Conduta Espírita

1) O que se entende por conduta espírita?

É o comportamento do espírita ante as diversas situações do seu dia-a-dia. Em se tratando de uma Casa Espírita, lembremo-nos de que “da conduta dos indivíduos depende o destino das organizações”.

2) Como deve se comportar o dirigente de reuniões doutrinárias?

Observar rigorosamente o horário das sessões; ser assíduo; esquivar-se de realizar sessões inopinadamente; evitar excessiva credulidade; não se prevenir contra pessoas ou assuntos; impedir, sem alarde, pessoas alcoolizadas no ambiente; desaprovar o emprego de rituais, imagens ou símbolos de qualquer natureza; fugir de julgar-se superior somente por estar na cabina de comando.

3) Como deve se comportar o médium?

Não se supor detentor de missões extraordinárias; reconhecer-se humilde portador de tarefas comuns; vencer os imprevistos que lhe possam impedir o comparecimento às reuniões; preparar-se interiormente para as sessões mediúnicas; nos trabalhos mediúnicos, evitar a respiração ofegante, gemidos, gritos e contorções; silenciar todo o prurido de evidência pessoal.  

4) Como se comportar no Templo Espírita?

Entrar pontualmente no recinto, sem provocar alarido ou perturbações; evitar bocejos e tosses bulhentas; não provocar aplausos; privar-se dos primeiros lugares no auditório; acostumar-se a não confundir preguiça ou timidez com humildade; desaprovar a conservação de retratos e quadros nos recintos das reuniões.

5) Como se comportar nas Obras Assistenciais?

Estabelecer um dia por semana para se dedicar às obras assistenciais; evitar o luxo; jamais reter, inutilmente, excessos no guarda-roupa e na despensa; converter objetos e utensílios em recursos financeiros, doando-os às entidades de sua confiança; ter sempre em mente a impessoalidade.

6) Como se comportar na Tribuna?

Palestrar com naturalidade dentro do tempo previsto; silenciar exibições de conhecimentos rebuscados; ajustar-se às Inspirações Superiores; nos comentários, nunca fugir do assunto em pauta; nunca estabelecer paralelos ou conflitos suscetíveis de humilhar ou ferir; abster-se de anedotas impróprias; tanto quanto possível, eliminar, por completo, o anedotário chulo e as gírias de rua.

7) Como se comportar perante os profitentes de outras religiões?

Estimar e reverenciar os irmãos de outros credos religiosos; fugir às discussões estéreis acerca da origem da Vida e do Universo; suportar construtivamente as manifestações de cultos exóticos; não se agarrar a conceituações radicais; não impor ou forçar a transformação religiosa dos irmãos alheios à fé que lhe console o coração.

8) Como se comportar diante dos Espíritos sofredores?

Abster-se da realização de sessões públicas para assistência a desencarnados sofredores, pois é falta de caridade para com os próprios espíritos socorridos; se possível, o dirigente de sessão de desobsessão deve ser pessoa moralizada; falar aos comunicantes perturbados e infelizes, com dignidade e carinho, entre a energia e a doçura; sustar múltiplas manifestações psicofônicas ao mesmo tempo; nunca polemizar com os Espíritos comunicantes menos felizes.  

9) Como se comportar diante do fenômeno?

O fenômeno é dispensável na construção moral a que nos propomos; a divulgação do Evangelho deve vir antes da ação fenomenológica; ante os imperativos da responsabilidade moral, todo o fenômeno é secundário; acatar, mas não se comprometer às aspirações dos metapsiquistas, dos parapsicólogos; viver segundo o Evangelho; descentralizar a atenção do fenômeno, encaminhando-o para o ensinamento moral.

10) Como se comportar perante a Doutrina Espírita?

Apagar discussões estéreis, esquivando-se à criação de embaraços que prejudiquem o desenvolvimento sadio da obra doutrinária; desapegar-se da crença cega, exercendo raciocínio nos princípios doutrinários; antes de criticar as instituições espíritas que julga deficiente, contribuir, em pessoa, para que se ergam a nível mais elevado; não somos imprescindíveis, pois o Espiritismo não tem chefes humanos.  

Fonte de Consulta

VIEIRA, Waldo. Conduta Espírita. Pelo Espírito André Luiz. Rio de Janeiro: FEB, 1981.

(Reunião de 05/11/2011)