Almeida, L. S. (1987/88). O impacto das experiências educativas na diferenciação cognitiva dos alunos: Análise dos resultados em provas de raciocínio. Revista Portuguesa de Psicologia, 24, 131-157.

Resumo

Após uma síntese teórica da teoria da diferenciação cognitiva progressiva no quadro da perspectiva diferencial da inteligência, o autor apresenta os resultados de uma investigação sobre a importância que as experiências escolares dos alunos poderão ter nesse processo.

Os resultados dos alunos do ensino secundário, já distribuídos em função de opções vocacionais, na Bateria de Provas de Raciocínio Diferencial (Almeida, 1985) apresentam-se diferenciados em função das áreas de estudo escolhidas. Os alunos de «ciências» e do sexo masculino tendem a mostrar-se superiores na realização dos testes, particularmente nos de raciocínio numérico, de raciocínio espacial e de raciocínio mecânico. Ainda que a metodologia transversal de análise seguida impeça uma total compreensão do fenómeno, por exemplo deixa-nos sem resposta quanto à eventualidade de uma diferenciação cognitiva dos alunos antes de iniciarem uma determinada opção curricular ou então por eles ponderada no momento das suas escolhas, as oscilações encontradas nos resultados entre os alunos do 10º ano e 12º ano parecem significar uma influência efectiva das experiências curriculares dos alunos (ciências versus letras) na sua realização cognitiva.

Abstract

Impact of school experiences on student`s cognitive differentiation: Analysis with differential reasoning tests scores.

After a synthesis of the progressive cognitive differentiation theory on the frame of the intelligence differential perspective, the author presents the results of a research concerning the relevance that school experiences could have in that process.

Results of secondary school students from different school areas on the Differential Reasoning Tests Battery (Almeida, 1985) showed a differentiation in function of student`s area of specialization. Specifically, science and male students scored higher on DRTB, namelly on numerical, spatial and mechanical reasoning. Even though no definitive answer can be found for the questiono f na eventual cognitive differentiation before subjects contact with specific curriculum areas or its consideration in decision making, the differences between 10th and 12th grade students seem to suggest an effective influence of curricula experiences (sciences versus lettres) on cognitive differentiation.

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