Pensamento e Fisiologia do Pensamento

1. O que é o pensamento?

A palavra pensamento é fácil de ser intuída, mas difícil de ser explicada com palavras. O pensamento é definido em termos das atividades mentais, como inteligência ou razão, em que são descartados os sentimentos e as volições. Liga-se também à atividade discursiva ou intuitiva.

2. qual a definição de fisiologia?

Ciência que trata dos fenômenos vitais e das funções pelas quais se manifesta a vida. Parte da biologia cujo objeto é o estudo das funções dos organismos vivos, vegetais e animais. 

3. O que se entende por fisiologia do pensar?

A fisiologia do pensar diz respeito às relações matéria-espírito, corpo-alma, corpo-mente, matéria-consciência, físico-químico e, atualmente, mente-cérebro. Para Kant, a fisiologia do pensar resume-se em passar da sensação (estímulo desorganizado), para a percepção (sensação organizada), para concepção (percepção organizada) e para a ciência (conhecimento organizado). 

4. Por que é difícil descrever o pensamento?

A cultura grega deu ênfase à razão. A razão fazia o indivíduo raciocinar e aplicar-se ao conhecimento das virtudes. Acontece que o pensamento dos pré-socráticos e dos orientais não são interrogativos, mas poéticos-noemáticos, em que o racional é deixado em segundo plano. Mesmo assim, esses pensamentos poéticos-noemáticos não são superficiais, mas essenciais à própria elaboração do pensável.

5. Como o pensamento se forma em nossa mente?

O mecanismo do estímulo-resposta do comportamento humano pode nos ajudar. Recebemos um estímulo. Este estímulo aciona um receptor (olhos, ouvidos...). O receptor manda impulsos nervosos ao cérebro. O cérebro reenvia-os para os efetores, formalizando uma resposta. As percepções, porém, podem ser sensoriais e extra-sensoriais. Mesmo assim elas são captadas. Depois repassadas ao corpo físico e ao perispírito até chegar ao Espírito propriamente dito, que faz uma síntese da informação. A percepção volta como uma crítica conceituada.  

6. Como explicar a estrutura da mente?

A mente é vista como atividade ou processos mentais, em que estão presentes a consciência, a intencionalidade, a subjetividade e o caráter representacional. Para explicar a estrutura da mente há a teoria clássica das faculdades, em que se pressupõe hierarquia de poderes, ou seja, a inteligência e a vontade são superiores à imaginação, por exemplo. Presentemente, temos o construtivismo e o inatismo. No construtivismo, todas as estruturas mentais são construídas pelo sujeito com relação ao seu meio ambiente. No inatismo, a mente possui estruturas inatas que são ativadas em contato com o meio ambiente.

7. Na concepção do pensamento, qual a influência do monismo e do dualismo?

No monismo, há uma única substância. Ao longo do tempo, prevaleceu a substância material. No dualismo, há separação entre Espírito e Matéria. Descartes foi o seu idealizador. Tanto ele quanto os seus seguidores não souberam, entretanto, explicar como uma substância espiritual pode se ligar a uma substância material. 

8. Na ciência moderna, que tipo de relação há entre o computador e o cérebro?

No computador, há a máquina (hardware), os programas (softwares).e a informação. Os programas usam a máquina para processar a informação. Analogamente, o cérebro é o hardware; as estruturas mentais, o software. O processamento das informações se dá de duas maneiras: modularidade e conexionismo. A tese da modularidade pressupõe que o cérebro funcione por “módulos independentes” e pelos “sistemas centrais”, tais como as relações entre os computadores independentes e o computador central.  O conexionismo é a interpretação mais recente do funcionamento do cérebro. De acordo com esta teoria, o cérebro não processa a sua informação em série (uma operação depois da outra), mas simultaneamente, em paralelo.

9. Pensamento é matéria?

Para o Espiritismo, o pensamento, como essência, é um atributo do Espírito, sinônimo de inteligência. Nesse caso, ele não pode ser considerado matéria. Acontece que também é usado no sentido material. Daí, alguma confusão. Os processos mentais entram em cena. Em vez de conceituá-los adequadamente, simplesmente dizemos que o pensamento é matéria e vamos tocando o barco. Sócrates, na antiguidade, já nos alertava sobre a necessidade bem definirmos os termos antes de iniciarmos uma discussão.

10. Dê-nos exemplos do uso do pensamento como matéria.

Quando nos reportamos às radiações, à matéria mental, às vibrações, à doação energética, aos passes, à fotografia do pensamento etc. estamos nos referindo ao pensamento como matéria, como atuação do pensamento no fluido cósmico universal.

(Reunião de 21/08/2010)

Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/pensamento-e-fisiologia-do-pensamento