Dupont, J. B. (1985). Estruturas do indivíduo e escolha profissional. Revista Portuguesa de Psicologia, 22, 7-57.

Resumo

Através de um estudo empírico extensivo, o autor procura identificar as principais variáveis e dimensões psicológicas e biológicas relacionadas com a escolha profissional dos adolescentes. Inspirado em diversas perspectivas (Blanc, Royce, Super), apresenta um novo modelo da escolha profissional que concretizou, utilizando mais de uma vintena de testes e questionários (cerca de 1500 itens) aplicados a cerca de 2500 rapazes e raparigas de 15 anos. Através de numerosas análises multivariadas (análises factoriais e análises discriminantes) é posta em evidência a riqueza das estruturas descritivas (cognitiva, afectiva e avaliativa), revelando-se as estruturas preditivas relativamente pobres, com excepção da estrutura avaliativa (atitudes e interesses). Embora os interesses (e particularmente os interesses profissionais) continuem a revelar-se os melhores preditores da escolha profissional, a junção das outras dimensões consideradas contribui para melhorar o nível de predição, sem todavia o elevar de forma muito sensível. Finalmente, a partir dos resultados obtidos, apresenta-se um modelo simplificado e reorganizado que foi considerado operacional.

Abstract

Through an extensive empirical research the author seeks to identify main psychological and biographical variables and dimensions related to occupational choice in adolescentes. A new model of occupational choice , based upon different approaches (Blanc, Royce, Super) and operationalized in over twenty tests and inventories (about 1500 items) administered to a sample of some 2500 boys and girls aged 15, is presented.

Multivariate analyses (factor analysis and discriminant analysis) show the richness of descriptive structures (cognitive, affective and evaluative), predictive structure beeing comparatively poorer (evaluative structure – attitudes and interests – excepted). Interests in general (and occupational interests in particular) beeing by far the best predictors of occupational choice, the consideration of other dimensions such as the ones presented in the study allow better predictions although not substancially improving the level of prediction itself. The author believes operational the simplified model emerging from the results.

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