Miranda, M. J. (2003/2004). Uma medida de estilos cognitivos – O Inventário de Estilos de Pensamento (IEP) Português. Revista Portuguesa de Psicologia, 37, 167-183.

Resumo

O Inventário de Estilos de Pensamento (IEP) operacionaliza o modelo de Sternberg da inteligência como auto-governo mental, em 5 grandes dimensões que agrupam 13 variáveis estilísticas, preferências no funcionamento cognitivo (processos, tarefas, procedimentos). Os estilos, em interacção com as aptidões, regem o curso da adaptação do indivíduo ao meio, externo como interno. O modelo do auto-governo mental focaliza a organização e a direcção da inteligência.

A adaptação do Inventário integrou-se num projecto de investigação sobre os estilos de pensamento avaliados pelo instrumento numa outra população, e sobre as propriedades metrológicas das medidas obtidas.

A adaptação portuguesa foi aplicada a estudantes dos Ensinos Básico, Secundário e Universitário, e a adultos não estudantes (neste grupo, a Forma Reduzida). O total da amostra é de N = 1553. São apresentados os dados relativos às distribuições de resultados, análise de itens, precisão e validade das medidas.

A evidência sustenta o valor intercultural do modelo, a sensibilidade diferencial do instrumento, e a consistência e utilidade das medidas.

Palavras-chave: inteligência; avaliação psicológica; estilos cognitivos.

Abstract

The Thinking Styles Inventory (TSI) operationalizes the Sternberg´s mental self-government model of intelligence, in 5 major dimensions which group 13 stylistic variables or preferences in cognitive functioning (processes, tasks, procedures). The styles, in interaction with abilities, rule the course of action of the individual adaptation to both external and internal world. The model of mental self-government addresses the question of how intelligence is organize dor directed.

A Portuguese adaptation of the Inventory was developed to conduct a research on thinking styles as assessed by the instrument on a different population, and to evaluate the psychometric properties of the Portuguese measures.

The Portuguese adaptation was administred to school and college samples, and to laypeople (N=1553). In the latter group the Short Form was used. Data on scores distribution, item analysis, reliability and validity of measures are presented.

Evidence supports the intercultural value of the model, the differential power of the instrument, and the reliability and the validityof measures.

Key-words: intelligence; psychological assessment; cognitive styles.

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