

7) Qual meio é eficaz para assegurar a identidade do Espírito?

Quando o Espírito se torna suspeito, pede-se para ele afirmar em nome de Deus todo-poderoso que é ele mesmo. 

8) A caligrafia pode ser considerada uma prova de identidade do Espírito?

Sim. Mas, como há falsários na terra, há também os do mundo espiritual. 

9) Como distinguir os Espíritos bons dos maus?

Este é o ponto central da identificação dos Espíritos. Podemos tomar como regra invariável e sem exceção que a linguagem dos espíritos corresponde sempre aos seu grau de elevação.

10) Qual o conselho do Espírito São Luís?

“Por mais legítima confiança que vos inspirem os Espíritos dirigentes de vossos trabalhos, há uma recomendação que nunca seria demais repetir e que deveis ter sempre em mente ao vos entregardes aos estudos: a de pesar e analisar, submetendo ao mais rigoroso controle da razão todas as comunicações que receberdes; a de não negligenciar, desde que algo vos pareça suspeito, duvidoso ou obscuro, pedir as explicações necessárias para formar a vossa opinião.”

(Reunião de outubro de 2020)