Relação entre o Mundo Material e o Mundo Espiritual

1) Qual a concepção de mundo?

Na concepção clássica, o mundo é o sistema harmônico composto pela Terra e os astros. Em termos geográficos, o mundo é a Terra. Em sentido mais amplo, o mundo é tudo aquilo que existe, o próprio Universo.

2) O que se entende por mundo físico ou material?

Mundo material são os diversos mundos destinados à habitação de Espíritos falidos e, como tais, sujeitos à encarnação humana. São mundos transitórios, efêmeros, e a matéria, a qual vemos, é de mínima importância no Universo. O que vemos é temporário; o que não vemos eterno. O mundo corporal é composto de Espíritos encarnados.

3) O que se entende por mundo espiritual?

Mundo espiritual é composto de diferentes planos, evidenciando variadíssimos graus de adiantamento. O mundo corporal poderia deixar de existir sem que isso alterasse a essência do mundo espiritual. Esses mundos são classificados de acordo com a evolução alcançada pelo Espírito. Há, assim, o mundo de provas e expiações, o mundo de regeneração, o mundo ditoso, mundo celeste etc.

4) De que maneira o mundo espiritual influencia o mundo material?

A influência é feita através das ideias, ideias essas que são lançadas pelos Espíritos desencarnados e captadas pelos Espíritos encarnados (mediunidade). Exemplo: quando o Espírito André Luiz está ditando uma obra ao médium, no caso Chico Xavier, ele está indiretamente influenciando todos os encarnados que tomarem conhecimento de sua exposição.

5) Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações?

Muito mais do que pensamos. Há sempre a influência do Espírito bom e do Espírito mau. Cabe-nos saber diferenciar entre as boas inspirações daqueles que nos conduzem às virtudes e daqueles outros que nos conduzem aos vícios.

6) Como saber se o pensamento é nosso ou dos Espíritos?

O pensamento sugerido é como uma voz que nos fala. Os pensamentos que nos ocorrem de impulso são os nossos. Os Espíritos instruem-nos que não há grande interesse em distinguir uma coisa da outra. É mais útil não o sabermos, pois agimos mais livremente e seremos, com isso, responsáveis pelos nossos atos.

7) Há fundamento em dizer que “há mais coisas no céu e na terra do que sonha tua filosofia”?

Sim. Quando o ser humano percebe que a vida está conectada com o verdadeiro mundo, o mundo espiritual, a sua “consciência de si” se torna mais robusta. Em vista desses ensinamentos, cada um de nós procura agir sempre dentro dos ditames da lei natural.

8) Por que Deus permite que os Espíritos nos incitem ao mal?

Para experimentar a nossa fé. Devemos ter consciência de que sempre que um Espírito inferior está nos influenciando, fomos nós que o chamamos, pelo desejo do mal. Eles não podem ajudar-nos no mal, a não ser que o desejemos cometer.

9) Quais são os graus de influência dos Espíritos inferiores?

Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, esclarece-nos que a influência dos Espíritos menos felizes vai desde a simples obsessão até a possessão. Neste último, há a paralização da vontade do ser humano. Pela expressão “possesso”, devemos entender a dependência absoluta da alma em relação a Espíritos imperfeitos que a subjuguem.

10) Como neutralizar a influência dos maus Espíritos?

Fazendo o bem e colocando toda a nossa confiança nas mãos de Deus. Guardemo-nos de ouvir os Espíritos que nos suscitam maus pensamentos, que insuflam a discórdia e excitam em nós todas as más paixões.

Fonte de Consulta

EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro: FEB, 1995.

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo: Feesp, 1995. (Capítulo IX, perguntas 456 a 557)

(Reunião de 02/04/2011)