Mundos de Regeneração

1) Qual a concepção de mundo?

Na concepção clássica, o mundo é o sistema harmônico composto pela Terra e os astros. Em termos geográficos, o mundo é a Terra. Em sentido mais amplo, o mundo é tudo aquilo que existe, o próprio Universo.

2) O que é o universo?

Para a maioria dos filósofos, é o conjunto de tudo o que existe ou acontece. Portanto, está excluído que haja vários: se assim fosse, o universo seria sua soma.

3) Mundo é sinônimo de universo?

Se o mundo é sinônimo de universo, como explicar a pluralidade dos mundos? Haveria vários Todos? Para os antigos, o mundo é um todo, mas não o Todo. É o conjunto ordenado que nos contém, tal como podemos observá-lo, da Terra ao céu e aos astros.

4) Quais são os tipos de mundo descritos no Evangelho?

Há cinco tipos: mundos primitivos; mundos de expiação e provas; mundos regeneradores;  mundos felizes; mundos celestes ou divinos.

5) Quais são as características de cada um deles?

Os mundos primitivos servem para as primeiras encarnações das almas humanas; os mundos de expiação e provas são lugares de exílio dos Espíritos rebeldes à lei de Deus; os mundos regeneradores são pontes de transição para os mundos felizes; nos mundos felizes não há mais provas nem expiações; os mundos celestes ou divinos são as moradas dos Espíritos purificados.

6) Como estudar com mais detalhe o mundo de regeneração?

O mundo de regeneração é um divisor de águas entre o bem e o mal. Nos mundos de expiações e provas, o mal predomina sobre bem. Nos mundos celestes, só existe o bem. É um período de reflexão no sentido de o Espírito deixar o seu passado delituoso e se embrenhar na nova fonte de luz e harmonia celeste, que é a prática exclusiva do bem.

7) O ser humano, nesses mundos, ainda está sujeito às leis que regem a matéria?

Sim. Embora experimentando as sensações e desejos que são característicos dos mundos de provas e expiações, já consegue se libertar das paixões desordenadas que escravizam, do orgulho que impõe silêncio ao coração, da inveja que tortura e do ódio que sufoca a alma.

8) Nesses mundos, já reina a felicidade perfeita?

Não. Apenas a aurora da felicidade. Comparados à Terra, esses mundos são bastante ditosos. Não sendo completamente desmaterializado, o indivíduo neles inserido tem de suportar provas, porém, sem as pungentes angústias da expiação. Além do mais, já consegue vislumbrar um futuro menos penoso e mais voltado para o bem e a caridade.

9) Nesses mundos, o ser humano ainda é falível?

Sim. Isto porque ainda não se desvencilhou totalmente do mal. Sabe que não avançar é recuar, e, se não focar exaustivamente a senda do bem, pode recair nos mundos de expiação, onde novas agruras o aguardam.

10) Qual a conclusão deste estudo?

A magnanimidade da sabedoria divina. Como o objetivo do Espírito, criado simples e ignorante, é alcançar a perfeição, Deus, na sua infinita bondade, faculta-lhe as mais diversas oportunidades.

Fonte de Consulta

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984. (capítulo 3)

(Reunião de 21/05/2011)