Lopes da Siva, A. (1987/88). Auto-afirmação e desenvolvimento: Conceptualizações, investigações e implicações educacionais. Revista Portuguesa de Psicologia, 24, 75-130.

Resumo

Com este artigo pretendo salientar o interesse de imprimir ao estudo da defesa dos direitos pessoais na comunicação interindividual (um dos domínios da asserção social) uma orientação claramente desenvolvimentista e construtivista, e definir uma nova estratégia de intervenção clínica e educacional.

Para tal, começo por referir a problemática que tem envolvido a definição do conceito de asserção social, tentando demarcar o domínio da defesa dos direitos de auto-afirmação. E procedo a uma análise breve dos tipos de tratamentos e treinos que têm sido elaborados com o objectivo de desenvolver as competências assertivas dos indivíduos (ponto 1). Depois de ter debatido a importância de integrar o estudo da defesa dos direitos pessoais numa perspectiva sócio-cognitiva, aponto os novos horizontes que uma tal orientação abre à investigação (ponto 2). Em seguida, apresento os estudos experimentais realizados, em Lisboa, no domínio do desenvolvimento da afirmação pessoal e analiso algumas das alterações conceptuais e metodológicas que tais resultados apontam (ponto 3). Finalmente, termino este artigo referenciando as implicações educacionais que as conceptualizações apresentadas e os resultados das investigações sugerem (ponto 4).

Abstract

This paper is an attempt to demonstrate the importance of including the study of self-affirmative rights in a developmental and constructivist framework and to define a new direction for clinical and educational interventions. On the first place, the author tries to deliniate the domain of self-affirmative righs by raising the issues posed when trying to define the concept of social assertion. It follows a brief review of treatments and trainings that have been elaborated for developing assertive skills. Secondly, new aims for investigation are suggested based on the study of self-affirmative rights through a socio-cognitive perspective. Third, some results are presented concerning investigations done in Lisbon, in the self-affirmative domain, as well as an analysis of the conceptual and methodological changes brought up by the data. Finnally, some references are made regarding the clinical and educational implications that the mentioned conceptualizations and investigations suggest.

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