1) Por que Allan Kardec optou por “Espiritismo” e não por “Espiritualismo”?
Como o Espiritualismo já tinha conceituação própria, aplicá-la aos conceitos espíritas seria multiplicar as causas já numerosas de anfibologia.
2) Qual o cuidado que devemos ter com a terminologia espírita?
Para as coisas novas necessitamos de palavras novas. Em se tratando da alma, aceita que ela é o ser imaterial e individual que existe em nós e sobrevive ao corpo. Princípio vital e fluido vital nada mais são do que uma das transformações do fluido cósmico universal.
3) É possível convencer a todos os contraditores da Doutrina?
Neste tópico, compara a dança das rãs de Galvani com a dança das mesas. Quer dizer, urge aprofundarmos a aparência dos fatos.
4) Há algo inteligente por trás do movimento das mesas?
Sim. Foi o que Allan Kardec descobriu. Esta é a causa original da codificação do espiritismo, pois ofereceu um campo inteiramente novo de observação.
5) Que relação há entre as cestas e as pranchetas com a mão do médium?
Em vez de se esperar a prancheta escrever, poder-se-ia fazer por meio da própria mão do médium. A isso, dá-se o nome de psicografia.
6) Como resumir sinteticamente a Doutrina dos Espíritos?
A Doutrina Espírita trata de Deus, dos Espíritos, da matéria e de toda a relação que há entre o mundo espiritual, o verdadeiro mundo, e nós, os terráqueos.
7) Qual a dificuldade de a ciência aceitar o fato espírita?
Se o fato observado não é palpável, há, entre os cientistas, muitas conjecturas. Por isso, a ciência espírita deve se valer da percepção extra-sensorial.
8) Quais são os requisitos indispensáveis para a compreensão da Doutrina Espírita?
Perseverança e seriedade. Quando a doutrina nos lança de súbito numa ordem de coisas tão nova e grande, não pode ser feito proveitosamente, senão por homens sérios, perseverantes, isentos de prevenções e animados de uma firme e sincera vontade de chegar a um resultado.
9) Há manifestação inteligente no movimento de objetos?
Os monopolizadores do bom senso atribuem o movimento de objetos à ilusão e à fraude .
10) Devemos aceitar tudo os que os Espíritos dizem?
Não. Os Espíritos pertencem a diferentes ordens de evolução e se manifestam de acordo com o seu grau de aperfeiçoamento moral e intelectual.
11) Só se comunicam Espíritos de personalidades conhecidas?
Não. Entre os Espíritos que se manifestam espontaneamente, há maior número de desconhecidos do que de ilustres.
12) Quais são os indícios para identificar os Espíritos que se manifestam?
Eis alguns: linguagem do Espírito, casos familiares que só o interlocutor conhece e caligrafia.
13) Como explicar as divergências de linguagem?
Os Espíritos, sendo diferentes em conhecimento e moral, expressam-se segundo essas mesmas condições evolutivas . A contradição entre os Espíritos superiores diz respeito mais às palavras usadas do que ao conteúdo da mensagem propriamente dita.
14) O que é mais importante para o Espírito: a letra ou a ideia?
Para os Espíritos, principalmente para os Espíritos superiores, a ideia é tudo, a forma não é nada.
15) Quais são as causas da loucura?
As causas mais comuns são: as decepções, as desgraças, as afeições contrariadas, que são também as causas mais frequentes do suicídio.
16) As manifestações atribuídas aos Espíritos seriam fruto da teoria magnética do meio ambiente?
Não. Há um Espírito se comunicando por meio do médium.
17) O ceticismo, na Doutrina Espírita, provém do quê?
O ceticismo, no tocante à Doutrina Espirita, quando não por má-fé, provém geralmente de um conhecimento incompleto dos fatos.
(Reunião em outubro de 2020)