Dívida
1) O que se entende por dívida?
Do latim debitum, “aquilo que é devido”, do verbo debere, “dever”. Em direito, é todo dever jurídico de cunho patrimonial. Em economia e finanças públicas, implica uma problemática específica dentro da Economia Política.
2) Qual o sentido translato de dívida?
O sentido translato de dívida diz respeito aos favores que recebemos dos outros, mesmo que graciosamente, e a respeito dos quais contraímos uma dívida de gratidão.
3) Qual a relação entre a dívida e a moral?
Em termos monetários, não é conveniente contrair dívidas. Uma vez contraída, temos o dever de saudá-la, pagá-la no tempo hábil.
4) Como entender nossa dívida para com a lei natural?
Os princípios da lei de Deus estão gravados em nossa consciência. Quando desobedecemos estes princípios, contraímos uma dívida para com a Lei Natural. Mais cedo ou mais tarde, devemos quitá-la.
5) A reencarnação é um castigo para com uma dívida contraída?
Não. A reencarnação é uma oportunidade de acerto, de quitação. É o processo inerente à evolução material, moral e espiritual do Espírito.
6) É pagável a dívida do filho para com os seus pais?
O Espírito André Luiz, no livro Evolução em Dois Mundos, ao comentar mandamento “honrar pai e mãe”, diz: “Lembra-te de que a dívida para com teus pais terrestres é sempre insolvável por sua natureza sublime”.
7) Que dizer da apropriação indébita?
Evitemos a apropriação indébita para que não agravemos as nossas próprias dívidas.
8) Como está posta a parábola dos devedores e credores?
“Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicastes. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.” (Mateus, 18, 32 a 35)
9) O que se depreende da citação acima?
Devemos retribuir a compaixão que recebemos de nossos credores, quais sejam Deus, o nosso pai terrestre, entre outros.
10) Que tipo de dívida temos para com o progresso, para com os nossos professores...?
É uma dívida muito extensa. Quando, neste momento estamos usufruindo da computação na nuvem, devemos ser gratos àqueles que facilitaram essas ações.
11) Como retratar, em termos espirituais, a dificuldade da quitação de uma dívida?
O Espírito Humberto de Campos (Irmão X), no capítulo 15 (“O Compromisso”), do livro Estante da Vida, psicografado por Francisco Cândido Xavier, relata a história de Alberto Nogueira, que reencarnou com muita dívida do passado. Alberto Nogueira, prestes a reencarnar neste Planeta, diante de seu quadro de deslizes morais e espirituais, pede uma existência com inúmeras deficiências físicas e dificuldades de toda a sorte. Os amigos do espaço, diante desse pedido, oferecem-lhe um outro modo de resgatar o seu passado delituoso: MEDIUNIDADE. Passados mais de 30 anos, os benfeitores do espaço, precisando de alguém para tratar de um caso de obsessão, não o acham em serviço.
“Aquele espírito valoroso que pedira lepra, cegueira, loucura, idiotia, fogo, lágrimas, penúria e abandono, a fim de desagravar a própria consciência, no plano físico, depois de acomodar-se nas concessões do Senhor, esquecera todas as necessidades que lhe caracterizavam a obra de reajuste e preferia a ociosidade, enquadrado em pijama, com medo de trabalhar”.
12) Relacione dívida e o "dai de graça o que de graça recebestes".
Uma vez recebido um conhecimento espiritual, contraímos uma dívida, ou seja, a responsabilidade de o passar para os outros irmãos de jornada. Guardá-lo somente para nós é puro egoísmo. Lembremo-nos de que deveremos prestar contas das dádivas divinas (conhecimento, riqueza, talento) postas em nossas mãos. Elas foram nos oferecida para ajudar o progresso da humanidade e não para servir aos nossos prazeres mundanos.
(Reunião de 03/08/2013)