Bingham, W. C. (1986). Estratégias para uma intervenção eficaz. Revista Portuguesa de Psicologia, 23, 55-83.

Resumo

Enunciei algumas formulações que considero importantes para chegar a juízos, decisões, recomendações e acções requeridas pela responsabilidade profissional de intervir na vida de outras pessoas, e tentei demonstrar algumas aplicações práticas destas ideias.

Penso que se impõe um esclarecimento: tenho consciência de que ninguém trabalha nas condições ideais; todos se sentem desapoiados e sobrecarregados; há clientes que, por qualquer razão, são incapazes – ou são relutantes a – aceitar as indicações de aconselhamento pessoal, e o conselheiro sente-se responsável por eles; outros clientes poderiam ter sido encaminhados para experiências exploratórias adequadas e, no entanto, o conselheiro assume a responsabilidade de os ajudar a encontrar o melhor emprego possível; outros ainda, exigem serviços que o conselheiro sabe que não pode prestar, mas o seu sentido de responsabilidade leva-o a tentar o impossível. Esta exposição não resolve as dificuldades práticas que apontei nem muitas outras que poderiam ser apontadas. A minha proposta é limitada – ajudar a planear e a executar, de um modo mais eficaz do que antes, intervenções que podem ser uteis aos clientes. Se no trabalho diário, puderem ser aplicados alguns destes princípios, um grande passo em frente terá sido dado no sentido de ajudar os clientes a orientar os seus processos de carreira (Super e Bohn, 1970).

Abstract

I have presented several formulations that I think are valuable in guiding the judgements, decisions, recommendations, and actions demanded by your professional responsibilities as interveners in the lives of others. I have tried to demonstrate some practical applications of the same ideas.

I think a disclaimer is in order. I am fully aware that none of you works in ideal circumstances. You all feel understaffed and overworked. Clientes come to you who are unable or unwilling, for whatever reason, to accept your referrals for personal counselling. Yet, you feel a responsibility for them. Other clientes come to you, as seniors, for whom you might have been able to recommend suitable exploratory experiences if they had come as sophomores. Yet, you feel a responsibility to help them find the best possible employment. Still others demand services that you know you cannot deliver. Yet, your sense of responsibility leads you to try to do the impossible. Yes, there are these, and many more, operating difficulties that this presentation will not help you to overcome. But today`s pursose was limited-to help you plan and execute, more effectively than you did previously, interventions that are likely to be useful to the clients you serve. If you can apply some of these learnings to your daily work, you will have come a long way toward helping your clients to guide the unfolding of their own careers (Super and Bohn, 1970).

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